terça-feira, 19 de abril de 2011

sobre Antonio Pigafetta (em português)

Projecto Pigafetta



http://pigafetta.ie.uminho.pt/index.php?projecto/porquepigafetta/



António Pigafetta, o "patrono" do projecto, foi o narrador da primeira viagem de circum-navegação à volta do mundo.

“The first circumnavigation of the globe by a sailing ship was an event much more astonishing to the minds of men in 1522 than, to the modern mind, the first orbiting of the earth by man-made satellite in 1957” (Pigafetta, 1969:1).

No século XVI, no ano de 1519, o navegador português Fernão de Magalhães, liderando uma expedição de 5 navios e cerca de 250 homens, partiu de Espanha à procura das ‘Ilhas Molucas’ (na actual Indonésia). Em 1521, após três anos desde que partiram, apenas um navio (Victoria) regressou com uma tripulação de 18 homens. Fernão de Magalhães não era um dos sobreviventes mas Antonio Pigafetta era. Para sempre, a viagem de Magalhães ficou conhecida como a primeira viagem de circum-navegação à volta do mundo e Pigafetta foi o seu narrador.

Antonio Pigafetta (ou Antonio Lombard) nasceu no seio de uma família nobre, na comuna italiana de Vicenza. Vários historiadores admitem que Pigafetta terá nascido entre 1480 e 1491, ou seja, quando se aventurou na expedição de Fernão de Magalhães teria cerca de 30-35 anos de idade.

Pigafetta descreve-se como “conterrâneo de Vicenza e Cavaleiro de Rhodes” (Pigafetta, 1969:6). Segundo os documentos históricos da altura, Antonio Pigafetta seria Cavaleiro da Ordem de S. João de Jerusalém (ou Ordem de Rhodes ) quando acompanhou o Embaixador Papal Monsenhor Chieregati à corte de Espanha no final de 1518, como seu secretário.

Foi então por volta de 1519 que Antonio Pigafetta tomou conhecimento da viagem de Fernão de Magalhães às Ilhas Molucas. O objectivo de Magalhães com esta viagem era explorar as ilhas de especiarias do território castelhano, navegando por mares que não estavam demarcados no hemisfério português no Tratado de Tordesilhas de 1495.

“Magalhães dedica-se por inteiro, juntamente com o cosmógrafo Rui Faleiro, a gizar um plano de uma navegação por ocidente, para tentar provar que as ilhas Molucas se encontravam fora do hemisfério português definido pelo Tratado de Tordesilhas (1494). (…) Com efeito, o que Fernão de Magalhães se propunha efectuar – mostrar que as ilhas Molucas se encontravam fora do hemisfério português – era um enorme desafio técnico e humano” (Camões, 2003).

Pigafetta ao ter conhecimento da viagem de Magalhães, ofereceu-se para participar e negociou junto de Fernão de Magalhães um preço para fazer parte da expedição e conseguiu ser incluído com o papel de intérprete e cartógrafo, para além de turista aventureiro e observador atento. Partiram no dia 20 de Setembro de 1519 da cidade de Sanlúcar de Barrameda (Andaluzia, Espanha) com 5 navios e 250 homens a bordo.

A expedição percorreu as ilhas Canárias, a costa da América do Sul chegando ao Rio de Janeiro (Brasil), prosseguiu para Sul, atingindo a costa da Argentina, onde Magalhães encontrou o estreito que hoje tem o seu nome, penetrando nas águas do Mar do Sul. Foi aí que apelidou o maior oceano da Terra de “Oceano Pacífico” pelo contraste evidente dos obstáculos e riscos em atravessar o Estreito de Magalhães. Também no Oceano Pacífico encontrou as “Nebulosas de Magalhães” e, finalmente, desembarcaram na ilha de Cebu (actuais Filipinas) no dia 7 de Abril de 1521.

Como membro da tripulação, Antonio Pigafetta relatou e descreveu em notas, crónicas e diários a perigosa e difícil viagem que enfrentavam (vindo a celebrizar-se por esses relatos). Pelas tempestades e aparições que avistavam, nas terras que descobriam e pisavam, nas pessoas, especiarias ou clima que encontravam, Pigafetta descreveu diariamente todas estas experiências com rigor e precisão de tudo aquilo em que a tripulação se viu envolvida durante a viagem.

“Ao ser um voluntario sem tarefas atribuídas, Pigafetta era livre de observar e registar toda a viagem em detalhe. Ele era um observador e escrupuloso registador, muitas vezes escrevendo no seu sempre-presente caderno durante a ocorrência de eventos. Aqui foram [referidas] terrae incognitae para agitar um homem da Renascença inspirados para a indústria, flora e fauna, maneiras e costumes, línguas e geografia de terras e mares que os europeus nunca tinham visto antes. Estes, juntamente com actividades náuticas e militares da expedição, são fielmente relacionados” (Pigafetta, 1969, Foreword: XI).

Uma vez na ilha de Cebu, Fernão de Magalhães viria a falecer tragicamente em confrontos com os nativos. Sem Magalhães, a armada prosseguiu em direcção a África reduzida ao navio Victoria, regressando posteriormente a Espanha, em Setembro de 1522, com apenas 18 homens sobreviventes, entre eles Pigafetta. Regressou a Vicenza na Itália para escrever os seus relatos e historias na obra "Relazione del Primo Viaggio Intorno Al Mondo" (1525).

Antonio Pigafetta viria a falecer no ano de 1534. O seu contributo foi incalculável quer para os exploradores que se basearam nos seus relatos e mapas, como por aqueles que conhecem, graças a Pigaffeta, uma das mais importantes viagens de descobrimento da História da Humanidade.



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Bibliografia

Pigafetta, A. (1986). A Primeira Viagem ao Redor do Mundo. Porto Alegre.

Pigafetta, A. (1999). Relazione del primo viaggio intorno al mondo. Retrieved 28 de Novembro de 2009.

Texto e compilação preparado por Raquel Valente.



Antonio Pigafetta Viaggio intorno al mondo (italiano)

Antonio Pigafetta
Relazione del primo viaggio intorno al mondo http://www.liberliber.it/



Notizie del Mondo nuovo con le figure dei paesi scoperti

descritti da

ANTONIO PIGAFETTA,

vicentino, cavaliere di Rodi

ANTONIO PIGAFETTA PATRIZIO VICEN TINO E CAVALIER DE RODI A L'ILLUSTRISSIMO ED

ECCELLENTISSIMO SIGNOR FILIPPO DE VILLERS LISLEADAM, INCLITO GRAN MAISTRO

DI RODI, SIGNOR SUO OSSERVANDISSIMO.

Perchè sono molti curiosi, illustrissimo ed eccellentissimo signor, che non solamente se

contentano de sapere e intendere le grandi ed ammirabili cose che Dio me ha concesso di vedere e

patire ne la infrascritta mia longa e pericolosa navigazione, ma ancora vogliono sapere li mezzi e

modi e vie che ho tenuto ad andarvi, non prestando quella integra fede a l'esito se prima non hanno

bona certezza de l'inizio; pertanto saperà vostra illustrissima signoria, che, ritrovandomi nell'anno

della natività del Nostro Salvatore 1519 in Spagna, in la corte del serenissimo re dei Romani con el

reverendo monsignor Fr ancesco Chieregato, allora protonotario apostolico e orator e de la santa

memoria di papa Leone X, che per sua virtù dappoi è asceso a l'episcopato de Aprutino e principato

de Teramo, avendo io avuto gran notizia per molti libri letti e per diverse persone, che praticavano

con sua signoria, de le grandi e stupende cose del mare Oceano, deliberai, con bona grazia de la

maestà cesarea e del prefato signor mio, far esperienzia di me e andare a vedere quelle cose, che

potessero dare alcuna satisfazione a me medesimo e potessero partorirme qualche nome appresso la

posterità.

Avendo inteso che allora se era preparata una armata in la città di Siviglia, ch e era de cinque

nave, per andare a scop rire la spezieria nelle isole di Maluco, de la quale era capitanio generale

Fernando de Magaglianes, gentiluomo portoghese, ed era commendator e di Santo Jacobo de la

Spada, [che] più volte con molte sue laudi aveva peregrato in diverse guise lo Mar Oceano, mi partii

con molte lettere di favore da la città de Barsalo nna dove allora resideva sua maestà, e sopra una

nave passai sino Malega, onde, pigliando il cammino per terra, giunsi a Siviglia; ed ivi, essendo

stato ben circa tre mesi, aspettando che la detta armata si ponesse in ordine per la partita,

finalmente, come qui de sotto intenderà Vostra eccellentissima signoria, con felicissimi auspizî

incomensiammo la nostra navigazione: e perchè ne l'esser mio in Italia, quando andava a la santità

de papa Clemente, quella per sua grazia a Monteroso verso di me si dimostrò assai benigna e umana

e dissemi ch e li sarebbe grato li copiassi tutte quelle cose [che] aveva viste e passate nella

navigazione, benchè io ne abbia avuta poca comodità, niente di meno, secondo il mio debil potere, li

ho voluto satisfare.

E così li offerisco in questo mio libretto tutte le vigilie, f atiche e peregrinazioni mie,

pregandola, quando la vacherà dalle assidue cu re rodiane, si degni trascorrerle; per il che mi parerà

esser non poco rimunerato da vostra illustrissima signoria, a la cui bona grazia mi dono e

raccomando.

Avendo deliberato il capitano generale di fare così longa navigazione p er lo mare Oceano,

dove sempre sono impetuosi venti e fortune grandi, e non volendo manifestare a niuno de li suoi el

viaggio che voleva fare, acciò non fosse smarrito in pensar e de fare tanto grande e stupenda cosa,

como fece con l'aiuto di Dio, (li capitani sui che menava in sua compagnia, lo odiavano molto non

so perchè, se non perchè era Portughese ed essi Spagnoli), volendo dar fine a questo che promise

con giuramento a lo imperatore don Carlo re di Spagna, acciò le navi ne le fortune e ne la notte non

se separaseno una da l'altra, ordinò questo ordine e lo dette a tutti li piloti e maestri de le sue navi: lo

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qual era:

Lui de notte sempr e voleva andar innanzi de le altre navi ed elle seguitasseno la sua con una

facella grande di legno, che la chiamano farol [il] quale portava sempre pendente da la poppa la sua

nave. Questo segnale era a ciò [che] continuo lo seguitasseno. Se faceva uno altro fuoco con una

lanterna o con un pezzo de corda de giunco, ch e la chiamano strengue, di sparto molto battuto ne

l'acqua e poi seccato al sole ovvero al fumo, ottimo per simil cosa, gli rispondesseno, acciò sapesse

per questo segnale che tutte venivano insieme. Se faceva dui fuochi senza lo farol, virasseno, o

voltasseno in altra banda quando el vento non era buono e al proposito per andar al nostro cammino,

o quando voleva far poco viaggio. Se faceva tre fuochi, tollesseno via la bonetta, che è una parte di

vela che se attacca da basso de la vela maggiore, quando fa bon tempo, per andar più: la se tol via

acciò sia più facile a raccogliere la vela maggiore, quando si ammaina in pressa in un tempo subito.

Se faceva quattro fuochi, ammainassero tutte le vele, facendo poi lui uno segnale di fuoco come

stava fermo. Se faceva più fuochi, ovvero tirava alcuna bombarda, fosse segnale de terra o de bassi.

Poi faceva quattro fuochi, quando voleva far alzar e le vele in alto, acciò loro navigassero seguendo

sempre per quella facella de poppa. Quando voleva far mettere la bonetta, faceva tre fuochi: quando

voleva voltare in altra p arte [ne] faceva due. Volendo poi sapere se tutte le navi lo seguitavano e

venivano insieme, [ne] faceva uno, p erchè così ogni nave facesse e gli rispondesse.

Ogni notte se faceva tre guardie: la prima nel principio de la notte, la seconda, che la

chiamano modoro nel mezzo, la terza nel fine [della notte]. Tutta la gente de la nave se (s)partiva in

tre colonelli; il primo era del capitano, ovvero del contro maistro, mutandose ogni notte; lo secondo

del pilota o nocchiero, il terzo del maestro.

Luni a 10 agosto, giorno de santo Laurenzio, ne l'anno già detto, essendo la armata fornita di

tutte le cose necessarie per mare e d'ogni sorte de gente (era[va]mo duecento e trentasette uomini)

ne la mattina si feceno presti per partirse dal molo di Siviglia, e tirando artigliaria detteno il

trinchetto al vento; e vennero abbasso del fiume Betis, al presente detto Gadalcavir, passando per

uno luogo detto Gioan Dalfarax, che era già grande abitazione de Mori, per mezzo lo quale stava un

ponte che pasava el ditto fiume per andare a Siviglia, del che è restato fin al presente nel fondo

dell'acqua due colonne, che quando passano le navi hanno bisogno de uomini che sappiano ben lo

loco delle colonne, perciò non desseno in esse, ed è bisogno passarle quando el fiume sta piú

crescente, ed anche per molti altri luoghi del fiume, che non ha tanto fondo che basti per passare le

navi cargate e [è bisogno che] quelle non siano troppo grandi. Poi veniron o ad un altro [luogo], che

se chiama Coria, passando per molti altri villaggi a lungo del fiume, tanto che giunseno ad uno

castello del duca di Medina Cidonia, il quale se chiama S. Lucar, che è posto per entrare nel mare

Oceano, levante ponente con il capo di Sant Vincent, che sta in 37 gradi di latitudine e lungi dal

detto posto 10 leghe. Da Siviglia fin a qui per lo fiume gli sono 17 o 20 leghe. Da lì alquanti giorni

venne el capitano generale con li altri capitani per lo fiume abbasso ne li battelli de le navi et ivi

stessimo molti giorni per fornire l'armata di alcune cose [che] le mancavano; e ogni dí andavamo in

terra ad aldir messa ad un loco che se chiama Nostra Donna di Baremeda, circa San Lucar. E avanti

la partita lo capitano general volse [che] tutti se confessasseno e non consentitte [che] ninguna

donna venisse ne l'armada per meglior rispetto.

Marti a XX de settembre, nel medesimo anno, ne partissemo d a questo loco, chiamato San

Lucar, pigliando la via di garbin, e a 26 del detto mese arrivassemo a una isola de la Gran Canaria,

che se dice Tenerife in 2 8 gradi di latitudine, per pigliar carne, acqua e legna. Stessemo ivi tre giorni

e mezzo per fornire l'armata delle dette cose: poi andassemo a uno porto de la medesima isola, detto

Monte Rosso, per pegola, tardando due giorni. Saperà Vostra illustrissima signoria che in quelle

isole de la Gran Canaria c'è una in tra le altre, ne la quale non si trova pur una goccia de acqua che

nasca, se non [che] nel mezodí [si vede] discendere una nebola dal cielo e circonda uno grande

arbore che è nella detta isola, stillando dalle sue foglie e rami molta acqua; e al piede del detto

arbore è addrizzata in guisa de fontan a una fossa, ove casca l'acqua, de la quale li uomini abitanti e

animali, cosí domestici come salvatici, ogni giorno de questa acqua e non de altra

abbondantissimamente se saturano.

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Luni a tre d'ottobre a mezzanotte se dette le vele al cammino de l'austro, ingolfandose nel

mare Oceano, passando tra Capo Verde e le sue isole in 14 gradi e mezzo; e cosí molti giorni

navigassimo per la costa della Ghinea, ovvero Etiopia, (ne la quale ha una montagna, detta Sierr a

Leone, in 8 gradi di latitudine) con venti contrari, calme e piogge senza venti fino a la linea

equinoziale, piovendo sessanta giorni di continuo contra la opinione de li antichi. Innanzi che

giungessimo a la linea, 14 gradi, molte gropade da venti impetuosi e correnti de acqua ne

assaltarono contra el viaggio. Non possendo spuntare innanzi, a ciò che le navi non pericolasseno,

se calavano tutte le vele: ed a questa sorte andavano de mare in traverso finchè passava la gropada,

perché veniva molto furiosa. Quando pioveva non era vento; quando faceva sole era bonaccia.

Venivano al bordo de la nave certi pesci grandi, che se chiamano tiburoni, che hanno denti terribili e

se trovano uomini nel mare li mangiano. Pigliav amo molti con ami de ferro, benché non sono buoni

da mangiare, se non li piccoli, e an che loro mal b oni.

In queste fortune molte volte ne apparse il Corpo Santo, cioè Santo Elmo, in lume fra le altre

in una oscurissima notte, di tal splendor e, come è una facella ardente, in cima de la maggior e

gabbia, e stiè circa due ore e piú con noi, consolandone che piangevamo. Quando questa benedetta

luce si volse partire da noi, tanto grandissimo splendore dette ne li occhi nostri, che stettemo piú de

mezzo quarto de ora tutti ciechi, chiamando misericordia, e veramente cred endo esser morti. Il mare

subito se aquietò.

Vidi molte sorte di uccelli, tra le quali una che non aveva culo; un'altra, quando la femina vuol

far li ovi, li fa sopra la schiena d el maschio, e ivi si creano; non hanno piedi e sempre vivono nel

mare; un'altra sorte, che vivono del sterco de li altri uccelli e non di altro: sí come vidi molte volte

questo uccello, qual chiamano cagassela, cor rer dietro ad altri uccelli, fin tanto [che] quelli sono

costretti mandar fuora el sterco; subito lo piglia e lascia andare lo uccello. Ancora vidi molti pesci

che volavano, e molti altri congregati insieme, che parevano una isola. Passato che avessimo la linea

equinoziale, in verso el meridiano, perdessimo la tramontana, e cosí se navigò tra il mezzogiorno e

il garbin fino in una terra, che si dice la terra del Verzin in 23 gradi 1/2 al polo antartico, che è terra

del capo de Santo Agostino, che sta in 8 gradi al medesimo polo: dove pigliassemo gran rinfresco d e

galline, batate, pigne mo lto dolci, frutto in vero piú gentil che sia, carne de anta come vacca, cann e

dolci ed altre cose infinite, che lascio per non essere prolisso. Per un amo da pescare o uno cortello

davano 5, o 6 galline: per uno pettine uno paro de occati; per uno specchio o una forbice, tanto

pesce ch e avrebbe bastato a X uomini; per uno sonaglio o una stringa, uno cesto de batate; queste

batate sono al mangiare come castagne e longhe come napi; e per uno re de danari, che è un a carta

da giocare, ne detteno 6 galline e pensavano ancora averne ingannati. Intrassemo in questo porto il

giorno del Sancta Lucia e in quel dì avessimo il sole per zenit e patissimo più caldo quel giorno e li

altri, quando avevamo il sole per zenit, che quando éramo sotto la linea equinoziale.

Questa terra del Verzin è abbondantissima e più grande che la Spagna, Franza e Italia tutte

insieme: è del re de Portugallo. Li popoli di questa terra non sono Cristiani e non adorano cosa

alcuna; vivono secondo lo uso della natura e vivono centovincinque anni e cento quaranta; vanno

nudi cosí uomini, come femmine; abitano in certe case lunghe ch e le chiamano boii e dormono in

rete de bambaso, chiamate amache, legate ne le medesime case da un capo e da l'altro a legni grossi:

fanno foco in fra essi in terra. In ognuno di questi boii stanno cento uomini con le sue mogli e

figlioli facendo gran rumore. Hanno barche d'uno solo albero, ma schize chiamate canoe, (s)cavate

con menare di pietra. Questi popoli adoperano le pietre, come noi il ferro, per non aver(n)e. Stanno

trenta e quaranta uomini in una di queste; vogano con pale come da forn o e cosí negri, nudi e tosi

assomigliano quando vogano a quelli della Stige palude.

Sono disposti uomini e femmine come noi; mangiano carne umana de li suoi nemici, non per

buona, ma per una certa usanza. Di questa usanza, lo uno con l'altro, fu principio una vecchia, la

quale aveva solamente uno figliuolo, che fu ammazzato da li suoi nemici, per il che, passati alcuni

giorni, li suoi pigliarono uno de la compagnia che aveva morto [il] suo figliuolo e lo condussero

dove stava questa vecchia. Ella, ved endo e ricord andose del suo figliuolo, come cagna arrabbiata, li

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corse addosso e lo mordette in una spalla. Costui de lì a poco fuggì ne li suoi e disse come lo

volsero mangiare, mostrandoli el segnale de la spalla. Quando questi pigliarono poi di quelli, li

mangiarono, e quelli de questi; sí che per questo è venuta tale usanza. Non se mangiano subito; ma

ogni uno taglia uno pezzo e lo porta in casa, mettendolo al fumo; poi ogni 8 giorni taglia uno

pezzetto, mangiandolo brustolato con le altre cose per memoria degli sui nemici. Questo me disse

Ioanne Carv agio piloto, che veniva con noi, il quale era stato in questa terra quattro anni.

Questa gente si dipingono meravigliosamente tutto il corpo e il volto con fuoco in diverse

maniere; anche le donne; sono tosi e senza barba, perchè se la pelano. Se vestono de vestiture de

piume di pappagallo, con rode grandi al culo de le penne maggiori, cosa ridicola. Quasi tutti li

uomini, eccetto le femmine e fanciulli, hanno tre busi nel labbro de sotto, ove portano pietre rotonde

e longhe uno dito, e piú e meno di fuora pendente. Non sono del tutto negri, ma olivastri; portano

descoperte le parte vergognose; el suo corpo è senza peli, e cosí omini qual donne sempre vanno

nudi. Il suo re è chiamato cacich. Hanno infinitissimi pappagalli e ne dànno 8, o 10 per uno

specchio; e gatti maimoni piccoli; fatti come leoni, ma gialli, cosa bellissima. Fanno pane rotondo

bianco de midolla de arbore, non molto buono, che nasce fra l'arbore e la scorza ed è come ricotta:

hanno porci che sopra la schiena tenono il loro ombelico, e uccelli grandi che hanno el becco come

uno cucchiaro, senza lingua.

Ne davano per una accetta o coltello grande una o due delle loro figliole per schiave; ma [le]

sue moglier e non dariano per cosa alcuna. Elle non farebbero vergogna a' suoi mariti per ogni gran

cosa, come ne è stato riferito. Di giorno non consentono a li loro mariti, ma solamente di notte. Esse

lavorano e portano tutto el mangiare da li monti in zerli, ovvero canestri sul capo o attaccati al capo;

però essendo sempre seco [i] suoi mariti solamente con un arco de verzin o de palma negra e uno

mazzo di frezze de canna: e questo fanno perchè sono gelosi. Le femmine portano [i] sui figlioli

(at)taccati al collo in una rete da bambaso. Lascio altre cose per non esser più lungo.

Si disse due volte messa in terra per il che questi stavano con tanta contrizione in ginocchioni,

alzando le mani giunte, che era grandissimo piacere ved erli. Edificarono una casa per noi, pensando

dovessimo star seco alcun tempo, e tagliarono molto verzin per darnelo a la nostra partita. Era stato

forse due mesi [che] non aveva piovesto in questa terra; e quando giongessemo al porto, per caso

piovette. Per questo dicevano noi venire d al cielo e avere menato nosco la pioggia. Questi popoli

facilmente se converterebbono a la fede di Gesù Cristo. Imprima costoro pensavano [che] li battelli

fosseno figlioli de le navi e che elli li partorisseno quando se buttavano fora de nave in mare; e

stando così al costado, come è usanza, credev ano [che] le navi li nutrissero.

Una giovane bella venne un dì nella nave capitania, dove io stava, non per altro se non per

trovare alcuno recapito. Stando così aspettando, buttò lo occhio sopra la camera del maestro, e vide

uno chiodo longo piú de un dito, il che pigliando, con grande gentilezza e galanteria se lo ficcò a

parte a parte de li labbri della sua natura; e subito bassa bassa se partitte, vedendo questo il capitano

generale e io.

ALCUNI VOCABOLI DE QUESTI POPOLI DEL VERZIN

Al miglio = maiz.

Al pettine = chigap.

Alla farina = hui.

Alla forbice = pirame.

All'amo = pinda.

Al sonaglio = itanmaraca.

Al coltello = tacse.

Buono più che buono = tum maragatum.

Stessimo 13 giorni in questa terra. Seguendo poi il nostro cammino andassemo fino a 34 gradi

e uno terzo al polo An tartico, dove trovassemo, in uno fiume de acqua dolce, uomini che se

chiamano Canibali e mangiano la carne umana. Venne uno de la statura quasi come uno gigante

nella nave capitania per assicurare li altri suoi. Aveva una voce simile a uno toro. Intanto che questo

stette ne la nave, li altri portorono via le sue robe dal loco dove abitavano, dentro de la terra, per

paura de noi. Vedendo questo, saltassimo in terra cento uomini per av ere lingua e parlare seco,

ovvero per forza pigliarne alcuno. Fuggitteno, e fuggendo facevano tanto gran passo che noi

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saltando non potevamo avanzare li sui passi. In questo fiume stanno sette isole. Ne la maggior d e

queste se trova pietre preziose, che si chiama Capo de Santa Maria.

Già se pensava che da qui se passasse al mare de Sur, cioè mezzodì, nè mai più oltre fu

discoverto. Adesso non è capo, se non fiume e ha larga la bocca 17 leghe. Altre volte in questo

fiume fu man giato da questi Canibali, per troppo fidarse, uno capitano spagnolo, che se chiamava

Iohan de Solís e sessanta uomini, che andavano a discoprire ter ra come noi.

Poi seguendo el medesimo cammino verso el polo Antartico, accosto da terra, venissemo a

dare in due isole piene di occati e lupi marini. Veramente non se poría narrare il gran numero de

questi occati. In una ora cargassimo le cinque navi. Questi occati sono negri e hanno tutte le penne

ad uno modo, così nel corpo come nelle ali: non volano e vivono de pesce. Erano tanto grassi che

non bisognava pelarli ma scorticarli. Hanno lo becco como uno corvo. Questi lupi marini sono de

diversi colori e grossi come vitelli e il capo come loro, con le orecchie piccole e tonde e denti

grandi. Non hanno gamb e, se non piedi tacadi al corpo, simili a le nostre mani, con unghie piccole e

fra li diti hanno quella pelle [che hanno] le oche. Sarebbero fero cissimi se potessero correre: nodano

e vivono de pesce. Qui ebbeno le navi grandissima fortuna, per il che ne apparsero molte volte li tr e

Corpi Santi, cioè Sant'Elmo, Sancto Nicolò e Santa Chiara; e subito cessava la fortuna.

Partendo de qui arrivassemo fino a 49 gradi a l'Antartico. Essendo l'inverno le navi intrarono

in uno bon porto per invernarse. Quivi stessemo dui mesi senza vedere persona alcuna. Un dì a

l'improvviso vedessemo un uomo, de statura de gigante, che stava nudo ne la riva del porto,

ballando, cantando e buttandose polvere sovra la testa. Il capitano generale mandò uno de li nostri a

lui, acciò facesse li medesimi atti in segno di pace, e, fatti, lo condusse in una isoletta dinanzi il

capitano generale. Quando fu nella sua e nostra presenzia, molto se meravigliò e faceva segni con

un dito alzato, credendo venissemo dal cielo. Questo era tanto grande che li davamo alla cintura e

ben disposto: aveva la faccia grande e dipinta intorno de rosso e intorno li occhi de giallo, con du e

cuori dipinti in mezzo delle galte. Li pochi capelli che aveva erano tinti de bianco: era vestito de

pelle de animale coside sottilmente insieme; el quale animale ha el capo et orecchie grande come

una mula, il collo e il corpo come uno camello, le gambe di cervo e la coda de cavallo; e nitrisce

come lui: ce ne sono assaissimi in questa terra. Aveva alli piedi albar ghe de la medesima pelle, ch e

coprono li piedi a uso de scarpe, e nella mano uno arco curto e grosso, la corda alquanto piú grossa

di quella del liúto, fatta d e le budelle del medesimo animale, con uno mazzo de frecce de canne non

molto longhe, impennate come le nostre. Per ferro, ponte de pietra de fuo co bianca e negra, a modo

de frezze turchesche, f acendole con un 'altra pietra.

Lo capitano generale li f ece dare da mangiare e bere, e, fra le altre cose che li mostrette, li

mostrò uno specchio grande de azalle. Quando el vide sua figura, grandemente se spaventò, e saltò

in dietro e buttò tre o quattro de li nostri uomini per terra. Da poi gli dette sonagli, uno specchio,

uno pettine e certi paternostri e mandollo in terra con 4 uomini armati. Uno suo compagno, che mai

volse venire a le navi, quando el vide venire co stui con li nostri, corse dove stavano gli altri; se

misseno in fila tutti nudi.

Arrivando li nostri ad essi, comensorono a ballare e cantare, levando un dito al cielo e

mostrandoli polvere bianca de radice da erba, poste in pignatte di terra, che la mangiasseno, perchè

non avevano altra cosa. Li nostri li fecero segno [che] dovesseno venire a le navi e che li

aiuterebbono [a] portare le sue robe, per il che questi uomini subito pigliarono solamente li suoi

archi; e le sue femmine, cargate come asine, portarono il tutto.

