quinta-feira, 26 de março de 2020



 MOLDURA/ PARERGON  26/03/2020
(esse texto foi  somente esboçado!) 

Bom dia !

Antes de mais nada: um recado


estou escrevendo e gravando materiais que podem ser do interesse do leitor aqui (ilusão !).

Anexo material que colocamos a disposição dos alunos de literatura italiana I e II da UFRJ, nesses dias da emergência. 
Estamos trabalhando e Heglan Moura e Esther da Silva Martins estão colaborando, em condições adversas (a internet é sempre um problema). 
Aqui vai: 

1. Vídeo em ITALIANO (no estúdio improvisado colocado a disposição do Heglan)  https://www.youtube.com/watch?v=3z4W2ZHwbTA&t=12s
3. Vídeo em italiano, gravado em casa, com a juda para difusão do Heglan e da Esther 


Passamos depois a colocar a disposição um texto escrito (pois as aulas foranm suspensas e continuamos somente com um contato, envio de material ee observações deles) 
4. Literatura e História http://eticadaleitura.blogspot.com/  (23 de março) 
5. Decameron e Coronavirus  http://eticadaleitura.blogspot.com/2020/03/letteratura-italiana-i-e-ii-ufrj-alcune.html  (dia 22 de março). Esté último sobre a descrição da peste no Decameron e o coronavirus ! 

A MOLDURA/ PARERGON 
(esse texto não está terminado) 
G|ostaria de estabelecer um paralelo entre a moldura (de um quadro, de uma imagem, de um conto ou um conjunto de contos) e a questão da perspectiva, do ponto de vista do leitor. No Decameron, como vimos, e como iremos ver mais, há várias  MOLDURAS: o protagonista-autor conta sua própria história e ele descreve a peste. Depois: ele apresenta os 10 jovens que, por sua vez, irão apresentar algumas novelas e, entre uma e outra, são os protagonistas de algumas micro-narrativas. Finalmente, haverá uma mulher-protagonista (Madama Oretta), que EXATAMENTE NA NOVELA DO MEIO DA COLETÂNEA INTEIRA, apresenta uma narrativa, que é mais uma consideração sobre a arte de narrar histórias, do que uma novela. 
A imagem que apresento aqui é (também!) enigmática. Apresenta, evidentemente, um céu vagamente roseado, provavelmente na hora do por do sol. as bordas são pouco definidas, há uma tendência rumo ao cinza e um céu, que devia estar solidamente azul, mostra alguma sobra.

Nessa segunda imagem, temos também, com cores menos fortes, mas cuja escala vai do branco -sujo até o cinza mais carregado.
Se, como leitores, dissermos que o de cima é produto de uma intervenção artística, seria bastante confiável. Mas. de fato, é o detalhe abaixo ( pintor Frances Clauded Joseph Vernet, 1714-1789). E se acrescentar que o fotógrafo do detalhe acima é o extensor desse blogue (que em geral é um péssimo foógrafo!), não vai ser difícil de acreditar.
Aqui em baixo, reportop os originais, sem cortes:


O contexto de um detalhe, o contecxto de uma imagem está relacionado a uma MOLDURA, um tema que o filósofo francês Jacques Derrida retomou a partir da palvra grega PARERGON (par / ergon = o que está de lado de uma obra, de uma energia ou criação). A palavra Parergon indica algo que está ao lado do tema principal, subordenado. Em princípio indica uma moldura. 

Como se sabe, a relação entre pintura e escrita, entre imagem e tetxto vai muito além de uma duplicidade da representação. Existe uma tensão entre as duas formas e esse tema (pintura/ literatura) não somente integra uma tradição importante em nossa cultura, chamada "Ut pictura poesis" (de uma frase do escritor latino Horácio: "Assim como a pintura a poesia"). Paradoxalmente, essa relação é sempre vista como emscla, colaboração, comparticipação entre pintura e poesia. Na verdade, seria melhor pensar num conflito, numa contraposição. Pois o ponto de vista, a "perspectiva" de onde vemos um determinado objeto, estabelece também sua "leitura" e pode modificá-lo bastante. 








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