Queste [donne] non sono tanto grandi, ma molto più grosse. Quando le vedessimo,

grandemente stessemo stupefatti. Hanno le tette longhe mezzo braccio; sono dipinte e vestite come

[i] loro mariti, se non [che] dinnanzi a la n atura hanno una pellesina che la copre. Menavano quattro

de questi animali piccoli, legati con legami a modo de cavezza. Questa gente, quando voleno

pigliare di questi animali, legano uno di questi piccoli a uno spino; poi véneno li grandi per giocar e

con li piccoli; ed essi, stando ascosi, li ammazzano con le frezze. Li nostri ne condussero a le navi

disdotto tra maschi e femmine, e furono ripartite a le due parti del porto acciò pigliasseno de li detti

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animali.

Di lì a 6 giorni fu visto uno gigante, depinto e vestito de la medesima sorte, da alcuni che

facev ano legna. Aveva in mano un arco e frezze. Accostandosi a li nostri, prima se toccava el capo,

el volto e el corpo, e il simile faceva a li nostri, e dappoi levava le mani al cielo. Quando el capitano

generale lo seppe, lo mandò a torre con lo schifo e menollo in quella isola che er a nel porto, dove

avevano fatta una casa per li fabbri e per metterli alcune cose de le nave. Costui era piú grande e

meglio disposto de li altri e tanto trattabile e grazioso. Saltando ballava e, qu ando ballava, o gni volta

cacciava li piedi sotto terra un palmo. Stette molti giorni con noi, tanto che 'l battizzassemo,

chiamandolo Giovanni. Costui chiaro pronunziava Gesú, Pater Noster, Ave Maria e Giovanni come

noi, se non con voce grossissima. Poi el capitano generale li donò una camisa, una camisotta di

panno, braghesse di panno, un bonet, un specchio, uno pettine, sonagli e altre cose e mandollo da li

sui. Ghe li andò molto allegro e contento. Il giorno seguente costui portò uno di quelli animali

grandi al capitano gen erale, per il che li dette molte cose acciò n e portasse de li altri: ma piú nol

vedessimo. Pensassimo [che] li suoi lo avessero ammazzato per aver conversato con noi.

Passati 15 giorni, vedessemo quattro de questi giganti senza le sue armi, perchè le avevano

ascose in certi spini: poi li due che pigliassemo ne le insegnarono. Ognuno era dipinto

differenziatamente. Il capitano generale ritenne due, li più giovani e piú disposti, con grande astuzia,

per condurli in Ispagna. Se altramente avesse fatto, facilmente avrebbeno morto alcun de noi.

L'astuzia che usò in ritenerli fu questa: ghe dette molti cortelli, forbice, specchi, sonagli e cristallino.

Avendo questi due le mani piene de le dette cose, il capitano generale fece portare due para de ferri,

che se mettono a li piedi, mostrando de donarli, e elli, per esser ferro, gli piacevano molto, ma non

sapevano come portarli e li rincresceva lassarli: non avevano dove mettere quella merce e

bisogniavali tenersi con le mani la pelle che avevano intorno. Li altri due volevano aiutarli, ma il

capitano non volse. Vedendo che li rincresceva lasciare quelli ferri, li fece segno [che] li farebbe

[mettere] a li piedi e quelli porterebbeno via. Essi risposero con la testa di sì. Subito ad uno

medesimo tempo li fece mettere a tutti due, e quando l'inchia(va)vano con lo ferro che traversa,

dubitavano; ma [as]securandoli il capitano, pur stetteno fermi; avvedendosene poi de l'inganno,

sbuffavano come tori, chiamando fortemente Setebos, che li aiutasse. Agli altri due, appen a

potessemo legarli le man i, li mandassemo a terra con nove uomini, acciò guidasseno li nostri dove

stava la moglie de uno di quelli [che] avevamo presi, perchè fortemente con segni la lamentava

acciò ella intendessemo. Andando, uno se desligò le mani e corse via, con tanta velocità che li nostri

lo perseno di vista. Andò dove stava la sua brigata e non trovò uno de li suoi, che era rimasto con le

femmine, perch è era andato alla casa. Subito lo andò a trovare e contògli tutto il fatto. L'altro tanto

se sforzava per desligarse che li nostri lo ferirono un poco sopra la testa e sbuffando condusse li

nostri dove stavano le loro donne. Giovan Carvagio piloto, capo de questi, non volse torre la donna

quella sera, ma dormitte ivi, perché se faceva notte. Li altri due vennero e vedendo costui ferito, se

dubitavano e non dissero niente allora, ma nell'alba parlorono a le donne. Subito fuggiteno via e

correvano più li piccoli che li grandi, lassando tutte le loro robe. Dui se trasseno da parte, tirando a

li nostri frezze; l'altro menava via quelli suoi animaletti per cacciar e; e così combattendo, uno de

quelli passò la coscia con una frezza a uno de li nostri, il quale subito morì. Quando visteno questo,

subito corseno via. Li nostri avevano schioppetti e balestre, e mai non li poterono ferire. Qu ando

questi combattevano, mai stavano fermi, ma saltando de qua e de là. Li nostri seppellirono lo morto

e brusarono tutte le robe, che avevano lassate. Certamente questi giganti correno piú [dei] cavalli e

sono gelosissimi de loro mogliere.

Quando questa gente se sente male al stomaco, in loco de purgarse, se mettono ne la gola dui

palmi e piú d'una frezza e gomitano colore verde mischiato con sangue, perchè mangiano certi cardi.

Quando li dole el capo, se dànno nel fronte una tagiatura nel traverso, e così ne le bracce, ne le

gambe e in ciascuno loco del corpo, cavandose molto sangue. Uno di q uelli [che] avevamo presi,

che stava ne la nostra nave, diceva come quel sangue non voleva stare ivi e per quello li dava

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passione. Hanno li capelli tagliati con la chierega a modo de frati, ma piú longhi, con uno cordone

de bambaso intorno al capo, nel quale ficcano le frezze quando vanno a la cazza. Legano el suo

membro dentro del corpo per lo grandissimo freddo. Quando more uno de questi, ge appareno X o

dodici demoni, ballando molto allegri intorno al morto, tutti depinti. Ne vedono uno sovra li altri

assai più grandi, gridando e facendo più gran festa. Così come el demonio li app are depinto, de

quella sorte se depingono. Chiamano el demonio maggior Setebos, a li altri Cheleulle. Ancora costui

ne disse con segni avere visto li demoni con due corni in testa e peli longhi che coprivano li piedi,

gettare foco per la bocca e per il culo. Il capitano generale nominò questi popoli Patagoni. Tutti se

vestono de la pelle de quello animale già detto. Non hanno case, se non trabacche de la pelle del

medesimo animale e con quelle vanno mo' di qua, mo' di là, come fanno li Cingani. Vivono di carn e

cruda e de una radice dolce, che la chiamano chapae. Ogni uno de li due, che pigliassemo,

mangiava una sporta de biscotto e beveva in una fiata mezzo secchio de acqua. E mangiavano li

sorci senza scorticarli.

Stessemo in questo porto, el quale chiamassemo porto de Santo Giuliano, circa di cinque

mesi, dove accaddettero molte cose. Acciò che Vostra illustrissima signoria ne sappia alcune, fu

che, subito entrati nel porto, li capitani de le altre quattro navi ordinarono uno tradimento per

ammazzare il capitano generale: e questi erano el vehador e de l'armata, che se chiamava Gioan d e

Cartagena, el tesoriero Alovise de Mendoza, el contadore Antonio Cocha e Gaspar de Casada. E

squartato el vehador da li uomini, fu ammazzato lo tesoriero a pognalade, essendo descoperto lo

tradimento. De lì alquan ti giorni Gaspar de Cazada per voler fare un altro tradimento, fu sbandito

con un prete in questa terra Patagonia. El capitano generale non volle farlo ammazzare per chè lo

imperatore don Carlo lo aveva f atto capitano.

Una nave, chiamata Sancto Iacopo, per andare a descovrire la costa si perse. Tutti gli uomini

si salvarono per miracolo, non bagnandose. Appena due de questi venirono a le navi e ne dissero el

tutto. Per il che el capitano generale gh e mandò alcuni uomini con sacchi de biscotto. Per due mesi

ne fu forza portarli el vivere; perchè ogni giorno trovavano qualche cosa de la nave. El viaggio de

andare era longo 24 leghe, che sono cento miglia; la via asprissima e piena de spini. Stavano 4

giorni in viaggio; la notte dormivano in macchioni; non trovavano acqua da bevere, se non ghiaccio,

il quale n e era grandissima fatica. In questo porto era assaissime cappe longhe, che le chiamano

missiglioni, avevano perle nel mezzo, ma piccole, che non le potevano mangiare. Anco se trovava

incenso, struzzi, volpe, pàssae e conigli più piccoli assai de li nostri. Qui, in cima del piú alto monte,

drizzassemo una croce in segno de questa terra che era del re di Spagna, e chiamassemo questo

monte Monte de Cristo.

Partendone de qui, in 51 gr ado manco un terzo all'Antartico, trovassemo uno fiume de acqua

dolce nel quale le navi quasi [se] perseno per li venti terribili; ma Dio e li Corpi Santi le aiutarono.

In questo fiume tard assemo circa due mesi per fornirne de acqua, legna e pesce, lon go uno brazzo e

piú, con squame. Era molto buono, ma poco: e innanzi [che] se partissemo de qui el capitano

generale e tutti noi se confessassemo e comunicassemo come veri cristiani.

Poi andando a 52 gradi al medesimo polo, trovassemo nel giorno delle Undecimila vergin e

uno stretto, el capo del quale chiamammo Capo de le undece mila Vergine, per grandissimo

miracolo. Questo stretto è longo cento e dieci leghe, che sono 440 miglia, e largo più o manco de

mezza lega, che va a riferire in un altro mare, chiamato mar Pacifico, circondato da montagne

altissime caricate de neve. Non [g]li potevamo trovar fondo se non con lo proise in terra in 25 e 30

brazza. E se non era el capitano generale non trovavamo questo stretto, perchè tutti pensavamo e

dicevamo come era serrato tutto intorno: ma il capitano generale, che sap eva de dover far e la sua

navigazione per uno stretto molto ascoso, come vide ne la tesoreria del re di Portugal in una carta

fatta per quello eccellentissimo uomo Martin di Boemia, mandò due navi, Santo Antonio e la

Concezione, che così le chiamavano, a vedere che era nel capo della baia.

Noi, con le altre due nave, la capitania, [che] se chiamava Trinidade, l'altra la Victoria,

stessemo ad aspettarle dentro ne la baia. La notte ne sopravvenne una grande fortuna, che durò fino

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a l'altro mezzogiorno, per il che ne fu forza levare l'an core e lasciare andare de qua e de là per la

baia. A le altre due navi li era traversia e non potevano cavalcare uno capo, che facev a la baia quasi

in fine, per venire a noi, sì che le era forza a dare in secco. Pur accostandose al fine de la baia,

pensando de essere persi, vitteno una bocca piccola, che non pareva bocca, ma uno cantone, e come

abbandonati se cacciarono dentro, sì che per forza discoperseno el stretto; e vedendo che non er a

cantone, ma uno stretto de terra, andarono piú innanzi e trovarono una b aia. Poi, andando più oltra,

trovarono uno altro stretto e un'altra baia più grande che le due prime. Molto allegri, subito voltorno

indietro per dirlo al capitano generale.

Noi pensavamo fossero perse, prima p er la fortuna grande, l'altra perchè er ano passati dui

giorni e non apparevano, e anco per certi fumi che f acevano dui de li sui mandati in terra per

avvisarne. E così stando sospesi, vedemmo venire [le] due navi con le vele piene e con le b andier e

spiegate verso di noi. Essendo così vicine, subito scaricarono molte bomb arde e gridi; poi tutti

insieme, rengraziando Id dio e la Vergine Maria, andassemo a cercare più innanzi.

Essendo entrati in questo stretto, trovassemo due bocche, una al scirocco, l'altra al garbino. Il

capitano gener ale mandò la nave Santo Antonio insieme con la Concezione per ved ere se quella

bocca, che era verso scirocco, aveva esito nel mare Pacifico. La nave Santo Antonio non volle

aspettare la Concezione, perchè voleva fuggire per ritornare in Ispagna, come fece. Il piloto de

questa nave se chiamava Stefan Gomes, lo quale odiava molto lo cap itan generale, perchè, innanzi

[che] si facesse questa armata, costui era andato da lo imperator e per farse dare alcune caravelle per

discovrire terra; ma per la venuta del capitano generale sua magestà non le li dette. In questa nave

era l'altro gigante, che avevamo preso, ma, quando entrò nel caldo, morse.

La Concezione, per non poter seguire questa, la aspettava andando di qua e di là. La Santo

Antonio a la notte tornò indietro e se fuggì per lo medesimo stretto. Nui eramo andati a descovrire

l'altra bocca verso el garbin. Trovando per ogni ora el medesimo stretto, arrivassemo a uno fiume,

che 'l chiamassemo fiume delle Sardine, perchè appresso de questo ne erano molte: e così quivi

tardassemo quattro giorni per aspettare le [altre] due navi. In questi giorni mandassemo uno battello

ben fornito per descoprire el capo de l'altro mare. Venne in termine di tre giorni e dissero como

avevano veduto el capo e el mare amplo.

El capitano generale lagrimò per allegrezza, e nominò quel capo Deseado, perchè l'avevamo

già gran tempo desiderato. Tornassemo indietro p er cercare le due navi e non trovassemo se non la

Concezione. E, domandandoli dove era l'altra, rispose Gioan Serrano, che era capitano e pilota de

questa e anco de quella che se perse, che non sapeva e che mai non l'aveva veduta dappoi che ella

entrò nella bocca. La cercassemo per tutto lo stretto fin in quella bocca dov'ella fuggitte. Il capitano

generale mandò indietro la nave Victoria fino al principio del stretto per vedere se ella era ivi, e, non

trovandola, mettesse una bandiera in cima de alcuno monticello con una lettera in una pignattella,

ficcata in terra presso la bandiera, acciò vedendola, trovassero la lettera e sapessero lo viaggio che

facev ano: perchè così era dato lo ordine fra noi, quando se smarrivano le navi una de l'altra. Se mise

due bandiere con le lettere, una a uno monticello ne la prima baia, l'altra in una isoletta nella terza

baia, dove erano molti lovi marini e uccelli grandi.

Il capitano generale l'aspettò con l'altra nave appresso el fiume Isleo; e fece mettere una croce

in una isoletta circa de questo fiume, el quale erra tra alte montagne caricate de neve e descende al

mare appresso el fiume de le Sardine. Se non trovavamo questo stretto, el capitano generale aveva

deliberato andare fino a 75 gradi al polo antartico, dove in tale altura al tempo de la estate non ce è

notte, e, se glie n'è, è poca, e così nell'inverno giorno.

Acciò che vostra illustrissima signoria il creda, quando éramo in questo stretto, le notte erano

solamente de tre ore e era nel mese d'ottobre. La terra di questo stretto a man manca er a voltata al

scirocco e era bassa. Ch iamassemo a questo stretto el stretto patagonico, in lo qual se trova, o gn i

mezza lega, securissimi porti, acque eccellentissime, legna se non di cedro, pesce, sardine,

missiglioni e appio, erba dolce, ma ce n'è anche di amare; nasce attorno le fontane, del quale

mangiassimo assai giorni per non aver altro. Credo non sia al mondo el piú bello e miglior stretto,

come è questo. In questo mar Oceano se vede una molto dilettevole caccia de pesci. Sono tre sorte

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de pesci longhi uno braccio e più, che se chiamano doradi, albacore e boniti, li quali seguitano pesci

che volano, chiamati colondrini, longhi un palmo e più; e sono ottimi al mangiare. Quando quelle

tre sorte trovano alcuni di questi volanti, subito li volanti saltano fora de l'acqua e volano, finchè

hanno le ale bagnate, più d'uno trar di balestra. Intanto che questi volano, gli altri li corrono indietro,

sott'acqua, a la sua ombra. Non sono così presto cascati ne l'acqua, che subito li pigliano e

mangiano: cosa invero bellissima da vedere.

VOCABOLI DE LI GIGANTI PATAGONI

Al capo = her

A l'uomo guercio = calischen

All'occhio = other

Al giovane = calemi

Al naso = or

A l'acqua = holi

Alle ciglia = occhechel

Al fuoco = ghialeme

Alle palpebre = sechechiel

Al fumo = giaiche

A li busi del naso = oresche

Al no = ehen

A la bocca = xiam

Al sì = rey

A li labbri = schiahame

A l'oro = pelpeli

A li denti = phor

A le pietre azzurre = secheg

Alla lingua = schial

Al sole = calexcheni

Al mento = sechen

Alle stelle = settere

A li peli = archiz

Al mare = aro

Al volto = cogechel

Al vento = oni

A la coppa = schialeschin

A la fortuna = ohone

A la gola = ohumez

Al pesce = hoi

A le spalle = pelles

Al mangiare = mechuiere

Al gomito = cotel

A la scodella = elo

A la mano = chene

A la pignatta = aschanie

A la palma de la mano = caimeghin

Al domandare = ghelbe

Al dito = cori

Vien qui = hai si

A le orecchie = sane

Al guardar = chonne

Sotto al braccio = salischin

A l'andar = rey

A la mammella = othen

Al combattere = oamaghce

Al petto = ochii

A le frezze = sethe

Al corpo = gechel

Al cane = holl

Al membro = sachet

Al lupo = ani

A li testicoli = sacancos

A l'andar lon ge = schien

A la natura delle donne = jsse

A la guida = anti

All'usar con esse = jo hoi

A la neve = theu

A le cosce = chiane

Al correre = hiam

Al ginocchio = tepin

Al struzo uccello = hoihoi

Al culo = schiaguen

A la polvere d'erba che mangiano = capa c

A le culatte = hoij

A li sui = om jani

Al brazzo = maz

A l'odorare = os

Al polso = holion

Al pappagallo = cheche

A le gambe = coss

A la gabiota uccella = cleo

Al piede = thee

Al misiglion = siameni

Al calcagno = tere

Al panno rosso = torechai

A la caviglia del piè = perchi

Al bonnet = aichel

A la sola del piè = caotscheni

Al colore negro = ninel

A le unghie = colim

Al rosso = taiche

Al core = thol

Al giallo = peperi

Al grattare = gechare

Al cucinare = yrocoles

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A la cintura = cathechin

Al diavolo grande = Setebos

A l'oca = cache

A li piccoli = Cheleule

Tutti questi vocaboli si pronunciano in gorga, perchè così li pronunziano loro.

Me disse questi vocaboli quel gigante, che avev amo nella n ave, perchè domandandome capac,

cioè pane, che così chiamano quella radice che usano loro per pane, e oli, cioè acqua, quando el me

vide scrivere questi nomi, domandandoli poi de li altri con la penna in mano, me intendeva. Una

volta feci la croce e la baciai, mostrandogliela. Subito gridò Setebos, e facemi segno, se più facessi

la croce, [che] me intrerebbe nel corpo e farebbe crepare. Quando questo gigante stava male,

domandò la croce abbracciandola e baciandola molto. Se volle far cristiano innanzi la sua morte. El

chiamassemo Paolo. Questa gente quando voleno far fuoco, fregano uno legno pontino con un altro,

in fine che fanno lo fuoco in una certa medolla d'arbore, che è fra questi due legni.

Mercore a 28 de novembre 1520 ne disbucassemo da questo stretto s'ingolfandone mar

Pacifico. Stessemo tre mesi e venti giorni senza pigliare refrigerio di sorta alcuna. Man giavamo

biscotto, non più biscotto, ma polvere de quello con vermi a pugnate, perchè essi avevano mangiato

il buono: puzzava grandemente de orina de sorci, e bevevamo acqua gialla già putrefatta per molti

giorni, e mangiavamo certe pelle de bove, che erano sopra l'antenna maggiore, acciò che l'antenn a

non rompesse la sartia, durissime per il sole, pioggia e vento. Le lasciavamo per quattro o cinque

giorni nel mare, e poi se metteva uno poco sopra le brace e così le mangiavamo, e ancora assai volte

segatura de asse. Li sorci se vendevano mezzo ducato lo uno e se pur ne avessemo potuto avere. Ma

sovra tutte le altre sciagure questa era la peggiore: cr escevano le gengive ad alcuni sopra li denti

così de sotto come de sovra, che per modo alcuno non potevano mangiare, e così morivano per

questa infermità. Morirono 19 uomini e il gigante con uno Indio de la terra del Verzin. Venticinque

o trenta uomini se infirmarono, chi n e le braccia, ne le gambe o in altro loco, sicchè pochi restarono

sani. Per la grazia de Dio, io non ebbi alcuna infermitade.

In questi tre mesi e venti giorni andassemo circa de quattro mila leghe in uno golfo per questo

mar Pacifico (in v ero è bene p acifico, perchè in questo tempo non avessimo fortuna) senza veder e

terra alcuna, se non due isolotte disabitate, nelle quali non trovassimo altro se non uccelli e arbori; le

chiamassemo Isole In fortunate.

Son lungi l'una dall'altra duecento leghe. Non trovavamo fondo appresso de loro, se non

vedevamo molti tiburoni. La prima isola sta in 15 gradi di latitudine a l'australe, e l'altra in 9. Ogni

giorno facevamo cinquanta, sessanta e settanta leghe a la catena, o a poppa. E se Iddio e la sua

Madre benedetta non ne dava così buon tempo, morivamo tutti de fame in questo mare grandissimo.

Quando fossimo usciti da questo stretto, se avessemo navigato sempre al ponente, averessimo

dato una volta al mondo senza trovare ter ra niuna se non el capo de le XI mila Vergine, che è capo

de questo stretto al mar Oceano, levante ponente con lo capo Deseado del mare Pacifico, li quali du e

capi stanno in 52 gradi di latitudine puntualmente al polo Antartico.

Il polo Antartico non è così stellato come lo Artico. Se vede molte stelle piccole, congregate

insieme, che fanno in guisa de due nebule poco separate l'una dall'altra e uno poco offusche, in

mezzo delle quale stanno due stelle molto grandi, nè molto relucenti e po co se moveno. La calamita

nostra, zavariando uno sempre, tirava al suo polo Artico; niente de meno non aveva tanta forza

come da la banda sua. E però, quando èramo in questo golfo, il capitano generale domandò a tutti li

piloti, andando sempre a la vela, per qual cammino navigando pontasseno su le carte. Risposero

tutti: Per la sua via puntualmente data: li rispose che pontavano falso, così come era, e ch e

conveniva aiutare la guglia del navigare, perchè non riceveva tanta forza dalla parte sua. Qu ando

èramo in questo golfo vedessimo una croce de cinque stelle lucidissime, dritto al ponente e sono

giustissime una con l'altra.

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In questi giorni navigassemo tra il ponente e il maestrale e a la quarta del maestrale in verso

ponente e al maestrale, finchè giungessimo a la linea equinoziale, lungi dalla linea de la ripartizione

cento e vinti gradi. La linea de la ripartizione è 30 gradi lungi dal meridionale: el meridionale è 3

gradi al levante lungi da Capo Verde. In questo cammino passassemo poco lungi da due isole

ricchissime, una in venti gradi di latitudine al polo Artico, che se chiama Cipangu; l'altra in quindici

gradi, chiamata Sumdit Pradit. Passata la linea equinoziale, navigassero tra ponente e maestrale e

alla quarta del ponente verso il maestrale; poi duecento leghe al ponente, mutando il viaggio a la

quarta verso garbin fin in 13 gradi al polo Artico per apropinquarse più a la terra del capo de

Gaticara, el qual capo, con pardon de li cosmografi per chè non lo visteno, non si trova dove loro li

pensavano, ma al settentrione in 12 gradi, poco più, poco manco.

Circa de settanta leghe alla detta via, in dodeci gradi di latitudine e 146 de longitudine a 6 de

marzo discoprissemo una isola al maistrale piccola e due altre al garbin . Una era più alta e più

grande delle altr e due. Il capitano generale voleva fermarse nella grande per pigliare qualch e

refrigerio; ma non potè, perchè la gente de questa isola entravano ne le navi e rubavano chi una

cosa, chi l'altra, talmente che non potevamo gu ardarsi. Volevano calare le vele a ciò andassimo in

terra: ne roborono lo schifo che stava legato da poppa de la nave capitana con grandissima

prestezza. Per il che corrucciato il capitano generale andò in terra con quaranta uomini armati e

brusarono da quaranta o cinquanta case con molti barchetti e ammazzarono sette uomini, e riebbe lo

schifo. Subito ne partissemo seguendo lo medesimo cammino. Innanzi ch e dismontassemo in terra

alcuni nostri infermi ne pregorono, se ammazzavamo uomo o donna, li portassemo li interiori,

perchè subito sarebbeno sani.

Quando ferivamo alcuni di questi con li verrettoni, che li passavano li fianchi da l'una banda

all'altra, tiravano il verrettone mo' di qua, mo' di là, guardandolo; poi lo tiravano fuor a

meravigliandosi molto, e così morivano: e altri che erano feriti nel petto facevano il simile. Ne

mosseno a gran compassione. Costoro vedendone partire ne seguitarono con più de cento barch etti

più d'una lega: se accostavano a le navi mostrandone pesce con simulazione de darnelo; ma traevano

sassi e poi fuggivano. Andando le navi con vele piene, passavano fra loro e li battelli con quelli suoi

barchetti molto destrissimi. Vedessimo alcune femmine in li barchetti gridare e scapigliarsi, credo

per amore de li suoi morti.

Ognuno de questi vive secondo la sua volontà; non hanno signore: vanno nudi, e alcuni

barbati, con li capelli negri fino a la cinta ingruppati. Portano cappelletti de palma come li Albanesi;

sono gr andi come noi e ben disposti; non adorano niente; sono olivastri, ma nascono bianchi: hanno

li denti rossi e n egri, p erchè la reputano cosa bellissima. Le femmine vanno nude; se non che

dinnanzi a la sua natura portano una scorza stretta, sottile come la carta, che nasce fra l'albore e la

scorza della palma; sono belle, delicate e bianche più che li uomini, con li capelli sparsi e longhi,

negrissimi, fino in terra. Queste non lavorano, ma stanno in casa tessendo store, casse de palma e

altre cose necessarie a casa sua. Man giano cocchi, batate, uccelli, fichi longhi uno palmo, canne

dolci e pesci volatori con altre cose. Se ungono il corpo e li capelli con olio de cocco e di gion gioli;

le sue case sono tutte fatte di legno, coperte di tavole con foglie di figàro, de sopra lunghe due

braccia, con solari e con fenestre; le camere e li letti tutti forniti di store bellissime de palma.

Dormono sovra paglia molto molle e minuta. Non hanno arme, se non certe aste con un osso

pontino de pesce ne la cima.

Questa gente è povera, ma ingegnosa e molto ladra: per questa chiamassemo queste tre isole le

isole de li ladroni. El suo spasso è andare con le donne per mare con quelle sue b archette. Sono

come le fucelere, ma più strette; alcune negre, bianche, e altre rosse. Hanno da l'altra parte della vela

un legno grosso, pontino ne le cime, con pali attraversati, che il sostentano ne l'acqua per andare più

securi alla vela. La vela è di foglie de palma cucite insieme e fatta a modo della latina. Per timone

hanno certe pale, come da forno, con un legno in cima: fanno della poppa prora e de la prora poppa;

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e sono come delfini nel saltar a l'acqua de onda in onda. Questi ladroni pensavano, a li segni ch e

facev ano, [che] non fossero altri uomini al mondo, se non loro.

Sabato, a 16 de marzo 1 521, dessemo, ne l'aurora, sovra una terra alta, lungi trecento leghe

dalle isole de li Ladroni, la qual è isola e se chiama Zamal. El capitano generale nel gio rno seguente

volse dismontare in un'altra isola desabitata, per essere più sicuro che era di dietro de questa, p er

pigliare acqua e qualche diporto. Fece f are due tende in terra per li infermi e fece li ammazzare un a

porca. Luni a 18 di marzo vedessemo da poi disnare venire verso di noi una barca con nove uomin i,

per il che lo capitano generale comandò che niuno si movesse, nè dicesse parola alcuna senza su a

licenza. Quando arrivorono questi in terra, subito lo suo principale andò dal capitano generale,

mostrandose allegro per la nostra venuta. Restarono cinque de questi più ornati con noi; li altri

andorono a levare alcuni altri, che pescavano; e così venirono tutti.

Vedendo lo capitano gen erale ch e questi erano uomini con ragione, li fece dare da mangiare e

li donò bonetti rossi, specchi, pettini, sonagli, avorio, boccasini e altre cose. Quando visteno la

cortesia del capitano, li presentorono p esci, uno vaso de vino de palma, che lo chiamavano vraca,

fichi più lunghi d'un palmo e altri più piccoli, più saporiti, e due cocchi. Allora non avevano altro.

Ne fecero segni con la mano che in fino a quattro giorni portarebbero umany, ch e è riso, cocchi e

molta altra vittuaglia.

I cocchi sono frutti de la palma. Così come noi avemo il pane, il vino, l'olio e l'aceto, così

hanno questi popoli ogni cosa da questi arbori. Hanno el vino in questo modo: forano la ditta palma

in cima nel coresino, detto palmito, dal quale stilla uno liquore, come è [il] mosto, bianco, dolce, ma

un poco bruschetto, in canne grosse come la gamba e più: le attaccano a l'arbore la sera per la

mattina e la mattina per la sera. Questa palma fa uno frutto, il quale è lo cocco. Questo cocco è

grande come il capo, e più e meno. La sua prima scorza è verde e grossa più di dui diti, ne la quale

trovano certi filetti, che fanno le corde che legano le sue barche. Sotto di questa ne è una dura e

molto più grossa di quella de la noce. Questa la brusano e fanno polvere buona per loro. Sotto di

questa è una medolla bianca, grossa come un dito, la qual man giano fresca con la carne e il pesce,

come noi lo pane, e di quel sapore che è la mandorla. Chi la seccasse, se farebbe pane. In mezzo de

questa medolla è una acqua chiara, dolce e molto cordiale; e quando questa acqua sta un p oco

accolta, se congela e diventa como uno pomo. Quando voleno fare olio, pigliano questo cocco e

lassano putrefare quella medolla con l'acqua e poi fanno bollire e viene olio come butirro. Se può

fare anche latte, come n oi facevamo. Gr attavamo questa medolla, poi la mischiavamo con l'acqua

sua medesima strucandola in uno panno, e così era latte como di capra. Queste palme sono como

palme de li datteri, ma non così nodose, se non lisce. Una famiglia di X persone, con due di queste

se mantengono fru endo 5 otto giorni l'una e otto giorni l'altra per lo vino: se altramente facessono,

se seccherebbeno: e durano cento anni.

Grande familiaritade pigliarono con nui questi popoli. Ne dissero molte cose come le

chiamavano e li nomi de alcune isole, che se vedevano de qui. La sua se chiama Zuluan, la quale

non è troppo grande. Pigliassemo gran piacere con questi, perchè erano assai piacevoli e

conversabili. Il capitano generale, per farli più onore, li menò a la sua nav e e li mostrò tutta la sua

mercadanzia, garofoli, cannella, pevere, noce moscada, macia, oro e tutte le cose che erano nella

nave; fece d escaricare alcune bombarde. Ebbero gran paura e volsero saltar fuora de la nave. Ne

fecero segni quelli dove noi andavamo nascessevano le cose sudd ette. Quando si volsero partire,

pigliarono licenza con molta grazia e gentilezza, dicendo che tornarebbeno secondo la sua

promessa. La isola dove éramo se chiama Humunu; ma noi, per trovarli due fontane de acqua

chiarissima, la chiamassemo l'Acquata de li buoni segnali, perchè fu il primo segno de oro ch e

trovassemo in questa parte. Qui si trov a gran quantitade de coralli bianchi e arbori grandi, che fanno

frutti poco minori de la mandorla e sono come li pignoli; e anco molte palme, alcune buone e alcune

altre cattive. In questo loco sono molte isole; per il che lo chiamassemo l'arcipelago de San Lazzaro,

descovrendolo ne la sua Domenica; il quale sta in X gradi di latitudine al polo Artico e

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centosessantauno di longitudine della linea de la ripartizione.

Venere a 22 di marzo venirono in mezzodì quelli uomini, secondo ne avevano promesso, in

due barche con cocchi, naranzi dolci, uno vaso de vino de palma, e uno gallo per dimostrare che in

queste parti erano galline. Se mostrarono molto allegri verso de noi; comprassemo tutte quelle cose.

Il suo signo r era vecchio e depinto; portava due schione de oro a le orecchie, li altri molte maniglie

de oro a li brazzi, con fazoli intorno al capo. Stessemo quivi otto giorni, ne li quali el nostro

capitano andava o gni dì in terra a visitare li infirmi; e ogni mattina li dava con le sue mani acqua del

cocco, che molto li confortava.

De dietro de questa isola stanno uomini che hanno tanto gr andi li picchetti de le orecchie, che

portano li bracci ficcati in loro. Questi popoli sono Cafri, cioè Gentili, vanno nudi con tele de scorza

d'arbore intorno le sue ver go gne; se non alcuni principali, con tele de bambaso lavorate n e li capi

con seta a guchia. Sono olivastri, grassi, depinti, e se ongeno con olio de cocco e de gion gioli per lo

sole e per il vento. Hanno li capelli negrissimi, fino a la cinta, e hanno daghe, coltelli, lance de oro,

targoni, fiocine, arponi e reti per pescare come rezzali. Le sue barche sono come le nostre.

Nel luni santo, a venticin que de marzo, giorno de la Nostra Donna, passato mezzodì, essendo

di ora in ora per levarsi, andai a bordo della nave per pescare, e, mettendo li piedi sopra una antenna

per discendere ne la mesà di guarnigione, me slizegarono li piedi perchè era piovesto, e così cascai

nel mare che niuno me vide. E essendo quasi sommerso, me venne ne la mano sinistra la scotta de la

vela maggiore, che era ascosa ne l'acqua: me tenni forte e comensai a gridare, tanto che fui aiutato

con lo battello. Non credo già [che] per miei meriti, ma per la misericordia di quella fonte di pietà,

fossi aiutato. Nel medesimo giorno pigliassemo tra il ponente e garbin infra quattro isole: Cenalo,

Hiunanghan, Ibusson e Abarien.

Iove, a ventiotto de marzo, per aver visto la notte passata fuoco in una isola, ne la mattina

sorgessimo appresso de questa: vedessemo una barca piccola che la chiamano boloto, con otto

uomini de dentro appropinquarse ne la nave capitanea. Uno schiavo del capitano gen erale, che era

de Zamatra, già chiamata Traprobona, li parlò, il quale subito intesono: vennero nel bordo della

nave, non volendo intrare dentro, ma stavano uno poco discosti. Vedendo el capitano che non

volevano fidarse de noi, li buttò un bonnet rosso e altre cose ligate sopra un pezzo de tavola. La

pigliarono molto allegri e subito se partirono per avvisare il suo re. Da lì circa due ore vedessimo

vegnire due balangai (che sono barche grandi e così le chiamano) pieni di uomini: nel maggiore er a

lo suo re sedendo sotto uno coperto de store.

Quando el giunse sotto la capitana, el schiavo li parlò; il re lo intese, perchè in questa parte li

re sanno più linguaggi che li altri: comandò che alcuni suoi intrasseno ne la nave. Lui sempre stette

nel suo balangai poco longe de la nave, finchè li suoi tornarono e, subito tornati, se partì. Il capitano

generale fece grande onore a quelli, che venirono ne la nave; e donolli alcune cose, per il che il re,

innanzi la sua partita, volle donare al capitano una barra de oro grande e una sporta piena de

gengero; ma lui, ringraziando molto, non volse accettarle. Nel tardi andassemo con la nave appresso

la abitazione del re.

Il giorno seguente, che era il Venerdì Santo, il capitano generale mandò lo schiavo, che era lo

interprete nostro, in terr a in uno battello a dire al re, se aveva alcuna cosa da man giare, la facesse

portare in nave, che resteriano bene satisfatti da noi, e come amici e non come nemici eramo venuti

a la sua isola. El re venne con sei, ovvero otto uomini, nel medesimo battello ed entrò ne la nave,

abbracciandosi col capitano generale e donògli tre vasi di porcellana coperti de foglie, pieni di riso

crudo e due or ate molto grandi con altre cose. El capitano dette al re una veste de panno rosso e

giallo fatta a la turchesca e uno bonnet rosso fino: a li altri sui, a chi coltelli e a chi specchi. Poi li

fece dare da colazione e, per il schiavo, li fece dire che voleva essere con lui casi casi, cioè fratello:

rispose che così volev a essere verso de lui. Da poi lo capitano gli mostrò panno de diversi colori,

tela, coralli e molta mercanzia e tutta l'artigliaria, facendola descargare.

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Alcuni molto se spaventorno; poi fece armare uno uomo con un uomo d'arme e li messe

attorno tre con spade e pugnali, che li davano per tutto el corpo; per la qual cosa el re restò quasi

fora di sè. Li disse per il schiavo che uno de questi armati valeva per cento de li suoi: rispose che era

così e che in ogni nave ne menava duecento, che se armavano de quella sorte. Li mostrò corazzine,

spade e rotelle e fece fare a uno una levata. Poi lo condusse sopra la tolda della nave, che è in cima

de la poppa e fece portare la sua carta da navigare e la bussola e li disse per l'interprete como trovò

lo stretto per venire a lui e quante lune sono stati senza vedere terra. Se meravigliò: in ultimo li disse

che voleva, se li piacesse, mandare seco due uomini, acciò li mostrasse alcune de le sue cose.

Respose che era contento. Io ce andai con un altro.

Quando fui in terra, il re levò le mani al cielo e poi se volse contro noi dui; facessemo lo

simile verso de lui; così tutti li altri fecero. Il re me pigliò per la mano; uno suo principale pigliò

l'altro compagno, e così ne menarono sotto un coperto de canne, dove era uno balangai longo ottanta

palmi de li miei, simile a una fusta. Ne sedessimo sopra la poppa de questo, sempre parlando con

segni. Li suoi ne stavano in piedi attorno attorno con spade, daghe, lance e targoni. Fece po rtare uno

piatto de carne de porco con uno vaso grande pieno de vino. Bevevamo ad ogni b occone una tazza

de vino: lo vino che li avanzava qualche volta, benchè fosseno poche, se metteva in uno vaso da per

sè. La sua tazza sempre stava coperta; ninguno altro lì beveva se non il re e io. Innanzi che il re

pigliasse la tazza per bere, alzava le mani giunte al cielo e verso de noi, e quando voleva bere,

estendeva lo pugno de la mano sinistra verso di me (prima pensava me volesse dare un pugno) e poi

beveva; faceva cosí io verso il re. Questi segni fanno tutti l'uno verso de l'altro, quando beveno. Con

queste cerimonie e altri segni de amicizia merendassemo.

Mangiai nel Venere Santo carne, per non potere fare altro. Innanzi che venisse l'ora de cenare,

donai molte cose al re, che avevo portate: scrissi assai cose come le chiamavano. Quando lo re e li

altri me visteno scrivere e li diceva quelle su e par ole, tutti restorono attoniti. In questo mezzo venne

l'ora de cenare. Portoron o due piatti grandi de porcellana, uno pieno de riso e l'altro de carne d e

porco con suo brodo. Cenassimo con li medesimi segni e cerimonie; poi andassimo al palazzo del

re, el quale era fatto come una teza de fieno, coperto de fo glie de figàro e de palma. Er a edificato

sovra legni grossi, alti de terra, che 'l se convien e andare con scale. Ne fece sedere sopra una stor a

de canne, tenendo le gambe attratte come li sarti. De lì a mezza ora fu portato uno piatto de pesce

brustolato in pezzi e zenzero, per allora colto, e vino.

El figliuolo maggior e del re, ch'era il principe, venne dove èramo: il re li disse che sedesse

appresso noi, e così sed ette. Fu portato due piatti, uno de pesce con lo suo brodo, e l'altro de riso, a

ciò che mangiassemo col principe. Il nostro compagno per tanto bere e tanto mangiare diventò

briaco. Usano per lume gomma d e arbore, che la chiamano anime, voltata in fo glie de palma e de

figàro.

El re ne fece segno che 'l voleva andare a dormire; lassò con nui lo principe, con quale

dormissemo sopra una stora de canne con cuscini de foglie. Venuto lo giorno, el re venne e me

pigliò per la mano: così andassemo dove avevamo cenato per far colazione, ma il battello ne venn e

a levare. Innanzi la partita, el re molto allegro ne basò le mani e noi le sue; venne con noi uno suo

fratello, re d'un'altra isola, con 3 uomini; lo capitano generale lo ritenette a disnare con noi e donògli

molte cose.

Nella isola de questo re, che condussi a le n avi, se trova pezzi de oro, grandi come noci e uovi,

crivellando la terra. Tutti li vasi de questo re sono de oro e anche alcuna parte de la casa sua. Così

ne riferitte lo medesimo re. Secondo lo suo costume, era molto in ordine e lo più bello uomo, che

vedessimo tra questi popoli. Aveva li capelli negrissimi fino a le spalle, con un velo de seta sopra lo

capo, e due schione grande de oro taccate a le orecchie; portava uno panno de bombaso tutto

lavorato de seta, che copriva da la cinta fino al ginocchio. Al lato una daga con lo manico alquanto

longo, tutto de oro; il fodero era de legno lavorato: in ogni dente aveva tre macchie d'oro, che

pareva fosseno legati con oro: oleva de storac e belgiovì; era olivastro e tutto depinto. Questa sua

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isola se chiama Butuan e Calagan. Quando questi re se vòleno vedere, vèneno tutti due a la caccia in

quest'isola, dove èramo; el re primo se chiama Colambu, il secondo raià Siain.

Domenica, ultimo de marzo, giorno de Pasqua, ne la mattina p er tempo el capitano gen erale

mandò il prete con alquanti a apparecchiare per dovere dire messa, con lo interprete a dire che non

volevamo discendere in terra per desinar seco, ma per aldire messa, per il che lo re ne mandò dui

porchi morti. Quando fu ora de messa, andassemo in terra forse cinquanta uomini, non armati la

persona, ma con le altre nostre arme, e meglio vestiti che potessemo. Innanzi che arrivassemo a la

riva con li battelli, furono scaricati sei pezzi de bombarde in segno de pace. Saltassemo in terra: li

due re si abbrazzarono lo capitano gener ale e lo mèsseno in mezzo de loro: andassemo in ordinanza

fino al logo consacrato, non molto lungi dalla riva. Innanzi [che] se cominciasse la messa, il

capitano bagnò tutto il corpo de li due re con acqua moscata. Se offerse a la messa: li re andarono a

baciare la croce come noi, ma non offerseno.

Quando se levava lo corpo de Nostro Signore, stavano in genocchioni e adoravanlo con le

mani gionte. Le navi tir arono tutta la artiglieria in un tempo, quando se levò il corpo de Cristo,

dandogli lo segno da la terra con li schioppetti. Finita la messa, alquanti de li nostri se

comunicarono. Lo capitano gen erale fece fare uno ballo con le spade, de che li re ebbeno gran

piacere; poi fece portare una croce con li chiodi e la corona, a la qual subito fecero reverenzia. Li

disse per lo interprete come questa era il vessillo datogli da lo imperatore suo signore, acciò, in o gni

parte dove andasse, mettesse questo suo segn ale, e che voleva metterlo ivi per sua utilità, perchè, se

venissero alcune nave de le nostre, saperiano, con questa croce, noi essere stati in questo loco, e non

farebbero despiacere a loro nè a le cose; e, se pigliassero alcuno de li suoi, subito, mostrandogli

questo segnale, lo lasseriano andare; e ch e conveniva mettere questa croce in cima del più alto

monte che fosse, acciò, vedendola ogni mattina, la adorassero; e se questo facevano, nè tuoni nè

fulmini in tempesta li nocerebb e in cosa alcuna.

Lo ringraziarono molto [e dissero] che farebbono ogni cosa volontieri. Anche li fece dire se

erano Mori o Gentili, o in che credevano. Risposero che non adoravano altro, se non [che] alzavano

le mani giunte e la faccia al cielo e che chiamavano lo suo Dio Abba: per la qual cosa lo capitano

ebbe grande allegrezza. Vedendo questo, el primo re levò le mani al cielo e disse che vorria, se fosse

possibile, farli vedere il suo amore verso de lui. Lo interprete gli disse per quale ragion e aveva quiv i

così poco da mangiare. Rispose che non abitava in questo loco, se non quando veniva a la caccia e a

vedere lo suo fratello; ma stava in una altra isola, d ove avev a tutta la sua famiglia.

Li fece dir e se aveva nemici lo dicesse, per ciò [che] andrebbe con questa nave e distruggerli e

farìa [che] lo obbediriano. Lo rengraziò e disse che aveva bene due isole nemiche, ma che allora non

era tempo d e andarvi. Lo capitano li disse [che], se Dio facesse che un'altra fiata ritornasse in queste

parte, condurria tanta gente che farebbe per forza esserli soggette, e che voleva andar a disnare e

dappoi tornerebbe per far porre la croce in cima del monte. Risposero erano contenti. Facendosi un

battaglione con scaricare gli schioppetti e abbracciandosi lo capitano con li due re, pigliassimo

licenza.

Dopo disnare tornassemo tutti in giubbone e andassemo insieme con li due re nel mezzodì in

cima del più alto monte che fosse. Quando arrivassemo in cima, lo capitano generale li disse come

aveva caro avere sudato per loro, perchè, essendo ivi la croce, non poteva se non grandemente

giovarli. E domandolli qual porto era migliore per vettovaglie. Dicessero che ne erano tre; cioè

Ceylon, Zubu e Calaghan; ma che Zubu era più grande e de miglior traffico e se p rof ferseno d e

darne piloti che ne insegnerebbeno il viaggio.

Lo capitano generale li ringraziò e deliberò di andar lì, perchè così voleva la sua infelice sorte.

Posta la croce, ognuno disse uno Pater noster e una Ave Maria, adorandola: così li re f eceno. Poi

discendessimo per li suoi campi lavorati e andassimo dove era lo balangai. Li re fecero portare

alquanti cocchi, acciò se rinfrescassimo. Lo capitano li domandò li piloti, perchè la mattina seguente

voleva partirsi e che li tratterebbe come sè medesimo, lasciandogli uno dei nostri per ostaggio.

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Risposero che ogni ora li volesse erano al suo comando; ma ne la notte il primo re se mutò

d'opinione. La mattina, quando èramo per partirsi, el re mandò a dire al capitano generale che, per

amore suo, aspettasse due giorni, finchè facesse cogliere el riso ed altri suoi minuti, pregandolo

mandasse alcuni uomini per aiutarli, acciò più presto se spacciasse, e che lui medesimo voleva

essere lo nostro piloto.

Lo capitano mandogli alcuni uomini, ma li re tanto mangiarono e bevetteno che dormitteno

tutto il giorno. Alcuni per escusarli dissero che avevano uno poco de male. Per quel giorno li nostri

non fecero niente, ma negli altri dui seguenti lavorarono. Uno de questi popoli ne portò forse una

scodella de riso con otto o dieci fichi, legati insieme, per barattarli con un o coltello che valeva al più

tre quattrini. Il capitano, vedendo [che] questo non voleva altro se non un coltello, lo chiamò per

vedere più cose; mise mano a la borsa e li volse dare per quelle cose uno reale: lui nol volse; gli

mostrò uno ducato, manco lo accettò: al fine li volse dare un doppione di due ducati; non volse mai

altro che un coltello e così glie lo fece dare. Andando uno de li nostri in terra per torre acqua, uno de

questi li volse dar e una corona pontina de oro massiccio, grande come una colonna, per sei filze di

cristallino: ma il capitano non volle che la b arattasse, acciochè in questo principio sapessero per

periziavamo più la nostra mercanzia che lo suo oro.

Questi populi sono Gentili; vanno nudi e depinti: portano un pezzo de tela de arbore intorno le

sue vergogne; sono grandissimi bevitori. Le sue femmine vanno vestite d e tela de arbore da la cinta

in giù, con li capelli negri fino in terra, hanno forate le orecchie e piene de oro. Questa gente semp re

masticano uno frutto che chiamano areca; è come uno pero. Lo tagliano in quattro parti, e poi lo

volveno ne le foglie del suo albero, che le nominano betre; sono come foglie del moraro, con uno

poco de calcin a, e, quando le hanno ben masticate, le sputano fora: fanno diventare la bocca

rossissima. Tutti li popoli de questa parte del mondo le usano perchè rinfrescali molto el core. Se

restasseno de usarle, morirebbeno.

In questa isola sono cani, gatti, porci, galline, capre, riso, zenzero, cocchi, fichi, naranzi,

limoni, miglio, panico, sorgo, cera e molto oro. Sta de latitudine in 9 gradi e due terzi all'Artico, e

162 de longitudine della linea de la ripartizione, e 25 leghe longe de la Acqu ada, e se chiama

Mazana.

Stessemo sette giorni quivi; poi pigliassimo la via del maestrale passando prima cinque isole,

cioè Ceylon, Bohol, Canigran, Bagbai e Gatighan. In questa isola de Gatighan sono barbastelli

grandi come aquile; perchè era tardi ne ammazzassemo uno: era come una gallina al mangiare. Ce

sono colombi, tortore, pappagalli e certi uccelli negri, grandi come galline, con la coda lun ga; fanno

ovi grandi come de oca, li mettono sotto la sabb ia per lo gran caldo li crea. Quando sono nasciuti

alzano la arena e vieneno fora. Questi ovi sono boni da mangiare. Da Mazana a Gatighan sono venti

leghe. Partendone da Gatighan al ponente, il re di Mazana non ne potè seguire; perchè lo

aspettassemo circa tre isole, Polo, Ticobon e Poxon. Quando el gionse, molto se meravigliò del

nostro navigare. Lo capitano generale lo fece montare ne la sua nave con alcuni suoi principali, del

che ebbero gran piacere, e così andassemo in Zubu. Da Gatighan a Zubu sono quindici leghe.

La domenica, a 7 de aprile, a mezzo dì, intrassemo nel porto di Zubu; passando per molti

villaggi vedevamo molte case fatte sopra li arbori. Appropinquandose a la città, lo capitano gen erale

comandò [che] le nave s'imbandierasseno: furono calate le vele e poste a modo de battaglia e scaricò

tutta l'artigliaria, per il che questi popoli ebbero grandissima paura. Lo capitano mandò uno suo

allievo, con lo interprete, ambasciatore al re de Zubu. Quando arrivorno ne la città, trovorono

infiniti uomini insieme con lo re, tutti paurosi per le bombarde. L'interprete li disse questo essere

nostro costume, [che] entrando in simili luoghi, in segno de pace e amicizia e per onorare lo re del

luogo, scaricavamo tutte le bombarde. El re e tutti li suoi se assecurorno; e fece dire a li nostri per lo

suo governatore che [cosa] volevano. L'interp rete rispose come el suo signore era capitano del

maggiore re e principe [che] fosse nel mondo, e che andav a a discovrire Malucco; ma per la sua

buona fama, come aveva inteso dal re de Mazana, era venuto solamente per visitarlo e pigliare

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vittuaglia con la sua marcadanzia.

Li disse che in bona ora era venuto, ma che aveva questa usanza: tutte le navi che entrav ano

nel porto suo pagavano tributo, e che non erano quattro giorni che uno giunco car gato d'oro e de

schiavi, li aveva dato tributo; e per segno de questo gli mostrò uno mercadante de Ciama che era

restato per mercadantare oro e schiavi. Lo interprete li disse como el suo signore, per essere

capitano de tanto gran re, non pagava tributo ad alcuno signore del mondo, e se voleva pace, pace

avrebbe e se non guerra, guerr a. Allora el Moro mercadante disse al re: Cata, raja, chiba, cioè:

Guarda bene, signore: q uesti sono de quelli che hanno conquistato Calicut, Malacca e tutta l'India

Maggiore. Se bene se li fa, bene si ha; se male, male e peggio, come hanno fato a Calicut e a

Malacca.

L'interprete intese lo tutto e dissegli che 'l re suo signore era più potente de gente e de navi che

lo re del Portogallo, e era re de Spagna e imper atore de tutti li Cristiani e, se non voleva esserli

amico, li mandaria un'altra fiata tanta gente che lo destrueriano. Il Moro narrò ogni cosa al re. Allora

li disse [ che] se consigliarebbe con li sui, e nel dì seguente li responder ebbe. Poi fece portare una

colazione de molte vivande, tutte de carne, poste in piatti de porcellane, co n molti vasi de vino. Data

la colazione, li nostri retornorono e ne dissero lo tutto. Il re de Mazana, che era lo primo dopo

questo re e signore de alquante isole, andò in terra per dire al re la gran cortesia del capitano

generale.

Luni mattina il nostro scrivano insieme con l'interprete andorono in Zubu : venne il re con li

suoi principali in piazza e fece sedere li nostri appresso lui. Li disse se più d'uno capitano era in

questa compagnia, e se 'l voleva lui pagasse tributo a l'imperatore suo signor. Rispose de non, ma

voleva solamente [che] mercatandasse con lui e non con altri. Disse che era contento; e, se lo

capitano nostro voleva essere suo amico, li mandasse un poco de sangue del suo braccio diritto, e

così farebbe lui, per segno de più vera amicizia. Rispose che lo faria. Poi lo re li disse come tutti li

capi ch e venivano quivi se davano presenti l'uno con l'altro e se lo nostro capitano o lui dovev a

cominciare. L'interprete li disse poi che [se] lui voleva mantegnire questo costume, comenzasse;

così comenzò.

Marti mattina el re de Mazana con lo Moro venne a le navi, salutò lo capitano generale da

parte del re e disseli como el re de Zubu faceva adunare più vittuaglia [che] poteva per darnela, e

come manderebbe, dopo disnare, uno suo nipote con due o tre de sui principali per fare la pace. Lo

capitano generale fece armare uno de le sue proprie arme e feceli dire come tutti noi combattevamo

de quella sorta. Il Moro molto si spaventò: il capitano li disse non si spaventasse, perchè le nostre

arme erano piacevoli a li amici e aspre a li nemici; e così come li fazoli asciogano il sudore, così le

nostre arme atterrano e destruggeno tutti li avversari e malevoli della nostra fede. Fece questo acciò

el Moro, che pareva essere più astuto de li altri, lo dicesse al re.

Dopo disnare venne a le navi lo nipote del re, ch e era principe, col re di Mazana, il Moro, il

governatore e il bargello maggiore con otto principali, per fare la pace con noi. Lo capitano

generale, sedendo in una cattedra de velluto rosso, li principali in sedie de corame e li altri in terra

sovra store, li disse per lo interprete, se lo suo co stume era di parlare in secreto, ovv ero in pubblico,

e se questo principe col re de Mazana avevano il potere di fare la pace. Rispose che parlavano in

pubblico e che costoro avevano il potere d e far la pace.

Lo capitano disse molte cose sovra la pace e che 'l pregava Iddio la confirmasse in cielo:

dissero che mai non av evano aldite cotali parole e che pigliavano gran piacere a udirle. Vedendo lo

capitano che questi volontieri ascoltavano e rispondevano, li cominciò [a] dire cose per indurli a la

fede.

Domandò qual dopo la morte del re succedesse a la signoria: rispose che lo re non aveva

figlioli, ma figliole, e che questo suo nipote aveva per moglie la maggiore; perciò era lo principe e

quando li padri e madri erano vecchi non si onoravano piú, ma li figlioli li comandavano. Lo

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capitano li disse come Iddio fece lo cielo, la terra, lo mare e tante altre cose, e come impose se

dovessero onorare li padri e madri e, chi altramente faceva, era condannato nel fuoco eterno; e come

tutti descendevamo da Adam e Eva, nostri primi parenti; e come avevamo l'anima immortale, e

molte altre cose pertinenti a la fede. Tutti allegri lo supplicorono volesse lasciarli due uomini, o

almeno uno, acciò li ammaestrasse ne la fede e che li farebbeno grande onore. Gli rispose che allo ra

non poteva lasciarli alcuno, ma se volevano essere Cristiani, lo prete nostro li battezzerebbe, e che

un'altra fiata menaria preti e frati, che li insegnerebbero la fede nostra. Risposero che prima

volevano parlare al re e poi diventarebbero C ristiani. Lagrimassemo tutti per la grande allegrezza.

Lo capitano li disse che non se fecero Cristiani per paura nè per compiacerne, ma

volontariamente, e, a coloro che volevano vivere secondo la sua legge, non li sarebbe fatto

dispiacere alcuno; ma li Cristiani sariano meglio visti e carezzati che gli altri. Tutti gridarono ad un a

voce, che non si facevano Cristiani per paura, n è per compiacerne, ma per spontanea volontade.

E allora li disse che, se diventavano Cristiani, gli lascerebbe una armatura; perchè così li era

stato imposto dal suo re, e come non potevano usare con le sue donn e, essendo Gentili, senza

grandissimo peccato; e come li assecurava, che, essendo Cristiani, n on li apparirebb e più el

demonio, se non nel punto estremo della sua morte. Disseno che non sapevano risponderli per le sue

belle parole, ma se rimettevano nelle sue mani e facesse de loro come dei suoi fedelissimi servitori.

Lo capitano, piangendo, li abbrazzò, e aggiungendo una mano del principe e una del re fra le sue, li

disse per la fede [che] portava a Dio e per lo abito che aveva, li prometteva che li dava la pace

perpetua col re di Spagna. Risposeno che lo simile promettevano.

Conclusa la pace, lo capitano fece dare una colazione; poi lo principe e [lo] re presentarono al

capitano, da parte del suo re, alquanti cestoni de riso, porci, capre e galline, e gli dissero li

perdonasse per ciò [che] tal cose erano poche a uno simile a lui. Lo capitano donò al principe uno

panno bianco di tela sottilissima, uno bonnet rosso, alquante filze de cristallino e uno bicchier

dorato de vetro. Li vetri sono molto apprezzati in queste parti. Al re di Mazana non li dette alcun

presente, perchè già li aveva dato una veste de Cambaya con altre cose, e a li altri a chi una cosa, a

chi un'altra.

Mandò poi al re de Zubu, per mi e uno altro, una veste di seta gialla e morella a guisa

turchesca, uno bonnet rosso fino, alquante filze de cristallino, posto ogni cosa in uno piatto

d'argento e due biccheri dorati in mano.

Quando fossimo ne la città, trovassemo lo re in suo palazio con molti uomini, che sedeva in

terra sovra una stora de palma: aveva solamente uno panno de tela de bombaso dinanzi alle sue

vergogne, uno velo intorno al capo, lavorato a gucchia, una collana al collo de gran prezio, du e

schione grande de oro [at]taccate a le orecchie, con pietre preziose attorno.

Era grasso e piccolo e depinto con lo fuoco a diverse maniere: man giava in terra sovra un'altra

stora ovi de bissa scutellara, posti in due vasi de porcellana; e aveva dinnanzi quattro vasi pieni de

vino de palma, serrati con erbe odorifere, e ficcati quattro cannuti: con ogni uno de questi beveva.

Fatta la debita reverenza, l'interprete li disse como lo suo signore lo rengraziava molto del suo

presente, e che li mandava questo, non per il suo, ma per lo [in]trinsico amore [che] li portava. Li

vestissimo la veste, gli ponessimo il bonnet in capo e li dessemo le altre cose: e poi baciando li vetri

e ponendoli sovra lo capo, le li presentai e facend o lui il simile, li accettò. Poi il re ne fece mangiare

de quelli ovi e bere con quelli cannuti. Li altri sui in questo mezzo gli dissero lo parlamento del

capitano sovra la pace e lo esortamento per farli C ristiani.

Il re ne volse tener seco a cena; li dicessemo non potevamo allora restare. Pigliata la licenza, il

principe ne menò seco a casa sua, dove sonavano quattro fanciulle, una de tamburo a modo nostro,

ma era posta in terra; un'altra dava con un legno, fatto alquanto grosso nel capo con tela de palma, in

due borchie piccate, uno in l'uno, uno in l'altro: l'altra in una borchia grande col medesimo modo: la

ultima con due borchiette in mano; dando l'una n ell'altra, facevano un soave suono. Tanto a tempo

sonavano, che pareva avessero gran ragion del can to. Queste erano assai belle e bianche, quasi come

le nostre e così grandi: erano nude, se non che avevano tela de arb ore da la cinta fino al ginocchio, e

alcune tutte nude, col picchietto de le orecchie grande, con un cerchietto de legno dentro, che lo

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tiene tondo e largo; con li capelli grandi e negri, e con uno velo piccolo attorno al capo, e sempre

discalze. Il principe ne fece ballare con tre, tutte n ude. Merendassemo e da poi venissemo alle navi.

Queste borchie sono d e metallo e se fanno nella regione del Signio Magno, che è detta la China.

Quivi le usano come noi le campane e le chiamano aghon.

Mercore mattina, per esser morto uno dei nostri ne la notte passata, l'interprete ed io

andassemo a domandare al re dove lo poteriamo seppellire. Trovassemo lo re accompagnato da

molti uomini, a cui, fatta la debita reverenzia, li lo dissi. Rispose: “se io e li miei vassalli semo tutti

del tuo signore, quanto maggiormente deve esser [sua] la terra ”. E li dissi come volevamo

consecrare il luogo e metterli una croce: rispose che era molto contento e che la voleva adorar e

come noi altri. Fu sepolto lo morto ne la piazza, al meglio potessemo, per darli bon esempio; e poi

la consacrassemo; sul tardi ne seppellissimo un altro. Portassemo molta mercanzia in terra, e la

mettessemo in una casa, qual el re la tolse sovra sua fede, e quattro uomini che erano restati per

mercatand are in grosso.

Questi popoli vivono con giustizia, peso e misura; amano la pace, l'ozio e la quiete: hanno

bilance de legno. Lo legno ha una corda nel mezzo con la quale se tiene; d'uno capo è piombo, e de

l'altro segni come quarti, terzi e libbre. Quando voleno pesare pigliano la bilancia, che è con tre fili

como le nostre, e la metteno sovra li segni, e così pesano giusto. Hanno misure grandissime senza

fondo. Le giovani giocano a la zampogna, fatte come le nostre, e le chiamano subin. Le case sono

de legno de tavole e de canne, edificate sopra pali grossi, alte da terra, che bisogna andarvi dentro

con scale e hanno camere come le nostre. Sotto le case ten eno li porci, capre e galline.

Se trovano quivi cornioli grandi, belli a ved ere, che ammazzano le balene, le quale li

inghiottono vivi. Quando loro sono nel corpo, veneno fuora d el suo coperto e li mangiano el core.

Questa gente li trovano poi vivi appresso del core de le balene morte. Questi [cornioli] hanno denti,

la pelle negra, il coperto bianco e la carn e: sono boni da mangiare e li chiamano laghan.

Venere li mostrassemo una bottega piena de le nostre mercanzie, per il che restorono molto

ammirati: per metallo, ferro e l'altra mercanzia grossa ne davano oro: per le minute ne davano riso,

porci e capre con altre vettovaglie. Questi popoli ne davano X pesi de oro per XIIII libbre de ferro:

un peso è circa d'uno ducato e mezzo. Lo capitano generale non volse se pigliasse troppo oro,

perchè sarebbe stato alcuno marinaro che av rebbe dato tutto lo suo per uno poco de oro, e averia

disconciato lo traffico per sempre.

Sabato, per avere promesso lo re al capitano de farsi Cristiano ne la Domenica, se fece ne la

piazza, che era sacrata, uno tribunale adornato de tapezzeria e rami de palme per battizzarlo: e

mandolli a dire che nella mattina non avesse paura de le bombarde, per ciò [che] era nostro costume,

ne le feste maggiore, descaricarle senza pietre.

Domenica mattina, a quattordese de aprile, and assemo in terra quaranta uomini, con due

uomini tutti armati dinanzi a la bandiera reale. Quando dismontassemo, se tirò tutta la artiglieria.

Questi popoli seguivano de qua e de là. Lo capitano e lo re se abbracciorono. Li disse che la

bandiera reale non se portava in terra, se non con cinquanta uomini, come erano li dui armati, e con

cinquanta scoppettieri; ma per lo suo grande amore così la aveva portata. Poi tutti allegri andassemo

presso al tribunale. Lo capitano e lo re sedevano in cattedre de velluto rosso e morello, li principali

in cuscini, li altri sovra store.

Lo capitano disse al re, per lo interprete, [che] ringraziasse Iddio per ciò [che] lo aveva

inspirato a farse Cristiano, e che vincerebbe più facilmente li sui nemici che prima. Rispose che

voleva esser Cristiano; ma alcuni suoi principali non volevano obbedire, perchè dicevano essere

così uomini come lui. Allora lo nostro capitano fece chiamare tutti li principali del re, e disseli, se

non obbedivano al re come suo re, li farebbe ammazzare e darìa la sua roba al re. Risposero [che] lo

obbedirebbono. Disse al re [che], se andava in Spagna, ritornerebbe un'altra volta con tanto potere,

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che lo faria lo maggiore re de quelle parte, p erchè era stato primo a voler farse Cristiano. Levando le

mani al cielo, [il re] lo ringraziò e pregò [che] alcuni de li suoi rimanesse, acciò meglio lui e li suoi

popoli fossero istruiti nella fede. Lo capitano rispose che per contentarlo li lasserebbe dui; ma

voleva menar seco dui fanciulli de li principali, acciò imparassero la lingua nostra, e poi, a la

ritornata, sapessero dire a questi altri le cose di Spagn a.

Se mise una croce grande nel mezzo de la piazza. Lo capitano li disse [che], se si volevano far

Cristiani, come avevano detto ne li giorni passati, li bisognava brusare tutti li suoi idoli, e nel luogo

loro mettere una croce e ogni dì con le mani giunte adorarla e ogni mattina nel viso farsi lo segno de

la Croce, mostrandoli come se faceva; e ogni ora, almeno de mattina, dovessero venire a questa

croce e adorarla in genocchioni, e quel che avevano già detto, volesser con le buone opere

confirmarlo. El re con tutti li altri volevano confirmare lo tutto. Lo capitano generale li disse come

s'era vestito tutto de bianco per mostrarli lo suo sincero amore verso de loro. Risposero per le sue

dolci parole non saperli respondere. Con queste buone parole lo capitano condusse lo re per la mano

sul tribunale per battizzarlo, e disseli se chiameria don Carlo, como a l'imperatore suo signore; al re

de Mazana Gioanni; a uno principale Fernando, come il principale nostro, cioè lo capitano; al Moro

Cristoforo; poi a li altri a chi uno nome, a chi uno altro.

Foreno battizzati innanzi messa cinquecento uomini. Udita la messa, lo capitano convitò a

disnar seco lo re con altri principali: non volsero; ne accompagnarono fino a la riva, le navi

scaricarono tutte le bombarde; e abbracciandose presero commiato.

Dopo disnare el prete e alcuni altri andassemo in terra per battezzar la regina, la quale venne

con quaranta dame. La conducessemo sopra lo tribunale, facendola sedere sovra un cuscino, e l'altr e

circa ella, fin che 'l pr ete s'apparò. Le mostrai u na immagine de la Nostra Donna, uno bambino d i

legno bellissimo e una croce: per il che le venne una contrizione che, piangendo, domandò lo

battesimo. La nominassemo Giovanna, come la madre dello imperatore; sua figliola, moglie al

principe, Caterina; la reina de Mazana Lisab etta; a le altre o gnuna lo suo nome.

Battezzassemo ottocento anime fra uomini, donn e e fanciulli. La regina era giovane e bella,

tutta coperta d'uno panno bianco e nero: aveva la bocca e le onghie rossissime; in capo uno cappello

grande de foglie de palma a modo de solana con una corona incirca de le medesime foglie, como

quello del Papa: nè mai va in alcuno loco senza una de queste. Ne doman dò il Bambino per tenerlo

in loco de li suoi idoli; e poi se partì sul tardi. Il re e la reina con assaissime persone venerono al

lido. Lo capitano allora fece tirare molte trombe de fo co e bombarde gro sse, per il che pigliarono

grandissimo piacere. El capitano e lo re se chiamavano fratelli: questo re si chiamava rajà Humabon.

Innanzi passassero otto giorni furono battizzati tutti de questa isola, e de le altre alcuni.

Brusassemo una villa, per non volere obbedire al re, nè a noi, la quale era in un'isola vicina a questa.

Ponessemo quivi la croce, perchè questi popoli erano Gentili. Se fossero stati Mori li avessemo

posto una collana in segno di più durezza, perchè li Mori sono assai più duri per convertirli, che a li

Gentili.

In questi giorni lo capitano gener ale andava ogni dì in terra per udire messa e diceva al re

molte cose della fede. La regina venne un giorno, con molta pompa, per udire la messa. Tre donzelle

li andavano dinnanzi con tre de li sui cappelli in mano: ella era vestita de negro e bian co, con uno

velo grande de seta, traversato con liste de oro, in capo, che li copriva le spalle, e con il suo

cappello. Assaissime donne la seguivano, le quali erano tutte nude e discalze, se non [che] intorno

alle parte vergognose havevano uno paniocolo de tela de palma e attorno lo capo uno velo piccolo e

tutti li capelli sparsi. La regina, fatta la reverenza a l'altare, sed ette sopra uno cuscino lavorato di

seta. Innanzi se comenzasse la messa, il capitano la bagnò con alcun e sue dame de acqua rosa

muschiata: molto se dilettavano de tale odore. Sapendo lo capitano che 'l Bambino molto piaceva a

la reina, gliel donò e le disse lo tenesse in loco de li sui idoli, perchè era in memoria del figlio di

Dio. Ringraziandolo molto, lo accettò.

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Uno giorno lo capitano generale, innanzi messa, fece venire lo re vestito con la sua vesta de

seta e li principali de la città. Il fratello del re, padre del principe, se chiamava Bendara, un altro

fratello del re, C adaio, e alcuni Simiut, Sibnaia, Sicacai, e Maghelibe, e molti altri che lascio, per

non esser longo. Fece tutti questi giurare obbedienza al suo re, e li basarono la mano; poi fece che 'l

re [giurasse] d'essere sempre obbediente e fed ele al re de Spagn a: così lo giurò. Allora il capitano

cavò la sua spada, innanzi l'immagine de Nostra Donna, e disse al re [che] quando cosi se giurava,

più presto doveriasi morire che a rompere un simile giuramento: sicchè 'l giurava per questa

immagine, per la vita de lo imperatore suo signore e per il suo abito, d'esserli sempre fedele.

Fatto questo, lo capitano donò al re una catted ra de velluto rosso, dicendoli [che] dovunque

andasse, sempre la facesse portare dinanzi da uno suo propinquo, e mostròli come la si doveva

portare. Respose lo fareb be volontier, per amore suo, e disse al capitano como faceva fare una gioia

per donarlila, la qu al era due schione d'oro gran de per taccare a le orecchie, due per mettere a li

brazi, sovra li gomiti, e due altre per porre a li piedi, sovra le calcagne, e altre pietre preziose per

adornare le orecchie. Questi sono li più belli adornamenti [che] possono usare li re d e queste bande,

li quali sempre vanno descalzi, con uno panno de tela da la cinta fino al ginocchio.

Il capitano generale uno giorno disse al re e a li altri per qual cagione non brusavano li suoi

idoli, come li avevano promesso, essendo Cristiani, e perchè se li sacrificava tanta carne. Resposero

[che] quel che facevano non lo facevano per loro, ma per uno infermo, acciò li idoli li dasse la

salute, lo quale non parlava già [da] quattro giorni. Era fratello del principe e lo più valente e savio

de la isola. Lo capitano gli disse che brusassero li idoli e credesseno in Cristo: e se l'infermo se

battizzasse, subito guarirebbe; e se ciò non fosse, gli tagliassero lo capo. Allora rispose lo re [che] lo

farebbe, perchè veramente cred eva in C risto. Facessemo una processione da la piazza fino a la casa

de lo infermo, al meglio potessemo, ove lo trovassemo che non poteva parlare nè moverse. Lo

battezzassemo con due sue mogliere e X donzelle. Poi lo capitano gli fece dire come stava: subito

parlò e disse come p er la gr azia de Nostro Signore stava assai ben e.

Questo fu uno manifestissimo miracolo nelli tempi nostri. Quando lo capitano lo udì parlare,

rengraziò molto Iddio: e allora li fece bevere una mandolata, ch e già l'aveva fatta fare per lui: poi

mandógli uno matarazzo, uno paro de lenzoli, una coperta de panno giallo e uno cuscino: e ogni

giorno, finchè fu sano, li mandò mandolati, acqua rosa, olio rosato e alcune conserve de zuccaro.

Non stette cinque giorni, che 'l cominciò a andare: fece brusare uno idolo, che tenevano ascoso certe

vecchie in casa sua, in presenza del re e tutto lo popolo. E fece disfare molti tabernacoli per la riva

del mare, ne li quali mangiav ano la carne consacrata. Loro medesimi gridando Castiglia! Castiglia!

li rovinavano; e disseno, se Dio li prestava vita, brusarebb eno quanti idoli potesse[ ro] trovare, e se

bene fossero ne la casa d el re.

Questi idoli sono de legno, concavi, senza le parti de dietro; hanno li brazzi aperti e li piedi

voltati in suso, con le gambe aperte e lo volto grande, con qu attro denti grandissimi come porci

cingiari e sono tutti depinti.

In questa isola sono molte ville, li nomi de le quali e de li suoi principali sono questi:

Cinghapola: li sui principali Cilaton, Cigubacan, Cimaningha, Cimatighat; Cimabul: una Mandani;

il suo principale Apanovan: una Lalan, il suo principale Theten; una Lalutan, il suo principale Iapan,

una Cilumai e un'altra Lubucun. Tutti questi ne obbedivano e ne davano vittuaglia e tributo.

Appresso questa isola de Zubu ne era una, che se chiama Matan, la qual faceva lo porto, dove

èramo. Il nome de la sua villa era Matan, li sui principali Zula e Cilapulapu. Quella villa, che

brusassemo, era in questa isola, e se chiamava Bulaia.

Acciò ch e Vostra illustrissima signoria sappia le cerimonie, che usano costoro, in benedire lo

porco: primamente sonano quelle borchie grandi: poi se porta tre piatti grandi, due con rose e fogace

de riso e miglio, cotte e rivolte in foglie, con pesce brustolato; l'altro con panni de Cambaia e due

bandierette di palma. Uno panno d e Cambaia se distende in terra: poi veneno due femmine

vecchissime, ciascuna con un trombone di canna in mano. Quando sono montate sul panno, fanno

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reverenza al sole, poi se vestono con li panni. Una si pone un fazzolo ne la fronte con dui corni e

piglia un altro fazzolo ne le mani, e ballando e sonando con quello, chiama il sole: l'altra piglia una

di quelle bandierette e suona col suo trombone. Ballano e chiamano così un poco, fra sè dicendo

molte cose al sole. Qu ella del fazzolo piglia l'altra bandieretta e lascia lo fazzolo; e ambedue

sonando con li tromboni gran pezzo ballano intorno lo porco legato. Quella de li corni sempre parla

tacitamente al sole, e quella altra risponde. Poi a quella de li corni li è presentato una tazza de vino,

e ballando e dicendo certe parole e l'altra rispondendoli, e facendo vista quattro o cinque volte de

bevere el vino, sparge quello sovra el core del porco, poi subito torna a ballare. A questa medesima

vien dato una lancia; lei vibrandola e dicendo alquante parole, sempre tutte due b allando e

mostrando quattro o cinque volte de dare con la lancia nel core del porco, con una subita prestezza

lo passa da parte a parte. Presto si serra la ferita con erba. Quella che ha [am]mazzato il porco,

ponendosi una torcia accesa in bocca, la smorza, la quale sta sempre accesa in questa cerimonia:

l'altra col capo del trombone, bagnandolo nel sangue de porco, va [ in]sanguinando con lo suo dito la

fronte prima a li suoi mariti, poi a li altri; — ma non venerono mai a noi; — poi se disvesteno e

vanno a mangiare quelle cose che sono ne li piatti, e convitano se non femmine.

Lo porco se pela con lo fuoco. Sicchè nissuno altro, che le vecchie, consacrano la carne di

porco; e non la mangiariano, se non fosse morto de quella sorte.

Questi popoli vanno nudi; portano solamente uno pezzo de tela de palme attorno le sue

vergogne. Grandi e piccoli hanno passato il suo membro, circa de la testa, da l'una p arte all'altra con

uno ferro de oro, ovvero de stagno, grosso come una penna de oca, e in uno capo e l'altro del

medesimo ferro alcuni hanno come una stella, con punte sovra li capi, altri como una testa de chiodo

da carro. Assaissime volte lo volsi vedere da molti, così vecchi come giovani, perchè non lo poteva

credere. Nel mezzo del ferro è un buso per il quale urinano; il ferro e le stelle sempre stanno ferme.

Loro dicono ch e le sue moglie voleno così, e, se fossero d'altra sorte, non usariano con elli. Quando

questi voleno usare con le femmine, loro medesime lo pigliano non in ordine, e cominciano pian

piano a mettersi dentro prima quella stella de sovra e poi l'altra. Qu ando è dentro, diventa in ordine,

e così sempre sta dentro fin che diventa molle, perch è altramente non lo porriano cavare fuora.

Questi popoli usano questo, perchè sono d e debile natura.

Hanno quante moglie voleno, ma una principale. Se uno dei nostri andava in terra, così come

de dì come de notte, ognuno lo convitava perchè mangiasse e bevesse. Le sue vivande sono mezze

cotte e molto salate; bevono spesso e molto con quelli sui cannuti da li vasi; e dura cinque o sei ore

uno suo mangiare. Le donne amavano assai più noi che qu esti. A tutte, da sei anni in su, li aprono la

natura a poco a poco per cagion de quelli suoi membri.

Quando uno de li suoi principali è morto, li usano queste cerimonie: primamente tutte le

donne principali de la terra vanno a la casa del morto: in mezzo de la casa sta lo morto in una cassa:

intorno la cassa poneno corde, a modo d'uno steccato, ne le quali attaccan o molti rami de arbore. In

mezzo de ogni ramo è uno panno di bombaso a guisa di paviglione, sotto li quali sedeano le donn e

più principali, tutte coperte de panni bianchi de bombaso, con una donzella per ogni una, che le

facev a vento con uno sparaventolo di palma; le altre sedeano intorno la camera meste; poi era un a

che tagliava a poco a poco con uno coltello li capelli al morto: un'altra, che era stata la moglie

principale del morto, giaceva sovra lui e giungeva la sua bocca, le sue mani e li sui piedi con quelli

del morto. Quando quella tagliava li capelli, questa piangeva, e quando restava di tagliarli, questa

cantava. Attorno la camera erano molti vasi de porcellana con fuoco, e sopra quello, mirra, storace e

belgiovì, che facevano olere la casa grandemente. Lo teneno in casa cinque o sei giorni con queste

cerimonie — credo sia unto de canfora —; poi lo seppellisseno con la medesima cassa, serrata con

chiodi de legno, in uno luogo cop erto e circond ato da legni.

Ogni notte in questa città, circa de la mezza notte, veniva uno uccello negrissimo, grande

come uno corvo, e non era così presto ne le case che 'l gridava: per il che tutti li cani urlavano: e

durava quattro o cinque ore quel suo gridare e urlare. Non ne volseno mai dire la cagione de questo.

Venere, a ventisei de aprile, Zula, principale de quella isola Matan, mandò uno suo figliuolo

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con due capre a presentarle al capitano generale e dicendoli come li mandava tutta sua promessa, ma

per cagion de l'altro principale, Celapulapu, che non voleva obbedire al re di Spagna, non avev a

potuto mandar gliela: e che ne la notte seguente li mandasse solamente uno battello pieno de uomini,

perchè lui li aiutaria e combatteria. Lo capitano gen erale delib erò de andarvi con tre battelli. Lo

pregassemo molto non volesse vegnire, ma lui, come bon pastore, non volse abbandonare lo suo

gregge. A mezza notte se partissemo sessanta uomini armati de corsaletti e celate, insieme al re

cristiano, li principi e alcuni magistri, e venti o trenta [dei] balangai, e tre ore innanzi lo giorno

arrivassemo a Matan. Lo capitano non volse combatter allora; ma li mandò a dire, per lo Moro, che

se volevano obbedire al re di Spagna e recognoscere lo re cristiano per suo signore e darne lo nostro

tributo, li sarebbe amico: ma, se volevano altramente, aspettasseno come ferivano le nostre lance.

Risposero [che] se avevamo lance, [loro] avevano lance de canne brustolate e pali brustolati, e che

non andassimo allora ad assaltarli, ma aspettassemo [ che] venisse lo giorno, perchè sarebbono più

gente.

Questo dicevano, a ciò [che] andassemo a ritrovarli, perchè avevano fatto certi fossi tra le case

per farne cascar dentro. Venuto lo giorno, saltassemo ne l'acqua fino alle cosce quarantanove

uomini; e così andassimo più di due tratti di balestra innanzi [che] potessimo arrivar al lito. Li

battelli non poterono venire più innanzi per certe pietre che erano nell'acqua. Li altri undici uomini

restarono per guardia de li battelli. Quando arrivassemo in terra, questa gente avev ano fatto tre

squadroni de più de millecinquecento persone. Subito, sentendone, ne venirono addosso con voci

grandissime, due per fianco e l'altro per contro. Lo capitano, quando viste questo, ne fece due parti e

così cominciassemo a combattere. Li schioppettieri e balestrieri tirarono da lungi quasi mezza or a

invano, solamente passandoli li targoni fatti de tavole sottili e li brazzi. Lo capitano gridava “non

tirare, non tirare”, ma non li valeva niente. Quando questi visteno che tiravamo li schioppetti

invano, gridando deliberarono a star forte, ma molto più gridavano. Quando er ano descaricati li

schioppetti, mai non stavano fermi, saltando de qua e de là: coperti con li sui targoni ne tiravano

tante frecce, lance de canna (alcun e de ferro al capitano generale), pali pontini brustolati, pietre e lo

fango, [che] appena se potevamo defend ere.

Vedendo questo, lo capitano generale mandò alcuni a brusare le sue case per spaventarli.

Quando questi visteno brusare le sue case, diventarono più feroci. Ap presso de le case furono

ammazzati due de li nostri, e venti, o trenta case li brusassemo; ne venirono tanti addosso, che

passarono con una frezza venenata la gamba dritta al capitano: per il che comandò che se

retirassimo a poco a poco: ma loro fuggirono, sicchè restassimo da sei o otto con lo capitano.

Questi non ne tiravano in altro, se non a le gambe, perchè erano nude. Per tante lancie e pietre

che ne traevano non potessemo resistere. Le bombarde de li battelli, per esser troppo lungi non ne

potevano aiutare; sì che venissemo retirandosi più de una buona balestrata lungi dalla riva, sempre

combattendo ne l'acqua fino al ginocchio. Sempre ne seguitorno e ripigliando una medesima lancia

quattro o sei volte, ne la lanciavano. Questi, conoscendo lo capitano, tanti se voltorono sopra de lui,

che due volte li buttarono lo celadone fora del capo; ma lui, come buon cavaliero, sempre stav a

forte. Con alcuni altri più de un a o ra così combattessemo e, non volendosi più ritirar e, uno Indio li

lanciò una lanza de canna nel viso. Lui subito con la sua lancia lo ammazzò e lasciogliela nel corpo;

volendo dar di mano alla spada, non potè cavarla, se non mezza per una ferita de canna [che] aveva

nel brazzo. Quando visteno questo tutti andorono addosso a lui: uno co n un gran terciado (che è

como una scimitarra, ma più grosso), li dette una ferita nella gamba sinistra, per la quale cascò col

volto innanzi. Subito li furono addosso con lancie de ferro e de canna e con quelli sui terciadi, fin

che lo specchio, il lume, el conforto e la vera guida nostra ammazzarono.

Quando lo ferivano, molte volte se voltò indietro per vedere se èramo tutti dentro ne li battelli:

poi, vedendolo morto, al meglio [ che] potessemo, feriti, se ritrassemo a li battelli, che già se

partivano. Lo re cristiano ne avrebbe aiutato, ma lo capitano, innanzi [che] desmontassimo in terra,

gli commise [che] non si dovesse partire dal suo balangai e stesse a vedere in che modo

combattevamo. Quando lo re seppe come era morto, pianse.

Se non era questo povero capitano, niuno de noi si salvava ne li battelli, perchè, quando lui

combatteva, gli altri si salvavano ne li battelli.

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Spero in Vostra signoria illustrissima [che] la fama di uno sì generoso capitano non debba

essere estinta ne li tempi nostri. Fra le altre virtù, che erano in lui, era lo più costante in una

grandissima fortuna che mai alcuno altro fosse al mondo: sopportava la fame più che tutti gli altri, e

più giustamente che uo mo fosse al mondo carteava e navigava, e, se questo fu il vero, se vede

apertamente, niuno altro avere avuto tanto ingegno nè ardire di saper dare una volta al mondo come

già quasi lui aveva dato. Questa battaglia fu fatta al sabato ventisette de aprile 1521 (il capitano la

volse fare in sabato, perchè era lo giorno suo devoto), ne la quale foreno morti con lui otto de li

nostri e quattro Indii, fatti cristiani, da le bombarde de li battelli, che erano dappoi venuti per

aiutarne; e de li nemici se non quindici, ma molti de noi feriti.

Dopo disnare lo re cristiano mandò a dire con lo nostro consentimento a quello de Matan, se

ne volevano dar e lo capitano con li altri morti, che li daressimo quanta mercadanzia volessero.

Risposero [che] non se dava un tale uomo, como pensavamo, e che non lo darebbono per la maggior

ricchezza del mondo: ma lo volevano tenere per memoria sua.

Subito che fo morto lo capitano, quelli quattro che stavano nella città per mercadantare, fecero

portare le nostre mercanzie alle navi. Poi facessimo dui governatori, Duarte Barbosa, portogh ese,

parente del capitano e Giovan Serrano, spagnolo. L'interprete nostro, che se chiamava Enrique, per

essere uno poco ferito non andava più in terra per fare le cose nostre n ecessarie, ma stava sempre ne

la schiavina. Per il che Duarte Barbosa, governatore de la nave capitana, li gridò e dissegli [che],

sebbene è morto lo capitano suo signore, per questo non era libero; anzi voleva, quando fossimo

arrivati in Ispagna [che] sempre fosse schiavo de madonna Beatrice, moglie del capitano generale, e

minacciandolo [che], se non andav a in terra, lo f rusteria. Lo schiavo si levò e mostrò de non far

conto di queste parole, e andò in terra a dire al re cristiano come se volevano partire presto; ma, se

lui voleva fare a suo modo, guadagneria le nave e tutte le nostre mercadanzie; e così ordinorono uno

tradimento. Lo schiavo ritornò alla nave e mostrò essere più facente de prima.

Mercole mattina, primo de maggio, lo re cristiano mandò a dire a li governatori, come erano

preparate le gioie, [che] aveva promesso de mandare al re de Spagna, e che li pregava con li altr i

suoi andassero [a] disnar seco quella mattina, che li le darebbe. Andorono 24 uomini in terra. Con

questi andò lo nostro astrologo, che se chiamava San Martin de Seviglia. Io non li potei andare,

perchè era tutto enfiato per una ferita de frezza velenata che aveva ne la fronte. Giovan Carvaio con

lo barizello tornorono indietro e ne dissero come visteno colui [che era stato] resanato per miracolo

menare lo prete a casa sua, e per questo s'erano partiti; perchè dubitavan o de qualche male. Non

dissero così presto le parole, che sentissemo grandi gridi e lamenti. Subito levassemo l'ancore; e

tirando molte bombarde ne le case se appropinquassemo più a la terra: e così tirando, vedessemo

Giovan Serrano, in camisa, legato e ferito, gridare non dovessimo più tirare, perchè

l'ammazzerebbono. Li domandassemo se tutti gli altri con lo interprete erano morti: disse [che] tutti

erano morti, salvo l'interprete. Ne pregò molto lo dovessemo rescattare con qualche mercadanzia:

ma Gioan Carvaio, suo compare, non volsero per restare lo ro padroni, andasse lo battello in terra.

Ma Gioan Serrano, pur piangendo, ne disse che non averessemo così presto fatto vela, che

l'averiano ammazzato e disse che pregava Iddio [che] , nel giorno del giudizio, dimandasse l'anima

sua a Gioan Carvaio, suo compare. Subito se partissemo; non so se morto o vivo lui restasse.

In questa isola se trova cani, gatti, riso, miglio, panico, sorgo, zenzero, fichi, naranzi, limoni,

canne dolci, aglio, miel, cocchi, chiacare, zucche, carne de molte sorte, vino de p alma e oro: è

grande isola con un buon porto che ha due entrate, una al ponente, l'altra al greco e levante. Sta d e

latitudine al polo Artico in X gradi de longitudine dalla linea de la ripartizione centosessantaquattro

gradi e se chiama Zubu. Quivi, innanzi che morisse lo capitano, avessimo nova de Maluco. Questa

gente sonano de viola con corde de rame.

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VOCABOLI DE QUESTI POPOLI GENTILI

All'uomo = lac

Alle canne dolci = tube

A la donna = paranpoan

Al cuchiaro = gandan

A la giovane = beni beni

Al riso = bughax baras

A la maritata = babay

Al miele = deghex

A li capelli = bo ho

A la cera = talho

Al viso = guay

Al sale = acin

A le palpebre = pilac

Al vino = tuba nio nipa

A le ciglie = chilei

Al bere = minuncubil

A l'occhio = matta

Al mangiare = macan

Al naso = ilon

Al porco = babui

A le mascelle = apin

A la capra = candin

A li labbri = olol

A la gallina = monoch

A la bocca = baba

Al miglio = humas

A li denti = nipin

Al sorgo = batat

A le gengive = leghex

Al panico = dana

A la lingua = dilla

Al pevere = manissa

A le orecchie = delengan

A li garofoli = chianche

A la gola = liogh

A la cannella = mana

Al collo = tangip

Al zenzero = luia

Al mento = cheilan

A l'aglio = la xuna

A la barba = bonghot

A li naranzi = achua

A le spalle = bagha

All'ovo = silog

A la schiena = licud

Al cocco = lubi

Al petto = dughan

A l'aceto = zucha

Al corpo = tiam

A l'acqua = tubin

Sotto li bracci = ilot

Al fuoco = claio

Al braccio = botchen

Al fumo = assu

Al gomito = sico

Al soffiare = tigban

Al polso = molangai

Alle bilance = tinban

A la mano = camat

Al peso = tahil

A la palma de la mano = palan

A la perla = mutiara

Al dito = dudlo

A la madre de le perle = tipai

A la unghia = coco

Al male de santo Job = alupalan

All'ombelico = pusut

Pòrtame = palatin comorica

Al membro = utin

A certe focacce de riso = tinapai

A li testicoli = boto

Buono = maiu

A la natura delle donne = billat

Non = tidale

All'usar con loro = tiam

Al coltello = capol sundan

A le culatte = samput

A le forbici = catle

A la coscia = paha

A tosare = chuntich

Al ginocchio = tuhad

All'uomo ben ornato = pixao

A lo stinco = bassag bassag

A la tela = bulandan

A la polpa della gamba = bitis

A li panni che se coprono = abaca

A la caviglia = bolbol

Al sonaglio = colon colon

Al calcagno = tiochid

A li paternostri d'ogni sorte = tacle

A la suola del piè = lapa lapa

Al pettine = cutlei missamis

All'oro = balaoan

Al pettinare = monsugud

All'ar gento = pilla

A la camicia = sabun

Al laton = concach

A la gugia de cusire = dagu

Al ferro = butan

Al cucire = mamis

27



A la porcellan a = moboluc

Al fiume = tau

Al cane = aian ydo

Al rezzaglio per pescare = pucat laia

Al gatto = epos

Al battello = sanpan

A li sui veli = ghapas

A le canne grandi = canaghan

A li cristallini = balus

A le piccole = bonbon

Vien qui = marica

A le sue barche grandi = balanghai

A la casa = ilaga balai

A le sue barche piccole = boloto

Al legname = tatamue

A li granchi = cuban

A le store dove dormeno = taghichan

Al pesce = isam yssida

A le store de palme = bani

A un pesce tutto dipinto = panap sapan

A li cuscini de foglie = uliman

A un altro rosso = timuan

A li piatti de legno = dulan

A un certo altro = pilax

Al suo Iddio = Abba

A un altro = emalvan

Al Sole = adlo

Tutto e uno = siama siama

A la luna = songhot

A uno schiavo = bonsul

A le stelle = bolan burthun

A la forca = bolli

A la aurora = mone

A la nave = benaoa

A la mattina = vema

A uno re o capitano generale = raià.

A la tazza = tagha

Grande = bassal

NUMERI

A l'arco = bossugh

A la frezza = oghon

Uno = uzza

A li targoni = calassan

Due = dua

A le vesti imbottite per combatter = baluti

Tre = tolo

A li suoi terziadi = campilan

Quattro = upat

A le sue daghe = calix baladao

Cinque = lima

A la lancia = bancan

Sei = onom

A li fichi = haghin

Sette = pitto

A le zucche = baghin

Otto = qualu

El sale = tuan

Nove = siam

A le corde d e le sue viole = gatzap

Dieci = polo.

Lungi disdotto leghe de questa isola Zubu, al capo de quell'altra, che se chiama Bohol,

brusassemo in mezzo de questo arcipelago la nave Conceptione per essere restati tropp o pochi e

fornissemo le altre due de le cose sue migliore. Pigliassemo poi la via del garbin e mezzodì

costando la isola, che se dice Panilonghon, nella quale sono uomini negri, come sono in Etiopia. Poi

arrivassemo a una isola grande, lo re della quale per far pace con noi se cavò sangue de la mano

sinistra, sanguinandose lo corpo, lo volto e la cima della lingua in segno de maggior amicizia. Così

facessemo anche noi. Io solo andai con lo re in terra per vedere questa isola. Subito che entrassimo

in uno fiume, molti pescatori presentarono pesce al re; poi lo re se cavò li panni, che aveva intorno

le sue vergogne, con alcuni suoi principali, e cantando cominciorono a vogare, p assando per molte

abitazioni, che erano sovra lo fiume. Arrivassemo a due ore de notte in casa sua. Dal principio de

questo fiume, dove stavano le navi, fino a la casa del re erano due leghe.

Entrando ne la casa ne venirono incontro [con] molte torce de canna e de foglie de palma.

Queste torce erano de anime, come detto de sovra. Finchè se apparecchiò la cena, lo r e con d ui

principali e due sue femmine belle beverono uno gran vaso de vino pieno, de palma, senza mangiare

niente. Io, escusandomi avere cenato, non volsi bere se non una volta. Bevendo, facevano tutte le

cerimonie come el re d e Mazana.

Venne poi la cena di riso e pesce molto salato, posto in scodelle de porcellana. Mangiavano lo

riso per pane. Cociono lo riso in questo modo: prima mettono dentro in pignatte de terra come le

nostre una foglia grand e, che circunda tutta la pignata; poi li mettono l'acqua e il riso coprendola: la

lasciano bollire fin che viene lo riso duro come pane; poi la cavano fuora in pezzi. In tutte queste

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parti cociono lo riso in questa sorte.

Cenato che av essemo, lo re fece portare una stora de canne con un'altra de palme e uno

cuscino de foglie, acciò io dormisse sovra queste. Il r e con le du e femmine andò a dormire in uno

luoco separato: dormì con uno suo principale. Venuto il giorno, mentre si apparecchiò lo disnar e,

andai per questa isola. Vidi in queste loro case assai masserizie de oro e poca vettovaglia. Poi

disnassimo riso e pesce. Finito lo disnare, dissi al [re] con segni [che] vederia la regina: me rispose

[che] era contento. Andassemo de compagnia in cima de uno alto monte, dove era la casa della

reina. Quando entrai in casa, le feci la reverenza e lei così verso de me; sedetti appresso a ella, la

quale faceva una stora de palma, per dormire. Per la casa sua erano attaccati molti vasi de porcellan a

e quattro borchie de metallo, una maggiore dell'altra e due più piccole, per sonare. Gli erano molti

schiavi e schiave, che la servivano.

Queste case sono f atte come le altre già dette. Pigliata licenza, tornassemo in casa del re.

Subito fece darne una colazione de canne dolce. La maggior abbondanza che sia in questa isola è de

oro: mi mostrarono certi valloni, facendomi segno che in quelli era tanto oro come li sui capelli, ma

non hanno ferro per cavarlo, nè anche voleno quella fatica.

Questa p arte de la isola è una medesima terra con Butuan e Calogan e passa sopra Bohol e

confina con Mazana. Perchè torneremo una altra f iata in questa isola, non d ico altro.

Passato mezzodì, volsi tornare a le navi; el re volse venire li altri principali; e così venissemo

nel medesimo balangai. Retornando per lo fiume, vidi, a man dritta, sopra un monticello tre uomini

appiccati a uno arbore, che aveva tagliati li rami. Domandai al re chi erano quelli; respose che erano

malfattori e robatori. Questi populi vanno nudi come li altri de sopra. Lo re se chiama raià Calan ao.

El porto è buono: e quivi se trova riso, zenzero, porci, capre, galline e altre cose. Sta de latitudine al

polo Artico in 8 gradi e 167 de longitudine della linea rip artizionale, e longi de Zubu cinque leghe e

se chiama Chipit. Due giornate de qui, al maestr ale, se trova una isola grande detta Lozon, dove

vanno ogni anno sei, ovver otto giunche de li popoli Lechii.

Partendone d e qui a la mezza partita de ponente e garbin, dessemo in una isola non molto

grande e quasi disabitata. La gente de questa sono Mori e erano banditi d'una isola detta Burn e.

Vanno nudi come li altri: hanno zarabotane con li carcassetti a lato piene di frezze e con erba

venenata; hanno pugnali con li manichi ornati d e oro e de pietre preziose; lancie, rodelle e corazzine

de corno de bufalo. Ne chiamavano corpi santi. In questa isola se trova poca vettovaglia, ma arbori

grandissimi. Sta de latitudine al polo Artico in 7 gradi e mezzo lungi da Chippit quarantatre legh e; e

chiamase Caghaian.

A quest'isola, circa de venticinque leghe tra ponente e maestrale, trovassemo una isola grande,

dove si trova riso, zenzero, porci, capre, galline, fichi longhi mezzo braccio e grossi come lo braccio

— sono buoni e alcuni altri, longhi un palmo e altri manco, molto migliori de tutti li altri — cocchi,

batate, canne dolci, radici come rapi al mangiare, e riso cotto sotto lo fuoco in canne o in legno.

Questa terra potevamo chiamare la terra de promissione, perchè innanzi [che] la trovassimo

pativamo gran fame. Assai volte stessemo in forse se abbandonare le navi e andare in terra, per non

morire de fame. Lo re fece pace con noi, tagliandose un poco con uno nostro coltello in mezzo del

petto, e sanguinando se toccò la lingua e la fronte in segno di più vera pace: così fecemo anche noi.

Questa isola sta de latitudine al polo Artico in 9 gradi e uno terzo, e cento e settantauno e uno ter zo

de longitudine de la linea [di] ripartizione [e si chiama] Pulaoan.

Questi popoli de Pulaoan vanno nudi come li altri. Quasi tutti lavorano li sui campi: hanno

cerebottan e con frezze de legno grosse più d'un palmo, arpionate e alcune con spine de pesce con

erba ven enata e altre con punte de cann e arpion ate e venen ate.

Hanno nel capo ficcato un poco de legno molle in cambio de le penne. Nel fine delle su e

cerebottan e legano uno ferro, come di iannettone e, quando hanno tratte le frezze, combatteno con

questo.

Preziano anelli, catenelle di ottone, sonagli, coltelli, e più el filo de rame p er legare li sui ami

da pescare. Hanno galli grandi molto domestici; non li mangiano per una certa sua venerazione:

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alcuna volta li fanno combattere l'uno con l'altro; e o gni uno mette per lo suo un tanto, e poi de

colui, che è suo il vincitore, è suo il premio. E hanno vino de riso lambiccato più grande e megliore

di quello de palma.

Lungi da questa isola dieci leghe, al garbin, dessemo in un'isola e, costeandola, ne pareva

alquanto ascend ere. Intrati nel porto, ne apparve el Corpo Santo per un tempo oscurissimo. Dal

principio de questa isola fino al porto vi sono cinquanta leghe. Lo giorno seguente, a nove de luglio,

lo re de questa isola ne mandò uno prao molto bello con la prora e la poppa lavorata de oro: era

sopra la prora una bandiera de bianco e azzurro con penne de p avone; in cima alcuni sonavano con

sinfonie e tamburi. Venivano con questo prao due almadie. Li prao sono come fuste e le almadie

sono le sue barche da pescare. Otto uomini vecchi de li principali entrorono ne le navi e sederono ne

la poppa sopra uno tappeto. Ne appresentarono un vaso de legno depinto, pieno de betre e areca, che

è quel frutto che masticano sempre, con fiori de gelsomini e de naranzi, coperto da uno panno de

seta giallo; due gabbie piene de galline, uno paro d e capre, tre vasi pieni de riso lambiccato e

alquanti fasci de canne dolci — e così dettero a l'altra nave — e abbracciandone pigliarono licenza.

El vino de riso è chiaro come l'acqua, ma tanto grande che molti de li nostri s'embriacarono; e lo

chiamano arach.

De lì a sei giorni lo re mandò un'altra volta tre prao con molta pompa, sonando sinfonie,

tamburi e borchie de lattone. Circondorono le navi e ne fecero reverenza con certe sue berrette de

tela, che li coprono solamente la cima del capo. Li salutassemo con le bombarde senza pietre. Poi ne

dettero uno presente de diverse vivande solamente de riso: alcune in foglie fatte in pezzi alquanto

lunghi, alcune come pani di zuccaro e alcune fatte a modo de torte con ovi e miele. Ne dissero como

lo suo re era contento pigliassemo acqua e legna e contrattassemo al nostro piacere.

Udendo questo, montassemo sette de nui altri sopra lo prao e portassemo u no presente al re, el

quale era una vesta de velluto verde a la turchesca, una cattedra de velluto morello, cinque braccia

de panno rosso, uno bonet, e uno bicchier dorato, uno vaso de vetro coperto, tre quinterni de carta e

uno calamaro dorato; a la regina tre braccia de panno giallo, uno paro de scarp e argentate, uno

gucchiarolo d'argento pieno de guggie; al governatore tre braccia de panno rosso, uno bonnet e uno

bicchier dorato; al re d 'arme, che era venuto nelli prao, li dessemo una veste de panno rosso e verde

a la turchesca, uno bonnet e uno quinterno de carta: a li altri sette principali, a chi tela, a chi bonetti,

e a ognuno uno quinterno de carta: e subito se partissimo.

Quando giungessemo a la città, stessero forse due ore ne li prao, finchè venirono due elefanti

coperti de seta e dodici uomini con uno vaso p er uno de porcellana coperto de seta per coprire [i]

nostri presenti: poi montassemo sopra gli elefanti, e questi dodici uomini andavano dinnanzi con li

presenti ne li vasi. Andassemo così fino a la casa del governatore, ove ne fu data una cena de molte

vivande. La notte dormissemo sovra materazzi de bambaso: la sua fodera era de taffetà; li lenzoli de

Cambaia.

Lo giorno seguente stessimo in casa fino a mezzodì: poi andassemo al palazzo del re sovra

elefanti, con li presenti dinnanzi, come lo giorno davanti, da casa del governatore fin in casa del re.

Tutte le strade erano pien e de uomini con spade, lancie e targoni, perchè così aveva voluto lo re.

Intrassemo sovra li elefanti ne la corte del palazzo: andassemo su per una scala accompagnati

dal governatore e altri principali, e intrassemo in una sala grande, piena di molti baroni, ove

sedessemo sopra un tappeto, con li presenti ne li vasi appresso noi. Al capo de questa sala ne è

un'altra più alta, ma alquanto più piccola, tutta ornata de panni de seta, ove se aprivano due finestre

con due cortine de broccato, da le quali veniva la luce nella sala. Ivi erano trecento uomini in piede,

con stocchi nudi sovra la coscia, per guardia del r e. Al capo de questa era una grande fenestra, da la

quale se tirò una cortina de broccato.

Dentro de questa vedessimo il re sedere a tavola con uno suo figlio piccolino e masticare

betre; dietro de lui eran o se non donne. Allora ne disse uno principale [che] noi non potevamo

parlare al re; e se volevamo alcuna cosa, lo dicessemo a lui, perchè lo direbbe a uno più principale, e

quello a uno fratello del governatore, che stava nella sala più piccola, e poi lui lo direbbe con una

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cerbottana, per una fessura della parete, a uno che stava dentro con lo re. E ne insegnò dovessemo

fare al re tre rever enzie con le mani gionte sopra lo capo, alzando li piedi, mo' uno, mo' l'altro, e poi

le basassemo. Così fu fatto. Questa è la sua reverenzia reale.

Gli dicessemo come èramo del re de Spagna e che lui voleva pace seco, e non domandavamo

altro, salvo potere mercadantare. Ne fece dire el re, [che] poichè il re di Spagna voleva essere suo

amico, lui era contentissimo de esser suo, e disse [che] pigliassemo acqua e legna e

mercadantassemo a nostro piacere. Poi li dessemo li presenti: faceva d 'ogni cosa con lo capo un

poco de rev erenzia.

A ciascuno de noi altri fu dato broccatello e panni de oro e de seta, ponendoli sopra la spalla

sinistra, ma poco lasciandonegli. Ne dettero una colazione de garofoli e cannella. Allora forono

tirate le cortine e serrate le fenestre.

Li uomini che erano n el palazzo, tutti avevano panni de oro e d e seta intorno a le loro

vergogne, pugnali con lo manico de oro e ornati de perle e pietre preziose, e molti anelli ne le mani.

Ritornassemo sovra li elefanti a la casa del govern atore: sette uomini portarono il presente del

re sempre dinnanzi.

Quando fossimo gionti a casa dereno a ognuno lo suo e ne 'l misero sovra la spalla sinistra: a li

quali, per [la] sua fatica, donassemo a ciascheduno uno paro de coltelli. Venirono in casa del

governatore nove uomini con altri tanti piatti de legno grandi da parte del re. In ogni piatto er ano X,

ovvero dodici scodelle de porcellana, piene de carne de vitello, de capponi, galline, pavoni e altri

animali, e de pesce. Cenassemo in terra, sovra una stora de palma, de trenta a trentadue sorte de

vivande de carne, eccetto lo pesce, e altre cose. Bevev amo a ogni boccone pieno uno vasetto de

porcellana, grand e come uno ovo, de quel vino lambiccato: mangiassemo riso e altre vivand e de

zuccaro con cucchiari d'oro come li nostri.

Ove dormissemo le due notti, stavano due torcie de cera bianca, sempre accese, sovra dui

candelieri d'argento, un poco alti, e due lampade grande piene d'olio, con quattro pavèri per o gn i

una, e dui uomini che sempre le spavillavano.

Venissemo sovra li elefanti sovra la riva del mare, dove furono dui prao, che ne condussero a

le navi.

Questa città è tutta fondata in acqua salsa, salvo la casa del re e alcune de certi principali; ed è

de venticinque mila fochi. Le case sono tutte de legno, edificate sopra pali grossi, alti da terra.

Quando lo mare cresce, vanno le donne per la terra con barche v endendo cose necessarie al suo

vivere. Dinnanzi la casa del re è uno muro de quadrelli grosso, con barbacani a modo de fortezza,

nel quale erano cinquantasei bombarde de metallo e sei de fer ro. In li due giorni [che] stessemo ivi,

[ne] scaricarono molte.

Questo re è moro e se chiama Siripada. Era de quaranta anni e grasso. Niuno lo governa, se

non donne, figliuole de li principali. Non si parte mai fuora del palazzo, se non quando va a la

caccia: niuno gli può parlare, se non per cerbottane; tiene X scrivani, che scrivono le cose sue in

scorze de arbore molto sottili. A questi chiamano xiritoles.

Luni mattina, a ventinove di luglio, vedessimo venire contra noi più che cento prao, partiti in

tre squadroni, con altrettanti tunguli, che sono le sue barche piccole. Quando vedessimo questo,

pensando fosse qu alche inganno, n e dessemo lo più presto possibile a la vela, e per pressa

lasciassemo una ancora. E molto più ne dubitavamo de essere tolti in mezzo da certe giunche, che

nel giorno passato restarono dopo noi.

Subito se voltassimo contro questi e ne pigliassimo quattro, ammazzando molte persone. Tre o

quattro giunche fuggirono in secco. In uno di quelli che pigliassimo era lo figliuolo del re della isola

di Lozon. Costui era capitano generale de questo re de Burne e veniva co n queste giunche da un a

villa grande, detta Laoc, che è in capo de questa isola verso Giava maggiore la quale, per non voler

obbedire a questo re, ma a quello de Giava Maggiore, la aveva ruinata e saccheggiata.

Giovan Carvajo, nostro piloto, lasciò andare questo capitano e la giunca senza nostro

consentimento per certa quantità de oro, come dappoi sapessimo. Se non lassava questo re, lo

capitano ne avaria dato tutto quello che avessemo domandato, perchè questo capitano era molto

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temuto in queste parti, ma più dai Gentili, perciò [che] sono inimicissimi di questo re moro. In

questo porto c'è un'altra città de Gentili, maggiore di quella de li Mori, fondata anch'essa in acqua

salsa, per il che ogni giorno questi due popoli combattono insieme nel medesimo porto. Il re gentile

è potente come lo re moro, ma non tanto superbo; facilmente se convertirebbe a la fede de Cristo.

Il re moro, quando aveva inteso in che modo avev amo trattati li giunchi, ne mandò a dire, per

uno de li nostri che erano in terra, come li prao non venivano per farne dispiacere, ma andavano

contro li Gentili, e per verificazione di questo li mostrarono alcuni capi d e uomini morti e li dissero

che erano de Gentili.

Mandassimo dire al re [che] li piacesse lasciare venire li nostri due uomini, che stavano ne la

città per contrattare, e lo figliolo de Giovan Carvaio, che era nasciuto ne la terra del Verzin; ma lui

non volse. De questo fo cagione Gioan Carvaio per lasciare quel capitano.

Retenessimo sedici uomini più principali per menarli in Ispagna e tre donne in nome de la

Regina di Spagna; ma Gioan Carvaio le usurpò per sue.

I giunchi sono le sue navi, e fatte in questo modo: lo fondo è circa due palmi sovra l'acqua e

[è] di tavole con caviglie di legno assai ben fatto: sopra di questo sono tutte di canne grossissime per

contrappeso: porta uno de questi tanta roba come una nave; li sui alberi sono de canne e le vele de

scorza de albero.

La porcellana sorte de terra bianchissima e sta cinquanta anni sotto terra innanzi [che] la si

adoperi, perchè altramente non saria fina. Lo padre la sotterra per lo figliolo. Se 'l pone [veleno] in

un vaso de porcellana fino, subito si rompe.

La moneta che adoperano li Mori in questa parte è di metallo, sbusata nel mezzo per infilzarla,

ed ha solamente da una parte quattro segni, che sono lettere del gran re della China e la chiamano

picis.

Per uno chatil de argento vivo che è due libbre delle nostr e, ne davano sei scodelle de

porcellana: per uno quinterno de carta cento picis; per centosessanta chatili uno vasetto de

porcellana; per tre coltelli, uno vaso de porcellana; p er 160 chatili de metallo un bahar de cera, che è

duecento e tre chatili; per ottanta chatili de metallo, uno bahar de sale; per quaranta chatili de

metallo, uno bahar de anime per conciar le navi, perchè in queste parte non si trovano pegola.

Venti tahil fanno un chatil. Quivi si apprezza metallo, argento vivo, vetro, cenaprio, panni de

lana, tele e tutte le altre nostre merci, ma più lo ferro e li occhiali. Questi Mori vanno nudi come li

altri; bevono l'ar gento vivo; lo infermo lo beve per purgarse, e lo sano per restare sano.

Il re de Burne ha due perle grosse come dui ovi de gallina, e sono tanto rotonde che non ponno

fermarse sopra una tavola; e questo so certo, perchè, quando li portassemo li presenti, gli fu fatto

segno ne le mostrasse; lui disse le mostrerebbe. L'altro giorno poi alcuni principali ne dissero loro

averle vedute.

Questi Mori adorano Maometto e la sua legge; non mangiar carne di porco; lavarsi il culo con

la mano sinistra; non mangiare con quella; non tagliare cosa alcuna con la destra; sedere qu ando

urinano; non ammazzare galline nè cap re, se prima non parlano al sole; tagliare alle galline la cima

delle ali con le sue pellesine, che li avanzano de sotto, e poi i piedi, e poi squartarla per mezzo;

lavarse lo volto con la mano dritta; non lavarse li denti con li diti e non mangiare cosa alcun a

ammazzata se non da loro. Sono circoncisi come li Giudei.

In questa isola nasce la canfora, sp ecie di balsamo, la quale nasce tra gli albori; e la scorza è

minuta come le cipolle. Se la se tiene discoperta, a poco a poco diventa niente; e la chiamano capor.

Lì nasce cannella, zenzero, mirabolani, naranci, limoni, chiacare, meloni, cocomeri, zucche, rafani,

cevolle, scarlogne, vacche, bufali, porci, capre, galline, oche, cervi, elefanti, cavalli e altre cose.

Questa isola è tanto grande, che si sta a circondarla con uno prao tre mesi; sta di latitudine al polo

Artico in cinque gradi e uno quarto e in cento e settantasei e due terzi de longitudine da la linea de

repartizione, e se chiama Burne.

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Partendone da questa isola tornassemo indietro per trovare un luogo atto per conciare le navi,

perchè facevano acqu a. Una nave, per poco vedere del suo piloto, dette in certi bassi d'una isola

detta Bibalon, ma con l'aiuto de Dio la liberassimo. Uno marinaro de quella nave, non

avvedendosen e, despavillò una candela in un bar ile pieno de polvere de bombarda; subito la tolse

fora senza danno nissuno. Seguendo poi lo nostro cammino, pigliassemo uno prao pieno d e cocchi,

che andava a Burne. Gli uomini fuggirono in un'isoletta. Finchè pigliassimo questo, tre altri

fuggirono de dietro da certe isolette.

Al capo de Burne, fra questa e una isola detta Cimbonbon, che sta in otto gradi e sette minuti,

è un porto perf etto per conciare navi, per il che entrassimo dentro, e per [non] avere troppo le cose

necessarie per conciare le navi, tardassemo quar antadue giorni.

In questi gio rni ognuno de noi se affaticava, chi in una cosa, chi in un'altra; ma la maggior

fatica [che] avevamo, era andar a far legna ne li boschi senza scarpe. In questa isola son porci

selvatici; ne ammazzassemo uno di questi con lo battello ne l'acqua, passando de un'isola in un'altr a,

lo quale av eva lo capo longo due palmi e mezzo e li denti grandi. Ci sono coccodrilli grandi, così de

terra come de mare, ostriche e cappe de diverse sorte. Fra le altre ne trovassemo due, la carne

dell'una pesò ventisei libbre, e l'altra quarantaquattro. Pigliassemo uno pesce, che aveva lo capo

come uno porco, con due corni: el suo corpo era tutto d'un osso solo; av eva sopra la schiena come

una sella ed era piccolo. Ancora qui se trova arbori che fanno le foglie, [che] quando cascano sono

vive e camminano. Quelle foglie sono, nè più nè meno, come quelle del moraro, ma non tanto

lunghe. Appresso il pego llo, da una parte e dall'altra, hanno due piedi; il pegollo è corto e pontino;

non hanno sangue, e chi le cocca, fuggono. Io ne tenni una nove giorni in una scatola. Quando la

apriva, questa andava intorno intorno per la scatola. Non penso viveno de altro se non de aria.

Essendo partiti de questa isola, cioè del porto, nel capo de questa isola Pulaoan incontrassemo

uno giunco, che veniva da Burn e, nel quale era lo governatore de Pulaoan. Li facessimo segno

ammainasse le vele e lui non volendo ammainare, lo pigliassemo per forza e lo saccheggiassimo. Se

il governatore volse esser libero, ne dette, in termine de sette giorni, quattrocento misure de riso,

venti porci, venti capre e centocinquanta galline; poi ne presentò cocchi, fichi, canne dolci, vasi de

vino de palma e altre cose. Vedendo noi la sua liberalità, gli rendessimo alcuni sui pugnali e

archibusi; poi li donassimo una bandiera, una vesta de damasco giallo e XV braccia de tela: a uno

suo figliolo una cappa de panno azzurro, e a un suo fratello del governatore una vesta de p anno

verde e altre cose.

Se partissemo da lui come amici e tornassimo indietro, fr a la isola de Cagaian e quel porto de

Chippit, pigliando lo cammino a la quarta del levante verso scirocco per trovare le isole de Maluco.

Passassemo per certi monticelli, circa de li quali trovassemo lo mare pieno de erbe con lo fondo

grandissimo. Quando passavamo per questi ne pareva entrare per un altro mare. Restando Chippit al

Levante, trovassemo due isole, Zolo e Taghima al ponente appresso de le quale nascono le perle. Le

due del re di Burne furo no trovate quivi; e le ebbe, come ne fu riferito, in questo modo: Questo re

pigliò per moglie una figliuola del re di Zolo, la quale gli disse come suo padre aveva queste due

perle. Costui si deliberò averle in ogni modo. Andò una notte con cinquecento prao e pigliò lo re

con due suoi figliuoli e menolli a Burne. Se 'l re de Zolo se volse liberare, li fu forza dargli le due

perle.

Poi al levante, quarta di greco, passassemo tr a due abitazioni, dette Cavit e Subanin e una

isola abitata, detta Mono ripa, lungi X leghe da li monticelli. La gente de q uesta hanno loro case in

barche e non abitano altrove. In quelle due abitazioni de Cavit e Subanin, le quali sono ne la isola de

Butuan e Calaghan, nasce la miglior cannella che si possa trovare. Se stavamo ivi due giorni, ne

caricavamo le navi; ma per avere buon vento e passare una punta e certe isolette, che erano circa de

questa, non volessemo tardare e, andando a la vela, barattassemo diciassette libbre per certi coltelli

[che] avevamo tolti al governatore de Pulaoan. L'albero de questa cannella è alto tre o quattro cubiti,

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e grosso come li diti della mano, e non ha più di tre o quattro rametti; la sua foglia è come quella del

lauro; la sua scorza è la cannella. La se coglie due volte all'anno; così è forte lo legno e le foglie,

essendo verde, come la cannella. La chiamano caiumana; caiu vuol dire legno, e mana dolce, cio è

legno dolce.

Pigliando lo cammino al greco e andando a una città grande detta Maingdanao, la quale è

nell'isola di Baluan e Calaghan, acciò sapessemo qualche nova de Maluco, pigliassemo per forza

uno biguiday (è come uno prao) e ammazzassemo sette uomini. In questo erano solum dieciotto

uomini, disposti quanto alcuni altri vedessemo in questa parte, tutti de li principali di Maingdanao.

Fra questi uno ne disse che era fratello del re de Maingdanao e che sapeva dove era Maluco. Per

questo lassassemo la via del greco e pigliassemo la via de sciro cco.

In un capo de questa isola Butuan e Caleghan, appresso de uno fiume, se trovano uomini

pelosi, grandissimi combattitori e arcieri; hanno spade larghe uno palmo; mangiano se non lo cuore

dell'uomo, crudo, con su go de naranzi o limoni, e se chiamano Benajan, li pelosi.

Quando pigliassemo la via del scirocco, stavamo in sei gradi e sette minuti all'Artico e trenta

leghe lungi da Canit. Andando al scirocco trov assemo quattro isole: Ciboco, Beraham Batolach,

Saranghani e Candighar. Uno sabato, de notte, ne assaltò una fortuna grandissima per il che,

pregando Iddio, abb assassemo tutte le vele. Subito li tre nostri santi ne app arsero descacciando tutta

la scuritate. Sancto Elmo stette più de due ore in cima la gabb ia, come una torcia; santo Nicolò in

cima de la mezzana, e santa C hiara sovra lo trinchetto. Promettessimo uno schiavo a santo Elmo, a

sancto Nicolò e a santa Chiara; gli dessemo a ognuno la sua elemosina.

Seguendo poi nostro viaggio, entrassimo in uno porto, in mezzo de le due isole, Saranghani e

Candighar, e ce fermassimo, al levante, appresso una abitazione de Saranghani, ove si trova oro e

perle. Questi popoli sono Gentili e vanno nudi come li altri. Questo porto sta de latitudine in cinque

gradi e nove minuti e lungi cinquanta leghe da Canit.

Stando quivi un giorno, pigliassemo due piloti per forza, acciò ne insegnasseno Maluco.

Facendo nostro viaggio fra mezzo giorno e garbin, passassemo tra otto isole abitate e disabitate

poste in modo de una via, le quali si chiamano Cheana, Caniao, Cabiao, Camanuca, Cabaluzao,

Cheai, Lipan e Nuza finchè arrivassemo in una isola, posta in fine de queste, molto bella al vedere.

Per avere vento contrario e per non poter passare una punta de questa isola, andavamo de qua e de là

circa de ella, per il che uno de quelli [che] avevamo pigliati a Saranghani e lo fratello del re di

Maingdanao con un suo figliuolo piccolo, ne la notte, fuggirono notando in questa isola; ma il

figliuolo, per non poter tener saldo sovra le spalle de suo padre, se annegò. Per non poter cavalcare

la detta punta, passassemo de sotto de la isola, dove erano molte isolette.

Questa isola tiene quattro re; raià Matandatu, raià Lalagha, raià Bapti e raià Parabu: sono

Gentili. Sta in tre gradi e mezzo all'Artico e 27 leghe lungi da Saranghani; è detta Sanghir.

Facendo lo medesimo cammino passassimo circa sei isole, chiamate Carachita, Para,

Zanghalura, Cian, lontana circa dieci leghe da Sanghir (questa tiene uno monte alto, ma non largo;

lo suo re se chiama raià Ponto) e Paghinzara, lungi otto leghe da Cian, la quale ha tre montagne alte

(lo suo re se chiama raià Babintan); Talaut. Poi trovassemo al levante de Paghinzara, lungi dodici

leghe, due isole non molto grandi, dette Zoar e Mean.

Passate queste due isole, mercore, a sei di novembre, discopersemo quattro isole alte al

levante, lungi dalle due quattordici leghe. Lo piloto, che ne era restato, disse come quelle quattro

isole erano Maluco; per il che rengraziassimo Iddio e per allegr ezza descaricassemo tutta la

artiglieria. Non era da meravigliarsi se éramo tanto allegri, perchè avevamo passato ventisette mesi,

manco due giorni in cercare Maluco.

Per tutte queste isole fin a Maluco il minor fondo [ che] trovassemo er a in cento e duecento

braccia; al contrario di come dicevano li Portoghesi, che quivi non si poteva navigare per li gran

bassi e il cielo oscuro, come loro se avevano immaginato.

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Venere, a otto de novembre 1521, tre ore innanzi lo tramontare del sole, entrassemo in uno

porto d'una isola, detta Tadore e surgendo appresso terra in venti braccia descaricassemo tutta la

artiglieria. Nel giorno seguente venne lo re in uno prao a le navi e circondolle una volta. Subito li

andassimo [in] contra con lo battello per onorarlo: ne fece intrare ne lo suo prao e sedere presso de

sè. Lui sedeva sotto una ombrella de seta, che andava intorno: dinnanzi d e lui era uno suo figliuolo

col scettro reale e due con due vasi de oro per dare acqua a le mani, e due altri con due cassettine

dorate piene d e quello betre.

Lo re ne disse [che] fossimo li ben venuti e come lui già [da] gran tempo se aveva sognato

alquante navi venire a Maluco da luoghi lontani e, per più certificarsi, aveva voluto vedere ne la

luna; e vide come venivano e che noi éramo quelli. Entrando lo re nelle navi, tutti li baciarono la

mano; poi lo conducemmo sovra la poppa, e ne l'entrare dentro non se vo lse abbassar e, ma entrò de

sovravia.

Facendolo sedere in una cattedra de velluto rosso, gli vestissemo una vesta de velluto giallo a

la turchesca; noi, per più suo onore, sedevamo in terra appresso lui. Essendo tutti assettati lo re

cominciò e disse: Lui e tutti suoi popoli volere sempre essere fedelissimi amici e vassalli al nostro re

di Spagna, e accettava noi come suoi figliuoli; e dovessemo discendere in terra come ne le proprie

case nostre, perchè de qui indietro [la] sua isola no se chiameria più Tadore, ma Castiglia, p er

l'amore grande [che] portava al nostro re suo signore.

Li donassemo uno presente; qual fu la veste, la cattedra, una pezza de tela sottile, quattro

braccia de panno de scarlatto, uno saglio de broccato, uno panno de damasco giallo, alcuni panni

indiani lavorati de oro e de seta, una pezza de berania bianca, tela de Cambaia, dui bonetti, sei filze

de cristallo, dodici coltelli, tre specchi grandi, sei forbici, sei pettini, alquanti bicchieri dorati e altre

cose. Al suo figliuolo un panno indiano de o ro e de seta, uno specchio grande, uno bonet e due

coltelli; a nove altri sui principali, a ognuno un panno de seta, bonetti e due coltelli; e a molti altri, a

chi bonetti e a chi cartelli dessemo, in fin che 'l re ne disse dovessimo restare.

Dopo ne disse lui non aver altro se non la propria vita per mandare al re suo signore, e

dovessemo noi più appropinquarse a la città, e, se veniva de notte a le navi, li ammazzassemo con li

schioppetti. Partendose de la poppa, mai se volse abbassar e. Pigliata la licenza, discaricassemo tutte

le bombarde. Questo re è Moro, e forse de quarantacinque anni, ben fatto, con una presenza reale e

grandissimo astrologo. Allora era vestito d'una camicetta de tela bianca sottilissima con li capi d e le

maniche lavorati de oro, e de uno panno da la cinta quasi fino in terra, e era descalzo. Aveva intorno

lo capo un velo de seta e sovra una ghirlanda de fiori e chiamase raià sultan Manzor.

Domenica a X de novembre, questo re volse intendere quanto tempo era [che] se èramo partiti

de Spagna; e lo soldo e la quintalata [che] ne dava il re a ciascuno de noi; e voleva li dessemo una

firma del re e una bandiera reale, perchè de qui innanzi, la sua isola, e un'altra chiamata Tarenate de

la quale, se 'l poteva [far] coronare uno suo nipote, detto Calonaghapi, farebbe [che] tutte e due

seriano del re di Spagna; e per onore del suo re era per combattere insino a la morte; e, quando non

potesse più resistere, veniria in Spagn a lui e tutti li sui, in uno giunco [che] faceva far de nuovo, con

la firma e la bandiera reale; per ciò [che da] gran tempo era suo servitore.

Ne pregò li lasciassemo alcuni uomini, acciò ogni ora se aricordasse del re de Spagna, e non

mercadanzie, perchè loro non gli resterebbero. E ne disse voleva andare a una isola chiamata

Bachian, per fornirne più presto le navi de garofoli, perciò [che] ne la sua non erano tanti de secchi,

[che] fossero sufficienti a caricar le due navi.

Oggi, p er esser domenica, non volse contr attare. Il giorno festeggiato da questi popoli è lo

nostro venere.

Acciò vostra illustrissima signoria sappia le isole dove nascono li garofoli, sono cinque:

Tarenate, Tadore, Mutir, Machian, Bachian. Tarenate è la principale, e, quando viveva lo suo r e,

signoreggiava quasi tutte le altre. Tadore è quella dove èramo: tiene re. Mutir e Machian non hanno

re, ma si reggeno a popolo, e quando li due re de Tarenate e de Tadore fan no guerra insieme, queste

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due li serveno de gente. La ultima è Bachian e tiene re. Tutta questa provincia, dove nascono li

garofoli, se chiama Maluco.

Non er a ancora otto mesi che era morto in Tarenate uno Fr ancesco Serrano, portoghese,

capitano generale del re de Taren ate contro lo re de Tadore; e operò tanto che costrinse lo re de

Tadore [a] donare una sua figliuola per moglie al re de Tarenate e quasi tutti li figlioli de li

principali per ostaggio (de la qual figliola nascette quel nepote de lo re de Tadore): poi, fatta fra loro

la pace, essendo venuto un giorno Francesco Serrano in Tadore per contrattare garofoli, questo re lo

fece velenare con quelle foglie de betre; e vivette se non quattro giorni — il suo re lo voleva far

seppellire secondo le sue leggi, ma tre Cristiani, sui servitori, non consentirono — lo qual lasciò uno

figliuolo e una figliuola piccoli, de una donna che tolse in Giava maggiore, e duecento bahar de

garofoli.

Costui era grande amico e parente del nostro fedel capitano generale; e fu causa de

commuoverlo a pigliar questa impresa, perchè più volte, essendo lo nostro capitano a Malacca, li

aveva scritto come lui stava ivi. Don Manuel, già re di Portogallo, per non volere accrescere la

provvigione del nostro capitano generale solamente di un testone al mese per li suoi benemeriti,

venne in Ispagna ed ebbe da la Sacra Maestà tutto quello [che] seppe domandare. Passati X gior ni

dopo la morte de Francesco Serrano, il r e di Tarenate, detto raià Abuleis, avendo discacciato suo

genero, re d e Bachian, fu avvelen ato da [la] sua figliola, moglie del detto re, sotto ombr a di voler

concludere la pace tra lo ro, il quale scampò solum due giorni, e lasciò nove figliuoli principali. Li

loro nomi sono questi: Chechil Momuli, Iadore Vunighi, Chechil de R oix, Cili Manzur, Cili Pagi,

Chialin Chechilin, Cathara, Vaiechu Serich e Calano Ghapi.

Luni a XI d e novembre, uno de li figlioli del re de Tarenate, Chechil de Roix , vestito de

velluto rosso, venne a le navi con due prao, sonando con quelle borchie, e non volse allora entrare

ne le navi. Costui teneva la donna, li figlioli e le altre cose de Francesco Serrano. Quando lo

cognosse[ssi]mo, mandassemo dire al re se 'l dovevamo ricevere, perchè èramo nel suo porto: n e

rispose facessimo come volevamo. Lo figliolo del re, vedendone star sospesi, se discostò alquanto

de le navi; li andassimo con lo battello a presentarli un panno de oro e de seta indiano con alquanti

coltelli, specchi e forbici. Accettolli con uno poco de sdegno e subito se partì. C ostui aveva seco

uno Indio cristiano, chiamato Manuel, servitore d'un Petro Alfonso de Lorosa, portoghese, lo qual,

dopo la morte de Francesco Serrano, venne da Bandan a Tarenate. Il serv itore, per sapere parlare il

portoghese, entrò ne le nave e dissene [che], sebbene li figliuoli del re di Taren ate erano nemici del

re di Tadore, niente de meno sempre stavano al servizio del re di Spagna. Mandassemo una lettera a

Pietro Alfonso de Lorosa per questo suo servitore [dicendo che] dovesse vegnir e senza sospetto

alcuno.

Questi re teneno quante donne voleno, ma ne hanno una per su a moglie principale, e tutte le

altre obbediscono a questa. Il re di Tadore aveva una casa grande, fuori della città, dove stavano

duecento sue donne de le più principali con altrettante, [che] le servivano. Quando lo re sta solo,

ovvero con la sua moglie principale, in uno luogo alto come un tribunale, ove può v edere tutte le

altre, che li siedono attorno, e a quella [che] più li piace, li comanda vada a dormire seco quella

notte. Finito lo mangiare, se lui comanda che queste mangino insieme, lo fanno: se non, ognuna va

[a] mangiare ne la sua camera. Niuno senza licenza del re le può vedere; e se alcuno è trov ato o di

giorno o di notte appr esso la casa del re, è ammazzato. Ogni famiglia è obbligata de dare al re una e

due figliuole. Questo re aveva ventisei figliuoli, otto maschi, lo resto femmine.

Dinanzi a questa isola ne è una grandissima, chiamata Giailolo, che è abitata da Mori e da

Gentili. Se trovorono due re fra li Mori, sì come me disse il re, [che] uno aveva avuto seicento

figliuoli, e l'altro cinquecento e venticinque. Li Gentili non teneno tante donne, nè viveno con tante

superstizioni; ma adorano la prima cosa ch e v edono la mattina, quando escono fora de casa, per

tutto quel giorno. Il re de questi Gentili, detto raià Papua, è ricchissimo de oro e abita dentro in la

isola. In questa isola de Giailolo nascono sopra sassi vivi canne grosse come la gamba, pien e de

acqua molto buona da bere: ne compravamo assai da questi popoli.

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Marti, a dodici di novembre, il re fece fare in uno giorno una casa n e la città per la nostra

mercanzia. Glie la portassemo quasi tutta e per gu ardia de quella lasciassimo tre uomini de li nostr i,

e subito cominciassemo a mercadantare in questo modo: Per X b raccia de panno rosso assai buono

ne davano uno bahar de garofoli, che è quattro quintali e sei libbre (un quintale è cento libbre): per

quindici braccia de panno non troppo bono un bahar; per quindici accette uno bahar: per

trentacinque bicchieri di vetro uno bahar (il re li ebbe tutti): per diciassette catili de ceneprio uno

bahar; per diciassette catili de argento vivo uno bahar; per ventisei braccia de tela uno bahar; per

venticinque braccia de tela più sottile uno bahar; per centocinquanta coltelli uno bahar; per

cinquanta forbici uno bahar; per quaranta bonetti uno bahar; per X panni de Guzerati uno bahar; per

tre di quelle sue bo rchie due bahar; per un quintal de metallo uno bahar. Tutti li specchi erano rotti,

e li pochi buoni li volse il re. Molte de queste cose erano di quelli giunchi [che] avevamo presi. La

prestezza di venire in Spagna ne fece dare le nostre mercanzie per miglior mercato [che] non

averessimo fatto. Ogni giorno venivano alle navi tante barche, p iene de capre, galline, fichi, cocchi

e altre cose da mangiare, che era una meraviglia. Fornissemo le navi de acqua buona. Questa acqu a

nasce calda, ma se sta per spazio d'una ora fuo ra del suo fonte diventa frigidissima. Questo è perchè

nasce nel monte delli garofoli, al contrario como se diceva in Ispagna, l'acqua esser portata a

Maluco da longe parti.

Mercore lo re mandò suo figliuolo, detto Mossahap, a Mutir per garofoli, acciò più presto ne

fornisseno. Oggi dicessemo al re come avevamo presi certi Indi; rengraziò molto Iddio e dissene li

facessimo tanta grazia [che] gli dessemoli prigioni, perchè li manderebbe ne le sue terre, con cinque

uomini de li sui per manifestare del re di Spagna e de sua fama. Allora gli donassemo le tr e donne,

pigliate in nome de la reina per la cagione già detta. Il giorno seguente li appresentassemo tutti li

presoni, salvo quelli de Burne. Ne ebbe grandissimo piacere. Da poi ne disse dovessemo, per suo

amore, ammazzare tutti li porci [che] avevamo nelle mani, perchè ne darebbe tante capre e galline.

Gli ammazzassemo per farli piacere e li appiccassimo sotto la coverta. Quando costoro per

avventura li vedevano, se coprivano lo volto per non vederli, nè sentire lo suo odore.

Sul tardi del medesimo giorno venne in uno prao Pietro Alfonso portoghese; e non essendo

ancora dismontato, il re lo mandò a chiamare e ridendo dissegli, se lui era ben de Tarenate, n e

dicesse la verità de tutto quello che li domandassemo. Costui disse come già [da] sedici anni stava

ne la India, ma X in Maluco, e tanti erano che Maluco stava descop erto ascosamente. Ed era un

anno, manco quindici giorni, che venne una nave grande de Malacca quivi, e se partitte caricata de

garofoli, ma per li mali tempi restò in Bandan alquanti mesi, de la quale era capitano Tristan de

Meneses porto ghese; e come lui li domandò che nove erano adesso in Cristianità, li disse come er a

partita una armata de cinque navi da Siviglia per descoprire Maluco in nome del re di Spagna,

essendo capitano Fern ando de Magallianes portoghese; e come lo re di Portogallo, p er dispetto ch e

uno Portoghese li fosse contra, aveva mandate alquante nave al capo de Bona Speranza e altre tante

al capo de Santa Maria, dove stanno li Cannibali, per vietargli lo passo, e come non lo trovò. Poi el

re di Portogallo aveva inteso come lo detto capitano aveva passato per un altro mare e andava a

Maluco; subito scrisse al suo capitano maggior e de la India, chiamato Diego Lopez de Sichera,

mandasse sei navi a Maluco; ma per causa del Gran Turco che veniva a Malacca non le mandò

perchè gli fu forza mandare contro lui sessanta v ele al stretto de la Mecca nella terra de Giuda, li

quali non trovarono altro , solamente alquante galere in secco ne la riva d e quella fo rte e bella città

de Aden, le quali tutte brusorono. Dopo qu esto mandava contro a noi, a Maluco, uno gran galeone

con due mani de bombarde; ma per certi bassi e correnti de acqua, che sono circa a Malacca e venti

contrari, non potè passare e tornò indietro. Lo capitano de questo galeone era Francesco Faria

portoghese; e come erano pochi giorni che una caravella con due giunchi erano stati quivi per

intendere di noi. Li giunchi andarono a Bachian per caricare garofoli con sette Portoghesi. Questi

Portoghesi per non avere rispetto a le donne del re e de li suoi (lo re li disse più volte non facessero

tal cosa, ma loro non volendo restare) furono ammazzati. Quando quelli della caravella intesero

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questo, subito tornarono a Malacca, e lasciarono li giunchi con quattrocento bahar de garofoli e

tanta mercanzia per comperare altri cento bahar. E come ogni anno molti giunchi vèneno de

Malacca a Bandan per pigliare matia e noci moscate, e da Bandan a Maluco per garofoli; e come

questi popoli vanno con questi sui giunchi da Maluco a Bandan in tre giorni, e da Bandan a Malacca

in quindici; e come el re de Portogallo già [da] X anni godeva Maluco ascosamente, acciò lo re de

Spagna nol sapesse.

Costui stette con noi altri insino a tre ore de notte e dissene molte altre cose. Operassemo tanto

che costui, promettendogli buon soldo, ne promise de venire con noi in Spagna.

Venere, al 15 de novembre, il re ne disse come andava a Bachian per pigliare de quelli

garofoli lasciati da li Portoghesi. Ne dimandò due presenti per darli a li due governatori de Mutir in

nome del re di Spagna; e passando per lo mezzo de le navi, volse vedere come tirav ano li

schioppetti, le balestre e li versi, che sono maggiori d'uno archibuso. Tirò lui tre volte la balestra,

perchè gli piaceva più che li schioppetti.

Sabato lo re moro de Giailolo venne a le navi con molti prao, al quale donassemo uno saio de

damasco verde, due braccia de panno rosso, specchi, forbici, coltelli, pettini e due bicchieri dorati.

Ne disse [che] , perchè erano amici del re de Tadore, èramo ancora suoi, perchè amavalo come uno

suo proprio figliuolo; e, se mai alcuno de li nostri andasseno in sua ter ra, li farebbe grandissimo

onore.

Questo re è molto vecchio, e temuto per tutte queste isole per essere molto potente, e chiamase

raià Iussu.

Questa isola de Giailolo è tanto grande che tardano quattro mesi a circondarla con uno pr ao.

Domenica mattina questo medesimo re venne a le navi; e volse vedere in che modo

combattevamo e come scaricavamo le nostre bombarde, del che pigliò grandissimo piacere e subito

partì. Costui, come ne fu detto, era stato nella sua gioventù grandissimo combattitore.

Nel medesimo giorno andai in terra per vedere come nascevano li garofoli. Lo albero suo è

alto e grosso come un uomo al traverso nè più nè meno: li suoi rami [si] spandono alquanto largo

nel mezzo, ma nella fine fanno in modo de una cima. La sua foglia è come quella del lauro: la

scorza è olivastra. Li garofoli vengono in cima de li rametti, dieci o venti insieme. Questi alber i

fanno sempre quasi più da una banda che de l'altra, secondo li tempi. Quando nascono li garofoli

sono bianchi [quando sono] maturi rossi, e secchi negri. Se coglieno due volte l'anno, una de la

natività del Nostro Redentore, l'altra in quella de Sancto Gioan Battista, perchè in questi due tempi è

più temperato l'aere: ma più in quella del Nostro Redentore. Quando l'anno è più caldo e con manco

piogge, se coglieno trecento e quattrocento bahar in ogni una de queste isole. Nascono solamente ne

li monti, e se alcuni de questi arbori sono piantati al piano, appresso li monti, non vivono. La sua

foglia, la scorza e il legno verde è così forte co me li garofoli. Se non si coglieno quando sono

maturi, diventano gr andi e tanto duri, che non è bono altro de loro, se non la sua scorza. Non

nascono al mondo altri garofoli, se non in cinque monti de queste cinque isole. Se ne trovano b en

alcuni in Giailolo e in una isola piccola fra Tadore e Mutir, detta Mate, ma non sono buoni.

Vedevamo noi quasi ogni giorno una nebula discendere e circondare l'uno o l'altro de questi monti,

per il che li garofoli diventano perfetti. Ciascuno de questi popoli hanno de questi arbori e ogni uno

custodiscono li sui; ma non li coltivano.

In questa isola se trovano alcuni alberi di noce moscata. L'albero è come le nostre noghere e

con le medesime foglie; la noce qu ando se coglie, è grand e come uno cotogno piccolo, con quel

pelo e del medesimo colore. La sua prima scorza è grossa come lo verde de le nostri noci; sotto d e

questa è una tela sottile, sotto la quale sta la matia, rossissima, rivolta intorno la scorza della noce, e

de dentro de questa è la n oce moscata.

Le case de questi popoli sono fatte come le altre, ma non così alte da terra, e sono circondate

da canne, in modo de una sieve.

Queste femmine sono brutte, e vanno nude come le altre, con qu elli panni de scorza de albero.

Fanno questi panni in tal modo: pigliano uno pezzo di scorza e lo lasciano nell'acqua fin che diventa

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molle; e poi lo batteno con legni e lo fanno lungo e largo come vogliono: diventa come uno velo de

seta cruda con certi filetti de dentro che pare sia tessuto. Mangiano pane di legno de albero, come la

palma, fatto in questo modo: pigliano un pezzo de questo legno molle e gli cavano fuora certi spin i

negri lunghi; poi lo pestano e così fanno lo pane. L'usano quasi solo per portare in mare e lo

chiamano sagu. Questi uomini vanno nudi come gli altri; ma sono tanto gelosi de le sue moglie, che

non volevano andassemo noi in terra con le braghette discop erte, perchè dicev ano le sue don ne

pensare noi sempre essere in ordine.

Ogni giorno veniv ano da Tarenate molte barche caricate di garofoli; ma, perchè aspettavamo

il re, non contrattavamo altro se non vettovaglia. Quelli de Tarenate se lamentavano molto, perch è

non volevamo contrattare con loro. Domenica de notte, a ventiquattro de novembre, venendo al luni,

lo re venne sonando con borchie e, passando per mezzo le navi, discaricassemo molte bombarde. Ne

disse [che] in fine a quattro giorni veniriano molti garofoli. Luni lo re ne mandò settecento e

novanta uno cathili de garofoli senza levare la tara. La tara è pigliare le spezierie per manco de quel

che pesano, perchè ogni giorno se seccano de più. Per essere li primi garofoli [che] avevamo messi

ne le navi, discaricassemo molte bombarde. Quivi chiamano li garofoli ghomode; in Sarangan i,

dove pigliassimo li due piloti, bonghalavan, e in Malacca chianche.

Marti, a ventisei di novembre, el re ne disse come non era costume de alcuno re partirsi de la

sua isola: ma lui se era partito per amore d el re de Castiglia e perchè andassemo più presto in

Spagna e retornassimo con tante navi, che potessero vendicare la morte de suo padre, che fu

ammazzato in una isola chiamata Buru e poi buttato nel mare. E dissene, come era usanza, quando li

primi garofoli erano posti ne le navi, ovvero ne li giunchi, lo re fare un convito a quelli de le navi e

pregare lo suo Dio li conducesse salvi ne lo suo porto: e anche lo volea fare per cagione del r e

Bachian e uno suo fratello, che venivano per visitarne: faceva nettare le vie.

Alcuni de noi, pensando qualche tradimento, perchè quivi, dove pigliavamo l'acqua, furono

ammazzati da certi de questi, ascosi ne li boschi, tre Portoghesi de Francesco Serrano, e perchè

vedevamo questi Indi susurrare con li nostri prigioni, dicessemo, contra alquanti volonterosi de

questo convito, non se dovere andare in terra per convito, ricordandogli de quello altro tanto

infelice.

Facessemo tanto [che] se concluse de mandare [a] dire al re venisse presso a le navi perchè

volevamosi partire e consegnarli li quattro uomini promessi con altre mer canzie. Il re subito venne

e, entrando ne le navi, disse ad alcuni sui, [che] con tanta fiducia entrava in queste come ne le sue

case. Ne disse essere grandemente spaventato per volerne partire così presto, essendo il termine de

caricare le navi trenta giorni, e non essersi partito per farne alcun male, ma per fornire più presto le

navi de garofoli; e come non se dovevamo partire allora, per non essere ancora lo tempo [de]

navigare per queste isole et per li molti bassi [che] se trovano circa Bandan e perchè facilmente

avressimo potuto incontrarsi [in] qualche nave de Portoghesi. E se pur era la nostra opinione de

partirsi allora, pigliassemo tutte le nostre mer cadanzie, perchè tutti li re cinconvicini direbbono il re

di Tadore avere ricevuto tanti presenti da uno sì gran re e lui non averli dato cosa alcuna, e

penserebbero noi essersi partiti per paura de qualche inganno, e sempre chiamerebbeno lui per uno

traditore.

Poi fece portare lo suo Alcorano, e prima baciandolo e mettendoselo quattro o cinque volte

sovra il capo e dicendo fra sè certe parole (qu ando fanno così chiamano zambahean), disse in

presenza de tutti che giurava per Allà e per lo Alcorano che av eva in mano, sempre volere essere

fedele amico al re di Spagna. Disse tutto questo quasi piangendo. Per le sue buone parole li

promettessimo de aspettare ancora quindici giorni. Allora li dessemo la firma del re e la bandiera

reale. Niente di meno intendessemo poi, per buona via, alcuni principali di queste isole averli detto

ne dovesse ammazzare, perchè farebbe grandissimo piacere a li Portoghesi e come loro

perdoneriano a quelli de Bachian: e il re averli risposto [che] non lo faria per cosa alcuna,

conoscendo lo re de Spagna e avendone data la sua pace.

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Mercore, a ventisette de novembre, dopo disnare, lo re fece fare un bando a tutti quelli [che]

avevano garofoli, li potesseno portare ne le navi. Tutto questo giorno e l'altro contrattassemo

garofoli con gran furia. Venere, sul tardi, venne lo governatore de Machian con molti prao. Non

volse desmontare in terra, perchè stavano ivi suo padre e uno suo fratello banditi da Machian. Il

giorno segu ente lo nostro re con lo governatore suo nepote, entrarono n e le navi. Nui, per non aver

più panno, ne mandò a torre tre braccia del suo e ne 'l dette, lo quale con altre cose donassemo al

governatore. Partendose, se discaricò molte bombarde. Dappoi lo re ne mandò sei braccia de panno

rosso, acciò lo donassemo al governatore. Subito lo gli presentassemo, per il che ne ringraziò molto

e disse ne manderebbe assai garofoli. Questo governatore se chiama Humar ed era forse de

venticinque anni.

Domenica, primo de dicembre, questo governatore se partì. Ne fu detto il re de Tadore avergli

dato panni de seta e alcune de quelle borchie, acciò costui più presto li mandasse li garofoli. Luni il

re andò fuori de la isola per garofoli. Mer core mattina, per essere giorno de Santa Barb ara e per la

venuta del re, se descaricò tutta l'artiglieria. La notte lo re venne nella riva e volse vedere come

tiravamo li rocchetti e bombe da fuoco, del che lo re pigliò gran piacere. Giove e venere se comperò

molti garofoli così ne la città, come ne le navi. Per quattro braccia de frisetto ne davano uno bahar

de garofoli; per due catenelle de lattone, che valevano uno marcello, ne dettero cento libbre de

garofoli; infine per non avere più mercad anzie, ognuno li dava chi le cappe, e chi i sai, e chi le

camicie con altri vestimenti per avere la sua quintalata. Sabato tre figlioli del re di Tar anate con tre

sue mogli, figliole del nostro re, e Pietro Alfonso portoghese venirono a le navi. Donassemo a o gni

uno de li tre fratelli un bicchier de vetro dorato, a le tre donne forbici e altre cose. Qu ando se

partirono furono scaricate molte bombarde. Poi mandessemo in terra a la figliola del nostro re, già

moglie del re di Taranate, molte cose, per chè non volse vegnire con le altre a le navi. Tutta questa

gente, così uomini come donne, vanno sempre descalzi.

Domenica, a otto de dicembre, per essere giorno della Concezione, se scaricò molte

bombarde, rocchetti e bombe di fuoco. Luni, sul tardi, lo re venne a le navi con tre femmine, [che] li

portavano il betre. Altri non può menare seco donne se non il re. Dopo venne il re de Giailolo, e

volse vedere noi un'altra fiata combattere insieme. Dopo alquanti giorni il nostro re ne disse lui

assimigliare uno fanciullo che lattasse e conoscesse la sua dolce madre e, quella partendosi, lo

lasciasse solo; maggiormente lui r estare desconsolato, perchè già aveva co nosciuto e gustato alcune

cose di Spagna e perchè dovevamo tardare molto al ritornare, carissimamente ne pregò li

lasciassimo per sua defensione alquanti de li versi nostri, e ne avvisò, quando fossimo partiti,

navigassemo se non de giorno, per li molti bassi [che] sono in queste isole.

Li respondessimo, [che] se volevamo andar in Spagna, ne era forza navigare de giorno e de

notte. Allora disse farebbe per noi ogni giorno orazione al suo Iddio, acciò ne conducesse a

salvamento. E dissene come doveva venire lo re de Bachian per maritare uno suo fratello con una de

le sue figliuole: ne pregò volessemo far alcuna festa in segno de allegrezza, ma non scaricassemo le

bombarde grosse, perchè farebbero gran danno a le navi, per essere caricate in questi giorni.

Venne Pietro Alfonso portoghese con la sua donna e tutte le altre sue cose a stare ne le navi.

De li a due giorni venne a le navi Chechil de R oix, figliolo del re de Tarenate, in un prao ben fornito

e disse al Portoghese [che] discendesse un poco al suo prao; li rispose [che] non li voleva

discendere, perchè veniva nosco in Spagna. Allora lui volse entrare ne le navi; ma noi non lo

volsemo lasciar entrare. Costui, per essere grande amico del capitano de Malacca, portoghese, era

venuto per pigliarlo, e gridò molto a qu elli [che] stanziavano appresso il Portoghese, per chè lo

avevano lasciato partire senza sua licenza.

Domenica, a quindici de dicembre, sul tardi il re de Bachian e il suo fratello venirono in uno

prao con tre mani di vogatori per ogni banda; erano [in] tutti cento e venti, con molte bandiere de

piuma de pappagallo bianche, gialle e rosse e con molti suoni de quelle borchie, perchè a questi

suoni li vogatori vogano a tempo: e con due altri prao de donzelle per presentarle a la sposa. Quando

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passarono appresso le navi, li salutassemo con bombarde, e loro per salutarne circondorono le navi e

il porto.

Il re nostro, per essere costume nessuno r e discendere ne le terre de altrui, venne per

congratularse seco. Quando il re de Bachian lo vide venire, se levò dal tappeto dove sedeva, e posesi

de una banda; il nostro re non volse sedere sovra lo tappeto, ma dall'altra parte; e così niuno stava

sopra lo tappeto.

Il re de Bachian dette al nostro re cinquecento patolle, perchè desse sua figlia per moglie al

suo fratello. Queste patolle sono panni de oro e de seta fatti nella Cina e molto pregiati fra costoro.

Quando uno de qu esti muore, li altri suoi, per fargli più onore, se vestono de questi panni. Dànno,

per uno de questi, tre bahar de garofoli e più e meno, secondo che sono.

Luni il nostro re mandò uno convito al re de Bachian per cinquanta donne, tutte vestite de

panni de seta, da la cinta fino al ginocchio. Andavano a due a due con uno uomo in mezzo de loro.

Ognuna portava uno piatto grande, pieno di altri piattelli de diverse vivande. Li uomini portavano

solamente lo vino in vasi grandi. Dieci donne de le più vecchie erano le mazziere. Andarono in

questo modo fino al prao e appr esentarono ogni cosa al r e, che sedeva sovra lo tappeto sotto uno

baldacchino rosso e giallo.

Tornando costoro indietro, pigliarono alcuni de li nostri e se loro volsero essere liberi li

bisognò darli qualche sua cosetta.

Dopo questo il re nostro ne mandò capre, cocchi, vino e altre cose. Oggi mettessemo le vele

nuove a le navi, ne le quali era una croce de Santo Iacobo de Gallizia, con lettere che dicevano:

questa è la figura de la nostra buona ventura.

Marti donassemo al nostr o re certi pezzi de artiglieria come archibusi, che avevamo pigliati in

questa India, e alcuni pezzi de li nostri con quattro barili de polvere. Pigliassemo quivi ottanta botti

de acqua per ciascuna nave. Già [da] cinque giorni lo re aveva mandato cento uomini a far legno per

noi a la isola di Mare, perchè conv enivamo passare per ivi.

Oggi lo re de Bachian con molti altri de li suoi discendette in terra per fare pace con noi.

Dinnanzi de lui andavan o quattro uomini con stocchi dritti in mano. Disse, in presenza del nostro re

e de tutti li altri, come sempre starebb e in servizio del re di Spagna e salvaria in suo nome li

garofoli, lasciati da li Portoghesi, finchè venisse un'altra nostra armata, e mai li darebbe a loro senza

lo nostro consentimento.

Mandò a donare al re di Spagna uno schiavo, due bahar de garofoli (glie ne mandava X, ma le

navi per essere troppo caricate non li poterono portare), e due uccelli morti, bellissimi. Questi

uccelli sono grossi come tordi, hanno lo capo piccolo con lo becco lungo; le sue gambe sono lunghe

un palmo e sottile come un calamo; non hanno ali, ma in luo go di quelle, penne lunghe de div ersi

colori come gran pennacchi: la sua coda è come quella del tordo: tutte le altre sue penne, eccetto le

ali, sono del colore de taneto, e mai non volano se non quando è vento.

Costoro ne dissero questi uccelli venire dal paradiso terrestre e li chiamano bolon dinata, cioè

uccelli de Dio.

Ognuno de li re de Maluco scrissero al re de Spagna che sempre volevano esserli suoi veri

sudditi. Il re de Bachian era forse de settanta anni: e aveva questa usanza: quando voleva andare a

combattere, ovvero a far e qualche altra cosa importante, prima se lo faceva fare due o tre volte d a

uno suo servitore che nol teneva ad altro effetto se non per questo.

Un giorno il nostro re mandò a dire a quelli nostri, che stavano nella casa della mercanzia,

[che] non andasseno d e notte fuora de casa, per certi de li suoi uomini, che se on geno e vanno de

notte e pareno siano senza capo. Qu ando uno de questi trova uno de li altri, li tocca la mano e glie la

unge un poco dentro: subito colui se inferma e fra tre o quattro giorni muore: e quando questi

trovano tre o qu attro insieme, non gli fanno altro male, se non che l'imbalordiscono. E lui ne avev a

fatto impiccare molti.

Quando questi popoli fanno una casa di nuovo, prima [che] li vadano ad abitare dentro, li

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fanno fuoco intorno e molti conviti; poi attaccano al tetto de la casa un poco d 'ogni cosa [che] si

trova ne la isola, acciò non possino mai mancare tal cose a gli abitanti. In tutte queste isole se trov a

gingero; noi lo mangiavamo verde, come pane.

Lo gingero non è albero, ma una pianta piccola, che pullula fuori de la terra certi coresini

lunghi un palmo, come quelli de le canne e con le medesime foglie, ma p iù strette. Questi coresini

non valeno niente; ma la sua radice è il zenzero, e non è così forte verde come secca. Questi popoli

lo seccano in calcina, perchè altrimenti non durerebbe.

Mercore mattina, p er volerse partire de Maluco, il re de Tadore, qu el re Giailolo, quel de

Bachian e uno figlio del re de Tarenate, tutti erano venuti per accompagnarne infino a l'isola de

Mare. La nave Victoria fece vela e discostossi alquanto aspettando la nave Trinitade: ma questa, non

potendo levare l'an cora, subito fece acque nel fondo. Allora la Victoria tornò al suo luogo, e subito

cominciammo a scaricare la Trinitade per vedere se potevamo rimediarli. Si sentiva venire dentro

l'acqua, come per un cannone, e non trovammo dove la entrava. Tutto oggi e il dì seguente non

facessemo altro si non dare alla pompa, ma niente li giovavamo.

Il nostro re, intendendo questo, subito venne ne la nav e e se affaticò per vedere dove veniva

l'acqua. Mandò nell'acqua cinque de li suoi per vedere se avessemo potuto trovare la fessura.

Stetteno più di mezz'ora sott'acqua e mai la trovarono. Vedendo il re costoro non potere giovare e

ogni ora crescere più l'acqua, disse quasi piangendo [che] manderebbe al capo de la isola per tre

uomini, [che] stavano molto sotto acqua.

Venere mattina, a buona ora, venne lo nostro re con li tre uomini e presto mandolli ne l'acqua

con li capelli sparsi, acciò con quelli trovassero la fessura. Costoro stettero una buona ora sotto

acqua e mai la trovarono. Il re, quando vide non poterli trovare rimedio, disse piangendo: chi anderà

mo' in Spagna dal mio signore a darli nuova di me? Li rispondessimo che andarebbe la Victoria per

non perd ere li levanti, li quali cominciavano; e la altra, fin [che] se conciasse, aspetterebbe li

ponenti e poi andaria al Darien, che è ne l'altra parte del mondo ne la terra de Diucatan.

Il re ne disse [che] aveva duecentoventicinque marangoni, che farebbono il tutto; e li nostri

che r estavano ivi li tenirebbe como suoi figli e non se affaticarebbono, se non due in comandare a li

marangoni come dovessero fare. Diceva qu este parole con tanta passione, che ne fece tutti piangere.

Noi della nave Victoria, dubitando se aprisse la nave per esser troppo caricata, la alleggerissimo de

sessanta quintali de garofoli, e questi facessemo portare ne la casa, dove erano li altri. Alcuni de la

nostra nave volsero r estare quivi, per paura che la nave non potesse durare sino in Ispagna: ma

molto più per paura de morire de f ame.

Sabato, a vintuno de dicembre, giorno de San Tommaso, il re nostro venne a le navi e ne

consegnò li due piloti [che] avevamo pagati, perchè ne conducessero fuora de queste isole; e dissene

come allora era buon tempo de partirse; ma per lo scrivere de li nostri in Spagna, non ne partissemo

se non a mezzodì. Venuta l'ora, le navi pigliarono licenza l'una dall'altra con scaricare le bombard e,

e parev a loro lamentarsi per la sua ultima partita.

Li nostri ne accompagnarono un poco con loro battello, e poi con molte lagrime e

abbracciamenti, se dipartissemo. Lo governatore del re venne con noi infino a la isola del Mare.

Non fossimo così presto giunti [che] comparsero quattro prao carichi di legna, e in manco d'una ora,

caricassemo la nave, e subito pigliassemo la via del garbin. Quivi restò Giovan Carvajo con

cinquanta persone de li nostri; noi èramo quarantasette e tredici Indi.

Questa isola de Tadore tiene episcopo e allora ne era uno che aveva quaranta mogli e

assaissimi figliuoli.

In tutte queste isole de Maluco se trovano garofoli, zenzero, sagu (quel suo pane di legno),

riso, capre, oche, galline, cocchi, fichi, mandorle più grosse de le nostre, pomi granati dolci e garbi,

aranci, limoni, patate, miele de api piccole come formiche, le qu ali fanno lo miele ne li arbori, canne

dolci, olio de cocco e de gion gioli, meloni, cocomeri, zucche, uno frutto rinfrescativo grande come

le angurie, detto comulicai, e un altro frutto, quasi come lo persico, detto guane; e altre cose da

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mangiare. E se li trovano papagalli de diverse sorte; ma fra le altre alcuni bianchi chiamati cathara, e

alcuni tutti rossi, detti nori: e uno de questi rossi vale un bahar de garofoli, e parlano più

chiaramente ch e li altri. Sono forse cinquanta anni che questi Mori abitano in Maluco: prima lì

abitavano Gentili e non apprezzavano li garofoli. Gli ne sono ancora alcun i; ma abitano ne li monti,

dove nascono li garofoli.

La isola de Tadore sta de latitudine al polo Artico in ventisei minuti; e de longitudine de la

linea de repartizione in cento e sessantuno grado, e lungi de la prima isola dell'Arcipelago, detta

Zanial, nove gradi e mezzo, a la quarta del mezzo giorno e tramontana verso greco e garbin.

Terenate sta di latitudine all'Artico in due terzi. Mutir sta precisamente sotto la linea equinoziale.

Macian sta al polo Antartico in un quarto e Bachian ancora lui all'Antartico in un grado. Tarenate,

Tadore, Mutir e Machian sono quattro monti alti e pontini, ove nascono li garofoli. Essendo in

queste quattro isole, non se vede Bachian; ma lui è maggiore de ciascuna de queste quattro isole e il

suo monte de li garofoli non è così pontino come li altri, ma più grande.

VOCABOLI DI QUESTI POPOLI MOR I

Al suo dio = Allà.

Al mento = aghai.

Al cristiano = naceram.

A la barba = ianghut.

Al turco = riunno.

A li mustacchi = missai.

Al moro mussulmano = Isilam.

A la mascella = pipi.

Al Gentile = Cafre.

A le orecchie = talingha.

Alle sue maschite = mischit.

A la gola = laher.

A li sui preti = maulana catip mudir.

Al collo = tundun.

A li uomini sapienti = horan panditu.

A le spalle = balachan.

A li uomini sui devoti = mossai.

Al petto = dada.

A le sue cerimonie = zambahe tan de alà

Al core = atti.

meschit.

A la mammella = sussu.

Al padre = bapa.

Al stomaco = parut.

A la madre = mama ambui.

Al corpo = tundunbutu.

Al figliolo = anach.

Al membro = botto.

Al fratello = sandala.

A la natura de le donne = bucchii.

Al fratello de questo = capatin muiadi.

Al usar con loro = amput.

Al germano = sandala sopopu.

A le natiche = buri.

A l'avo = niny

A la gamba = mina.

Al suocero = minthua.

Al stinco de la gamba = tula.

Al genero = minanthu.

A la sua polpa = tilorchaci.

Al uomo = horan.

A la caviglia del piè = buculali.

A la femmina = poranpoan.

A le cosce = taha.

A li capelli = lambut.

Al calcagno = tumi.

Al capo = capala.

Al piede = batis.

Al fronte = dai.

A le suole del piede = emparchaqui.

A l'occhio = matta.

A la unghia = cuchu.

A le ciglie = quilai.

Al braccio = langhan.

A le palpebre = cenin.

Al gomito = sichu.

Al naso = idon.

A la mano = tanghan.

A la bocca = mulut.

Al dito grosso de la mano = idun tanghan.

A li labbri = bebere.

Al secondo = tangu.

A li denti = gigi.

Al terzo = geri.

A le gengive = issi.

Al quarto = mani.

A là lingua = lada.

Al quinto = calinchin.

Al palato = langhi.

Al riso = bugax.

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Al cocco in Maluco et in Burne = biazzao.

Al panno bianco = cain pute.

Al cocco in Luzon = mor.

Al panno verde = cain igao.

Al cocco in Giava maggiore = calambil.

Al panno giallo = cain cunin.

Al fico = pizam.

Al bonnet = cophia.

A le canne dolci = tubu.

Al coltello = pixao.

A le patate = gumbili.

A la forbice = guntin.

Al melone = antimon.

Al specchio = chiela min.

A le radici come rap e = ubi.

Al pettine = sissir.

A le chiachiare = mandicai sicui.

Al cristallino = manich.

A le angurie = labu.

Al sonaglio = giringirin

A la vacca = lambu.

A l'anello = sinsin.

Al porco = babi.

A li garofoli = ghianche.

Al bufalo = carban.

A la cannella = caiumanis.

A la pecora = biri.

Al pevere = lada.

A la capra = cambin.

Al pevere lungo = sabi.

Al gallo = sanbunghan.

A la noce moscata = buapala gosoga.

A la gallina = aiambatina.

Al filo di rame = canot.

Al cappone = gubili.

Al piatto = inghan.

A l'ovo = talor.

A la pignatta = prin.

A l'ocato = itich.

A la scodella = manchu.

A l'oca = ansa.

Al piatto de legno = dulan.

A l'uccello = bolon.

A la conca = calunpan.

A l'elefante = gagia.

A le sue misure = socat.

Al cavallo = cuda.

A la terra = buchit.

Al leone = huriman.

A la terra ferma = buchit tana.

Al cervo = roza.

A la montagna = gonun.

Al cane = cuin.

A la pietra = batu.

Alle api = haermadu.

A l'isola = polan.

Al miele = gulla.

A un capo de terra = tanun buchit.

A la cera = lelin.

Al fiume = songhai.

A la candela = dian.

Como se chiama questo? = apenamaito.

Al suo stoppino = sumbudian.

A l'olio de cocco = mignach.

Al fuoco = appi.

A l'olio de giongioli = lana lingha.

Al fumo = asap.

Al sale = garan sira.

A la cenere = abu.

Al muschio e al suo animale = castori.

Al cucinato = azap.

Al legno che mangiano li castori = comarn.

Al molto cucinato = lambech.

A la sansuga = linta.

A l'acqua = tubi.

Al zibetto = jabat.

A l'oro = amax.

Al gatto che fa lo zibetto = mozan.

A l'argento = pirac.

Al reobarbaro = calama.

A la pietra preziosa = premata.

Al demonio = saytan.

A la perla = mutiara.

Al mondo = bumi.

A l'argento vivo = raza.

Al fromento = gandun.

Al metallo = tumbaga.

Al dormire = tidor.

Al ferro = baci.

A le stuoie = tical.

Al piombo = tima.

Al cuscino = bantal.

A le sue borchie = agun.

Al dolore = bachet.

A lo cenaprio = galvga sadalinghan

A la sanitate = baii.

A l'argento = soliman da nas.

Alla setola = cupia.

Al panno de seta = cain sutra.

Al sparaventolo = chipas.

Al panno rosso = cain mira.

A li suoi panni = chebun.

Al panno negro = cain ytam.

A le camice = bain.

44



A le sue case = pati alam.

Al legno = caiu.

A l'anno = taun.

Al stentar = caraiar.

Al mese = bullan.

Al salassare = buandala.

Al dì = alli.

A la vena del braccio d ove se salassa = vrat

A la notte = mallan.

paratanghan.

Al tarde = malamari.

Al sangue che vien fora dal braccio = dara

Al mezzodì = tamhahari.

carnal.

A la mattina = patan patan.

Al sangue buono = dara.

Al sole = malahari.

Quando starnutano dicono: ebarasai.

A la luna = bulan.

Al pesce = ycam.

A la mezzaluna = tanan patbulan.

Al polpo = calabutan.

A le stelle = bintan.

A la carne = dagni.

Al cielo = languin.

Al corniolo = cepot.

Al trono = gunthur.

Poco = serich.

Al mercadante = sandagar.

Mezzo = sathana sapanghal.

A le città = naghiri.

Al freddo = dinghin.

Al castello = cuta.

Al caldo = panas.

A la casa = rinna.

Lungi = jan.

Al sedere = duodo.

A la verità = benar.

Siediti gentiluomo = duodo, orancaia.

A la bugia = dusta.

Siediti uomo da bene = duodo, orambai et

Al rubare = manchiuri.

anan.

A la rogna = codis.

Signor = tuan.

Piglia = na.

Al putto = cana cana.

Dammi = ambil.

A un suo allievo = lascar.

Grasso = gamuch.

Al schiavo = alipin.

Magro = golos.

Al sì = ca.

Al cappello = tandun capala.

Al no = tida.

Quanti = barapa.

A l'intendere = thao.

Una fiata = statu chali.

Al non intendere = tida taho.

Uno braccio = dapa.

Non mi guardare = tida liat.

Al parlare = catha.

Guardami = liat.

A quivi = sivi.

A essere una medesima cosa = casi, casi;

A là = sana datan.

siama siama.

Bongiorno = salamalichum.

All'ammazzare = mati.

Al rispondere = alichum salam.

A la magalda = sondal.

Signori, bon prò vi faccia = mali horancaia

Al mangiare = macan.

macan.

Al cucchiaro = sandoch.

Già ho mangiato = suda macan.

Grande = bassal.

Uomo, levati di lì = pandan chita oran.

Longo = pangian.

Al disdisidare = banum chan.

Piccolo = chechil.

Buona sera = sebalchaer.

Corto = pandach.

Al risponder = chaer sandat.

All'avere = ada.

Al dare = minta.

Al non avere = tida hada.

Al dare ad alcuno = bripocol.

Signor, ascolta! = tuan diam.

A li ceppi de ferro = balanghu.

Dove viene il giunco? = dimana a juin.

Oh come puzza! = bossochini.

A la gucchia da cucire = talun.

All'uomo giovane = horan muda.

Al cucire = banan.

Al vecchio = tua.

Al filo da cucire = pintal banan.

Al scrivano = xiritoles.

A la scuffia d el capo = dastar capala.

A la carta = cartas.

Al re = raià.

Al scrivere = mangurat.

A la regina = putli.

A la penna = calam.

45



A l'inchiostro = danat.

A essere amico = pugna.

Al calamaro = padantan.

Due cose = malupho.

A la lettera = surat.

Sì = one.

Non lo ho = guala.

Al rufo = zoroan pagnoro.

Vien qui = camarj.

A darse piacere = mamain.

Che volete? = appa man?

Al matto = gila.

Che mandate? = appa ito?

A l'interprete = giorobaza.

Al porto de mare = labuan.

Quanti linguaggi sai? = barapa bahasa tan?

A la galera = gurap.

Molti = bagna.

A la nave = capal.

Al parlare de Malacca = chiaramalaiu.

A la prora = allon.

Dove sta colui? = dimana horan?

A la poppa = biritan.

A la bandiera = tonghol.

Al navigare = belaiar.

Adesso = sacaran.

Al suo arbore = tian.

Da mattina = hezoch.

A l'antenna = laiar.

L'altro giorno = luza.

Alle sartie = tamira.

Ieri = calamari.

A la vela = leier.

Al martello = palmo colbasi.

A la gabbia = simbulaia.

Al chiodo = pacu.

A la corda d e l'ancora = danda.

Al mortaro = lozon.

A la ancora = san.

Al pilone de pestare = atan.

Al battello = san pan.

Al ballare = manari.

Al remo = daiun.

Al chiamare = panghil.

A la bombarda = badil.

A non essere maritato = ugan.

Al vento = anghin.

A essere maritato = suda babini.

Al mare = lant.

Tutto uno = saunia.

Uomo, vien qui = horan itu datan.

A la pioggia = ugian.

A li suoi pugnali = calix golog.

A l'ubbriaco = moboch.

Al suo manico = daganan.

A la pelle = culit.

A la spada = padan gole.

A la biscia = ullat.

A la zorabotana = sumpitan.

Al combatter = guzar.

A le sue frecce = damach.

Dolce = manis.

A l'erba venenata = ypu.

Amaro = azon.

Al carcasso = bolo.

Come stai? = appa giadi?

A l'arco = bossor.

Bene = bay.

A le sue frecce = anacpaan.

Male = sachet.

A li gatti = conchin purhia.

Portame quello = biriacan.

Al sorcio = tucus.

Questo uomo è un poltrone = giadi hiat horan

Al legoro = buaia.

itu.

A li vermi che mangiano le navi = capan

Basta = suda.

lotos.

A la tramontana = iraga.

All'amo da pescare = matacanir.

Al mezzodì = salatan.

A la sua esca = unpan.

Al levante = timor.

A la corda d ell'amo = tun da.

Al ponente = baratapat.

Al lavare = mandi.

Al greco = utara.

Non aver paura = tangan tacut.

Al garbin = berdaia.

Stracca = lala.

Al maestrale = barolaut.

Uno bacio dolce = salap manis.

Al scirocco = tunghara.

A l'amico = sandara.

Uno = satus.

Al nemico = sanbat.

Due = dua.

Certo è = zonghu.

Tre = tiga.

Al mercadantare = bianiga.

Quattro = ampat.

Non ho = anis.

Cinque = lima.

46



Sei = anam.

Settecento = tuguratus.

Sette = tugu.

Ottocento = dualapanratus.

Otto = duolappan.

Novecento = sambilanratus.

Nove = sambilan.

Mille = salibu.

Dieci = sapolo.

Due mila = dualibu.

Venti = duapolo.

Tre mila = tigalibu.

Trenta = tigapolo.

Quattro mila = ampatlibu.

Quaranta = ampatpolo.

Cinque mila = limalibu.

Cinquanta = limapolo.

Sei mila = anamlibu.

Sessanta = anampolo.

Sette mila = tugulibu.

Settanta = tugupolo.

Otto mila = dualapanlibu.

Ottanta = dualapanpolo.

Nove mila = sanbilanlibu.

Novanta = sambilampolo.

Dieci mila = salacza.

Cento = saratus.

Settecento mila = tugucati.

Duecento = duaratus.

Dieci fiate cento mila = sainta.

Trecento = tigaratus.

Tutti li cento, li mille, li dieci mille, li cento

Quattrocento = anamparatus.

mille et diece fiate cento mille se

Cinquecento = limaratus.

congiungono con il numero de satus et due,

Seicento = anambratus.

etc.

Andando al nostro cammino passassemo tra queste isole: Caioan, Laigoma, Sico, Giogi,

Caphi; (in questa isola de Caphi nascono uomini piccoli, come li nani, li quali sono li Pigmei e

stanno soggetti per forza al nostro re de Tadore); Laboan, Toliman, Titameti, Bachian già dette,

Latalata, Talobi, Maga e Batutiga. Passando fuora al ponente de Batutiga camminassemo fr a

ponente e garbin e discopersemo al mezzogiorno alquante isole, per il che li piloti de Maluco ne

dissero se arrivasse, perciò [che] ne cacciavamo tra molte isole e bassi. Arrivassemo al scirocco, e

dessemo in una isola, ch e sta de latitudine al polo Antartico in due gradi, e cinquantacinqu e leghe

lungi da Maluco, e chiamase Sulach.

Li uomini de questa isola sono Gentili e non hanno re; man giano carne u mana; vanno nudi,

così uomini come femmine, ma solamente portano un pezzo de scorza larga due diti intorno alle sue

vergogne. Molte isole sono per quivi, che mangiano carne umana. Li no mi de alcune sono questi:

Silan, Noselao, Biga, Atulabaon, Leitimor, Tenetum, Gondia, Pailarurun, Manadan, e Benaia. Poi

costeggiassemo due isole, dette Lamatola e Tenetuno, da Sulach circa X leghe.

A la medesima via trovassemo una isola assai grande, ne la quale se trova riso, porci, capre,

galline, cocchi, canne dolci, sagu, uno suo mangiare de fichi, el quale chiamano chanali, chiacare e

questa chiamano nanga. Le chiachiare sono frutti come le angurie, de fora nodose, de dentro hanno

certi frutti rossi piccoli, come armellini; non hanno osso, ma per quello hanno una midolla come

uno fagiolo, ma più grande, e al mangiare tenero come castagne; e uno frutto, fatto come una pigna,

de fuora giallo e bianco de dentro, e al tagliare come un pero, ma più tenero e molto migliore, detto

comilicai.

La gente de questa isola vanno nudi come quelli de Sulach; sono Gentili e non hanno re.

Questa isola sta de latitudine al polo Antartico in tre gradi e mezzo e lungi da Maluco settantacinque

leghe; e chiamase Buru. Al levante de questa isola dieci legh e ne sta una grande, che confina con

Giailolo, la quale è abitata da Mori e da Gentili; li Mori stanno appresso il mare e li Gentili de

dentro nella terra; e questi mangiano carne umana. Nasce in questa le cose già dette e se chiama

Ambon. Tra Buru e Ambon si trovano tre isole, circondate da bassi, chiamate Vudia, C ailaruri, e

Benaia. Circa da Buru quattro leghe, al mezzodì, sta una isola piccola, e chiamase Ambelau.

Lungi da questa isola di Buru, circa trentacinque leghe, a la quarta del mezzogiorno verso

garbin, se trova Bandan-Bandan e dodici isole. In sei de queste nasce la matia e noce moscata; e li

nomi loro sono questi: Zoroboa, maggiore de tutte le altre, Chelicel, Semianapi, Pulac, Pulurun e

Rosoghin. Le altre sei sono queste: Unuveru, Pulan Baracan, Lailaca, Manucan, Man e Ment. In

queste non si trovano noci moscate; se non sagu, riso, cocchi, fichi e altri frutti, e sono vicine l'una a

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l'altra. Li popoli de queste sono Mori e non hanno re. Bandan sta de latitudine al polo Antartico in

sei gr adi e di longitudine da la linea repartizionale in cento e sessantatre gradi e mezzo, e per esser

un poco fuora del nostro cammino non fossimo ivi.

Partendone de quella isola de Buru, a la quarta de garbin verso ponente, circa 8 gradi di

longitudine, arrivassemo a tre isole; Zolot, Nocemamor e Galian, e navigando per mezzo di queste

ne assaltò una gran fortuna, per il che facessimo un pellegrinaggio a la Nostra Donna de la Guida, e

pigliando a poppa lo temporale, dessemo in una isola alta; e inn anzi [che] giungessimo ivi, se

affaticassemo molto per le raffiche [che] descendevano da li sui monti e per le grandi correnti de

acqua.

Li uomini de questa isola sono selvatici e bestiali; mangiano carne umana e non hanno re;

vanno nudi con quella scorza come li altri; se non [che], quando vanno a combattere, portano certi

pezzi de pelle de buf alo, dinanzi e di dietro e ne li fianchi, adornati con cornioli e denti di porci e

con code de pelle caprine, attaccate dinanzi e de dietro: portano li capelli in alto con certi pettini d i

canna lun ghi, che li passano da parte a parte e li tieneno alti. Hanno le sue barbe rivolte in foglie e

poste in cannuti de cann a, cosa ridicola al vedere, e sono li più brutti [che] siano in questa India.

Li suoi archi e le su e frezze sono de canna; e hann o certi sacchi, fatti de foglie de arbore, ne li

quali portano lo suo mangiare e bere le sue femmine. Quando ne visteno ne venirono incontro con

archi: ma dandoli alcuni presenti, subito diventassemo sui amici.

Quivi tardassimo quindici giorni per conciare la nostra nave ne li costati. In questa isola se

trova galline, capre, cocchi, cera (per una libbra de ferro vecchio ne donarono quindici de cera) e

pevere lungo e rotondo. Il pevere longo è come quelle gattelle che fanno le nizzole quando è

l'inverno. Il suo arbore è come l'edera e attaccasi a li arbori come quella; ma le sue foglie sono come

quelle del moraro e lo chiamano luli. Il pevere rotondo nasce come questo, ma in spighe, come lo

frumentone della India, e si disgrana; e lo chiamano lada. In queste parti sono pieni li campi di

questo pevere, fatti in modo de pergolati.

Pigliassemo quivi uno uomo, acciò ne condu cesse ad alcuna isola, [che] avesse vittuaria.

Questa isola sta de latitudine al polo Antartico in otto gradi e mezzo, e cento e sessantanove e due

terzi de longitudine da la linea repartizionale: e chiamase Malua.

Ne disse il nostro piloto vecchio de Maluco, come appresso quivi era una isola, chiamata

Arucheto, li uomini e femmine de la quale non sono maggiori d'un cubito e hanno le orecchie grandi

come loro: de una fanno lo suo letto e de l'altra se copreno, vanno tosi e tutti nudi; corrono molto,

hanno la voce sottile; abitano in cave sotto terra e mangiano pesce e una cosa che nasce tra l'albero e

la scorza, che è bianca e rotonda come coriandoli de confetto, detta ambulon; ma per le gran correnti

de acqua e molti bassi, non li andassemo.

Sabato, a venticinque de gennaro MCCCCCXXII, se partissemo de l'isola de Malua, e la

dominica, a ventisei, arrivassemo a una grande isola, longi da quella cinque leghe, fra mezzodì e

garbin. Io solo andai in terra a parlare al maggiore d 'una villa, detta Amaban, acciò ne desse

vittuvaglie: me rispose darebbe buf ali, porci e capre; ma non ci p otessimo accordare perchè volev a

molte cose per un bufalo. Noi, avendone poche e costringendon e la fame, ritenessimo ne la nave

uno principale con uno suo figliuolo de un'altra villa, detta Balibo, e per paura [che] non lo

amazzassimo, subito ne dette sei bufali, cinque capre e due porci, e per compire lo numero de dieci

porci e dieci capre, ne dette uno bufalo, perchè così gli avevamo dato taglia. Poi li mandassimo in

terra contentissimi con tela, panni indiani de seta e de bambaso, accette, cortelizi indiani, forbici,

specchi e coltelli.

Quel signor e, a cui andai a parlare, teneva solum femmine che lo servivano. Tutte vanno nude

come le altr e; e portano attaccate a le orecchie schione piccole de oro con fiocchi de seta pendenti, e

ne li bracci hanno molte maniglie de oro e de lattone fino al cubito. Li uomini vanno come le

femmine, se non [che] hanno attaccato al collo certe cose de oro, tonde come un tagliere, e pettini de

canne adorn ati con schione de oro poste ne li capelli; e alcuni de questi portano colli de zucche

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secche posti ne le orecchie per schione de oro.

In questa isola se trov a lo sandalo bianco, e non altrove; zenzero, bufali, porci, capre, galline,

riso, fichi, canne dolci, aranci, limoni, cera, mandorle, fagioli e altre cose, e pappagalli de diversi

colori. Da l'altra parte de l'isola stanno quattro fratelli, che sono li re de questa isola. Dove stavamo

noi erano ville e alcuni principali de quelle. Li nomi de le quattro abitazioni de li re sono questi:

Oibich, Lichsana, Suai e Cabanaza. Oibich è la maggiore: in Cabanaza, siccome ne fu detto, si trova

molto oro in uno monte; e comperano tutte le sue cose con pezzetti de oro. Tutto lo sandalo e la

cera, che contrattano quelli de Giava e de Malacca, contrattano da questa banda. Aqui trovammo

uno giunco de Luson venuto per mercatandare sandalo.

Questi popoli sono Gentili e quando vanno a tagliare lo sandalo, come loro ne dissero, se li

mostra lo demonio in v arie forme e gli dice, se hanno bisogno de qualch e cosa, glie la domandino ;

per la quale apparizione stanno infermi alquanti giorni.

Lo sandalo si taglia a u n certo tempo de la luna, perchè altramente non sarebbe buono. La

mercanzia, che vale quivi per lo sandalo, è panno rosso, tela, accette, ferro e chiodi. Questa isola è

tutta abitata e molto lunga, da lev ante a ponente, e poco larga, da mezzodì a tramontana. Sta de

latitudine al polo Antartico in dieci gradi, e cento e sessantaquattro gradi e mezzo di longitudine de

la linea de la repartizione, e se chiama Timor. In tutte le isole [che] avemo trovato in questo

arcipelago regna lo mal de San Iop e più quivi, che in altro luogo e lo chiamano for franchi, cio è

mal portoghese.

Lungi una giornata di qui, tra il ponente e il maestrale, ne fu detto trovarsi un'isola, ne la quale

nasce assai cannella, e se chiama Ende. El suo popolo è Gentile e non hanno re; e come sono a la

medesima via molte isole, una dietro l'altra, insino a Giava Maggiore e al Capo di Malacca, li nomi

de le quali sono questi: Tanabutun, Crenochile, Bimacore, Arauaran, Main, Zumbava, Lamboch,

Chorum e Giava Maggiore. Questi popoli non la chiamano Giava, ma Giaoa. Le maggiori ville che

sono in Giava sono queste: Magepahor (il suo re quando viveva era maggiore de tutte queste isole e

chiamavase raià Pathiunus), Sunda (in questa n asce molto pevere); Daha, Dama, Gaghiamada,

Minutarangan, Cipara, Sidain, Tuban, Cressi, Cirubaia e Balli. E come Giava Minore essere la isola

di Madura, e stare app resso Giava Maggiore mezza lega.

Come ne dissero, quando uno uomo de li p rincipali de Giava Maggior e muore, se brucia lo

suo corpo: la sua moglie più principale adornasi con ghirlande de fiori e fassi portare da tre o

quattro uomini sovra uno scanno per tutta questa villa, e ridendo e confortando li suoi parenti, che

piangono, dice: non piangete, perciò [che] me ne vado questa sera a cenare col mio marito e dormire

seco in questa notte. Poi è portata al fuoco, dove se brucia lo suo marito, e lei voltandosi contro li

suoi parenti e confortandoli una altra fiata, se getta nel fuoco, ove brusa lo suo marito. E se questo

non facesse, non saria tenuta donna da bene, nè vera moglie del marito morto.

E come li giovani de Giava, quando sono innamorati de qualche gentil donna, se legano certi

sonagli con filo tra il membro e la pellicina, e vanno sotto le finestre de le sue innamorate, e facendo

mostra de orinare e squassando lo membro, suonano con quelli sonagli e fin tanto che le sue

innamorate odono lo suono. Subito quelle vengono giù e fanno suo v olere, sempre con quelli

sonaglietti, perchè loro donne si pigliano gran spasso a sentirsi sonare de dentro. Questi sonagli

sono tutti coperti e più se coprono più suonano.

Il nostro piloto più vecchio ne disse come in una isola detta Ocoloro, sotto de Giava

Maggiore, in quella trovasi se non femmine: e quelle impregnarse de vento, e poi quando

partoriscono, se il parto è maschio, lo ammazzano; se è femmina lo allevano, e se uomini vanno a

quella sua isola, loro ammazzarli purchè possano.

Anco ne dissero, che sotto Giava Maggiore, verso la tramontana, nel golfo de la Cina, la quale

li antichi chiamano Signo Magno, trovarsi un arbore grandissimo nel quale abitano uccelli detti

garuda, tanto grandi che portano un bufalo e uno elefante al luogo ove è l'arbore, chiamato

puzathaer e lo arbore campangaghi, el suo frutto buapangaghi, el qu ale è maggior che una anguria.

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Li Mori d e Burne, [che] avevamo nelle n avi, ne dissero loro averlo veduto, perchè lo suo re

[ne] aveva due, mandatigli dal re del Siam; niun giunco nè altra barca da tre o quattro leghe se può

approssimare al luogo de l'arbore per le grandi rivoluzioni di acqua, che sono circa questo. La prima

fiata che se seppe de questo arbore fu un giunco spinto da li venti nella rivoluzione, il quale tutto se

disfece; tutti li uomini se annegorono, eccetto u no tutto piccolo, il quale, essendo attaccato sopr a

una tavola, per miracolo fu spinto a presso questo arbore, e montato sovra lo arbore, non

accorgendose, se mise sotto l'ala a uno de quelli uccelli. Lo giorno seguente, lo uccello andando in

terra e avendo pigliato un bufalo, il putto venne de sotto a la ala al meglio [che] potè: per costui se

seppe questo; e allora conobbero quelli popoli vicini li frutti [che] trovavano per il mare essere de

questo arbore.

Il capo de Malacca sta in un grado e mezzo all'Antartico. A l'oriente de questo capo, a longo la

costa, se trovano molte ville e cittade. Li nomi de alcune sono questi: Cingapola, che sta nel capo,

Pahang, Calantan, Patani, Bradlun, Benam, Lagon, Cheregigaran, Tumbon, Prhan, Cui, Brabri,

Bangha, India (questa è la città dove abita il re de Siam, el quale chiamasi Siri Zacabedera),

Iandibun, Lanu e Langhon Pifa. Queste cittade sono edificate come le nostre e soggette al re del

Siam.

In questo regno de Siam, ne le rive de li fiumi, sì come ne fu detto, abitano uccelli grandi, i

quali non mangeriano de alcuno animale morto sia portato ivi, se prima non viene uno altro uccello

a mangiargli il core; e poi loro lo mangiano.

Dopo Siam se trova Camogia; il suo re è detto Saret Zacabedera; e Chiempo, el suo re raià

Brahaun Maitri.

In questo loco nasce lo reobarbaro e se trova in questo modo: se acaodun ano venti o

venticinque uomini insieme e vanno dentro ne li boschi: quando è venuta la notte, montano sovra li

arbori, sì per sentire l'odore del reobarbaro, come anche per paura dei leoni, elefanti e altre fiere; e

da quella parte dove è lo reobarbaro il vento li porta l'odore; poi, venuto lo giorno, v anno in quella

parte, dove li è venuto il vento e lo cercano fin tanto [che] lo trovano. Lo reobarbaro è uno alb ero

grosso putrefatto; e se non fosse così putrefatto non darebbe lo odore. Il migliore di questo arbore è

la radice: niente di meno il legno è reobarbaro, el qual chiamano calama.

Poi se trova Cochi: il suo re è detto raià Scribum Pala. Dopo questo se trova la Gran China. El

suo re è maggiore de tutto il mondo; e chiamasi Santoha raià, il quale tiene settanta re da corona

sotto di sè, alcuni de li quali hanno dieci o quindici re de sotto sè. El suo porto è detto Guantan.

Fra le altre assaissime cittade ne ha due principali, dette Namchin e Combahu, ne le quali sta

questo re. Tiene quattro suoi principali appresso lo suo palazzo, uno verso el ponente, l'altro al

levante, l'altro a mezzodì e l'altro a la tramontana. Ognuno de questi dànno udienza se non a quelli

che veneno d a sua parte. Tutti li re e signori de la India Maggiore e Superiore obbediscono a questo

re, e per segnale che siano suoi vassalli, ciascuno ha in mezzo della sua piazza uno animale scolpito

in marmore, più gagliardo che il leone e chiamasi chinga. Questo chinga è lo sigillo del detto re de

China, e tutti quelli che vanno a la China convieneno avere questo animale scolpito in cera in un

dente de elefante, perch è altramente non potriano entrare nel suo porto.

Quando alcuno signore è inobbediente a questo re, lo fanno scorticare e seccano la pelle al

sole con sale e poi la empiono de paglia o de altro; e lo fanno stare col capo basso e con le mani

giunte sovra lo capo in uno luogo eminente ne la piazza, acciò allora si veda colui far zonghu, cioè

reverenza.

Questo re non se lascia vedere da alcuno; e quando lui vuole vedere li sui, cavalca per il

palazzo uno pavone fatto maestralmente, cosa ricchissima, accompagnato da sei donne de le sue più

principali, vestite come lui, finchè entra in uno serpente chiamato nagha, ricco quanto altra cosa si

possa vedere, il quale è sopra la corte maggiore d el palazzo. Il re e le donne entrano subito acciò lui

non sia conosciuto fra le donne; vede li suoi per uno vetro grande che è nel petto del serpente. Lui e

le donne se ponno vedere, ma non si può discernere quale è lo re. Costui se marita con le sue sorelle,

acciò lo sangue reale non sia mischiato con altri.

Circa lo suo palazzo sono sette cerchie de muri; e fra ogni una de queste cerchie stanno dieci

mila uomini, che fanno la guardia al palazzo fin che suona una campana: poi veneno dieci mila altri

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per ogni cerchia, e così se mutano ogni giorno e ogni notte.

Ogni cerchia de muro ha una porta: ne la prima lì sta un uomo, con uno granfione in mano,

detto satu horan con satu bagan; nella seconda un cane, detto satu hain; nella terza un uomo con un a

mazza ferrata, d etto satu horan cum pocum becin; ne la quarta un uomo con un arco in mano, detto

satu horan con anac panan; nella quinta un uomo con una lancia, detto satu horan con tumach; ne la

sesta un leone, detto satu houman; nella settima due elef anti bianchi, detti due gagia pute.

In questo palazzo ci sono settantanove sale, dove stanno se non donne ch e servono al re, e lì

sono sempre torcie accese; si tarda un giorno a cercare questo palazzo. In cima de questo ci sono

quattro sale, dove vanno alcune volte li principali a parlare al re. Una è ornata di metallo, così de

sotto come de sopra; una tutta d'argento; una tutta de oro e l'altr a de perle e pietre preziose. Quando

li suoi vassalli li portano oro o altre cose preziose per tributo, le buttano per queste sale dicendo:

questo sia ad onore e gloria del nostro Santoha raià. Tutte queste cose e molte altre di questo re ne

disse uno Moro; e lui averle vedute.

La gente de la China è bianca e vestita; e mangiano sovra tavole come noi e hanno croce, ma

non si sa perchè le tengono.

In questa China nasce lo muschio: il suo animale è un gatto come quello del zibetto, e non

mangia altro se non un legno dolce, sottile come li diti, chiamato chamar u. Quando vòleno fare lo

muschio, attaccano una sansuga al gatto e glie la lasciano attaccata in fin [che] sia ben piena de

sangue; poi la struccano in uno piatto e mettono il sangue al sole per quattro o cinque giorni; poi lo

bagnano con orina e il mettono altre tante fiate al sole; e così diventa muschio perfetto. Ognuno ch e

tiene de questi animali conviene pagare uno tanto al re. Quelli pezzetti, che pareno sian grani de

muschio, sono de carne de agnello pestatagli den tro: il vero muschio è se non il sangue, e se ben

diventa in pezzetti, se disfa. Al muschio e al gatto chiamano castori e alla sansuga lintra.

Seguendo poi la costa de questa C hina, se trovano molti popoli, che sono questi: li Chienchii e

stanno in isole, ne le quali nascono p erle e cannella; li Lechii in terra ferma; sopra lo porto de questi

traversa una montagna, per la quale se convien desarborar e tutti li giunchi e navi [che] voleno

intrare nel porto. Il re Moni in terra f erma: questo re ha venti re sotto di sè ed è obbediente al re

della China: la sua città è detta Baranaci: quivi è il Gran Cathajo orientale.

Han, isola alta e frigida, dove se trova metallo, argento, perle e seta; il suo re chiamase raià

Zotru; Mliianla; il suo re è detto rajà Chetisuqnuga; Gnio lo suo re rajà Sudacali; tutti questi tre

luoghi sono frigidi e in terra ferma; Triaganba, Trianga, due isole nelle quali vengono perle, metallo,

argento e seta; il suo re rajà Rrom: Bassi-Bassa, terra ferma; e poi Sumdit Pradit, due isole

ricchissime de oro, li uomini de le quali portano una gran schiona de oro ne la gamba sovra il piede.

Appresso quivi, ne la terra ferma, in certe montagne stanno popoli che ammazzeno li sui padre e

madre quando sono vecchi, acciò non se affaticano più.

Tutti li popoli de questi luoghi sono Gentili.

Marti de notte, venendo al mercore, a undici de febbraro 1522, partendone de la isola de

Timor se ingolfassemo nel mare grande, nominato Lant Chidot; e pigliando lo nostro cammino tr a

ponente e garbin; lasciassemo a la mano dritta a la tramontana, per paura del re de Portogallo, la

isola Zamatra, anticamente detta Taprobana, Pegù, Bengala, Uriza, Chelin, ne la quale stanno li

Malabari sotto il re di Narsingha; C alicut sotto lo medesimo re; Cambaia ne la quale sono li

Guzerati, Cananor, Goa, Ormus e tutta l'altra costa de la India maggiore.

In questa India maggiore vi sono sei sorte de uomini: Nairi, Panichali, Iranai, Pangelini,

Macuai e Polcai, Nairi sono li principali, Panichali sono li cittadini: queste due sorte de uomini

conversano insieme; Iranai coglieno lo vino de la palma e li fichi; Pagelini sono li marinari; Macuai

sono li pescatori; Poleai seminano e colgono lo riso. Questi ab itano sempre ne li campi; mai entrano

in città alcun a, e quand o se li dà alcuna cosa, la se pone in terra, poi loro la pigliano. Costoro

quando vanno per le strade, gridano: po! po! po!, cioè “guàrdate da me”. Accadette, sì come ne fu

riferito, uno Nair esser tocco per disgrazia da un Poleo, per il che el Nair subito se fece ammazzare,

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acciò non rimanesse con quel disonore.

E per cavalcare lo Capo de Bona Speranza stessemo sovra questo capo nove settimane con le

vele ammainate per lo vento occidentale e maestrale per prora e con fortuna grandissima; il qual

capo sta de latitudine in trentaquattro gr adi e mezzo e mille e seicento leghe lun gi dal capo di

Malacca, ed è lo maggiore e più pericoloso capo [che] sia nel mondo.

Alcuni de li nostri, ammalati e sani, volevano andare a uno luogo dei Portoghesi, detto

Monzambich, per la nave che faceva molta acqua, per lo freddo grande e molto più per non avere

altro da mangiar e, se non riso e acqu a, per ciò [che] la carne [che] avevamo avuta, per non avere

sale, se era putrefatta.

Ma alcuni de li altri, più desiderosi del suo onore, che de la propria vita, deliberarono, vivi o

morti, volere andare in Spagna.

Finalmente, con lo aiuto de Dio, a sei di maggio passassemo questo capo, appresso lui cinque

leghe. Se non l'approssimavamo tanto, mai lo potevamo passare. Poi navigassemo al maestrale du e

mesi continui senza pigliare refrigerio alcuno. In questo poco tempo ne morsero venti uno uomo.

Quando li buttavamo in mare, li Cristiani andavano nel fondo con lo volto in suso e li Indii sempre

con lo volto in giù. E se Dio non ne concedeva buon tempo, tutti morivamo de fame. Al fin e,

costretti dalla grande necessità, andassemo a le isole de Capo Verde.

Mercore, a nove de iulio, aggiungessemo a una de queste, detta Santo Iacopo e subito

mandassemo lo battello in terra per vittuaglia, con questa invenzione de dire a li Portoghesi come ne

era rotto lo trinchetto sotto la linea equinoziale, benchè fosse sopra lo Capo de Buona Speranza; e

quando lo conciavamo il nostro capitano generale con le altre due navi essersi andato in Spagna.

Con queste buone parole e con le nostre mercadanzie avessimo due battelli pieni de riso.

Commettessimo a li nostri del battello, quando andarono in terr a, [che] domandassero che

giorno era: me dissero come era a li Portoghesi giove. Se meravigliassemo molto perchè era

mercore a noi; e non sapevamo come avessimo errato: per ogni giorno, io , per essere stato sempre

sano, aveva scritto senza nissuna intermissione. Ma, come dappoi ne fu detto, non era er rore; ma il

viaggio fatto sempre per occidente e ritornato a lo stesso luogo, come fa il sole, aveva portato quel

vantaggio de ore ventiquattro, come chiaro se ved e. Essendo andato lo battello in terra un'altra volta

per riso, furono ritenuti tredici uomini con lo battello, perchè uno de quelli, come dappoi sapessimo

in Spagna, disse a li Portoghesi come lo nostro capitano era morto e altri, e che noi non andare in

Spagna.

Dubitandone da esser an co noi presi per certe caravelle, subito se partissemo.

Sabato, a sei de settembre 1522, intrassemo nella baia de San Lucar, se non disdotto uomini e

la maggior parte infermi. Il resto, de sessanta che partissemo da Maluco, chi morse per fame, chi

fuggitte nell'isola di Timor, e chi furono ammazzati per suoi delitti.

Dal tempo che se partissemo de questa baia fin al giorno presente avevamo fatto quattordici

mila e quattrocento e sessanta leghe e più, compiuto lo circolo del mondo, dal levante al ponente.

Luni, a otto de settembre, buttassemo l'ancora appresso al molo de Siviglia e descaricassimo tutta

l'artiglieria.

Marti, noi tutti, in camicia e discalzi, andassemo con una torcia in mano, a visitare il luogo di

Santa Maria de la Victoria e de Santa Maria de l'Antiqua.

Partendomi da Siviglia, andai a Vagliadolid, ove appresentai a la sacra maestà de don Carlo,

non oro nè argento, ma cose da essere assai apprezzate da un simil signore. Fr a le altre cose li detti

uno libro, scritto de mia mano, de tutte le cose passate de giorno in giorno nel viaggio nostro. Me ne

partii de lì al meglio [che] potei; e andai in Portogallo e parlai al re don Giovanni de le cose [che]

aveva vedute. Passando per la Spagna venni in Franza; e feci dono de alcune cose de l'altro emisfero

a la madre del cristianissimo re don Francesco, madama la reggente. Poi me ne venni ne la Italia,

ove donai per sempre me medesimo e queste mie poche fatiche a lo inclito e illustrissimo signor

Filippo de Villers Lisleadam, gran maestro d e Rodi dignissimo.

Il cavalier ANTONIO PIGAFETTA

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